capítulo 1

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Deus, sempre achei um nome pequeno pra algo tão grande. Me perco em meus pensamentos mas volto minha atenção para o homem ao meu lado.

ー E você - ele passa lentamente e suave contra um humano - o que faz na terra?

Eu gostaria de ignora-lo, mas acho que nem pelo meu reinado ele pararia de me encher a porra do saco.

ー O que foi? - ele se coloca a minha frente - a sua administração sob a sua casa está tão ruim que veio você mesmo fazer o serviço?

Eu fico admirado com a audácia dele se colocando na minha frente.

ー Miguel - tento segurar em seu braço mas aquela barreira brilhosa e estupidamente ardente se choca com minha mão -

Ele se afasta me olhando com superioridade, mas acho que meu irmãozinho mais novo só está cumprindo ordens.

ー Sabe, eu fui condenado - tento sair da frente de Miguel mas meu irmão é persistente - e as vezes gosto eu e sinto que devo - olho para cima- já que o papai não curte muito visitar as criaturinhas que ele mesmo fez.

Qual era a dele, não me via a quase mil anos e agora vem me perturbar quando decido sair um pouco?

ー O nosso pai visita os seus filhos como lhe convém - ele me olhou como se fosse me condenar a algo pior do que nosso pai já fizerá-

Desfiz o meu caminho que era ver um assassinato de um cara muito importante, eu acompanhei a carreira dele, merecia ver o final. E eu poderia falar isso a Miguel, mas ve-lo irritadinho me causa arrepios de felicidade.

Desvio dele e cruzo os braços olhando e sustentando seu olhar julgador.

ー Acho que você deveria andar comigo e relaxar - dou as costas para ele e sinto Miguel me seguindo - além do mais irmãozinho, o nosso pai perdoou quando dava suas escapadas do céu para visitar - finjo me lembrar de algo - ah, as filhas inocentes.

Miguel cresceu, não em tamanho mas presença, poder e grandiosidade, suas asas estavam para atravessar avenidas e seus olhos brilhavam, junto com sua espada, trincou o chão quando Miguel jogou a ponta dela na beira da terra.

ー Eu paguei pelos meus pecados tento que vigiar você o tempo todo - ele simplesmente jogou isso na minha cara, Miguel sempre irritante - e cá estou.

ー Me diga, - relaxo os ombros - como foi transar com uma humana?

ー Damon, eu já lhe disse que paguei pelos meus pecados e não lhe devo satisfação, quero que vá para onde nunca deveria ter saído-

ー Nunca ouviu o que o nosso pai ensinou? - olho para ele com frieza -

ー Não fale sobre a palavra do nosso pai, não tem esse direito.

ー O diabo pode citar as escrituras quando lhe convém.

Miguel voltou ao seu normal e me olhou como se aquilo estivesse afetando seu cérebro ou como se sua santidade estivesse o queimando por dentro.

ー O que te traz a terra Damon?

ー Acho que alguém, não sei dizer - passo a língua nos lábios - senti que devia vir aqui.

E lá estávamos nós, na frente de uma igreja pequena e por um minuto Miguel se calou, olhei para ele e seus olhos nunca estiveram tão brilhantes.

Tento acompanhar aquele olhar e não vejo ninguém, ninguém em especial ou alguma coisa especial.

Então vejo uma garota saindo com um vestido milimetricamente a um palmo do joelho, seus cabelos soltos tendo o comprimento ao meio das costas, os olhos azuis como o céu.

E então eu senti o por que eu estava aqui, e por que Miguel também estava, cruzei os braços e sinto que o nosso pai estava para fazê-lo pagar os pecados até a morte daquela garota.

ー Que porra - Miguel se sente abalado e sinto que sua presença estava a altura da minha -

ー Acho que o seu castigo começou.

Me transformo em escuridão e deixo que Miguel intérprete aquilo como um jogo divertido, ou talvez eu o mate já que sua força já não é tão divina assim.

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Até o próximo capítulo diabinhos.

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