Capítulo 7

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ー O que você está fazendo aqui? - me virei para ele-

O homem não disse nada, apenas me olhou e o meu calor simplesmente aumentou.

ー Não ouviu minha pergunta? - engoli em seco- eu vou gritar em.

ー Eu ouvi sua pergunta - ele se aproximou e eu dei um passo para trás - e não acho que devesse gritar atoa.

ー Atoa? Você me persegue e é atoa?

ー Eu? Te perseguindo?

ー Era você no ponto de ônibus.

ー Achei que estivesse chapada.

ー E como você sabe disso?

ー Você faz perguntas demais.

O homem se aproximou mais e eu realmente queria gritar ou sair correndo, mas como ele tinha entrado aqui, quem era ele e por que entre as minhas pernas ainda estava formigando..

ー Vamos, me diga. - ele se colocou ao meu lado- o que está esperando?

ー Esperando? - tentei me esquivar dele- do que está falando?

ー Não seja tímida, Emma - ele alisa o meu cabelo -

ー Como sabe o meu nome? - tiro a mão ele do meu cabelo - e você está invadindo meu espaço pessoal.

ー Sabe de uma coisa, mentalmente você me queria bem aqui - ele se afastou - invadindo muito mais que seu espaço pessoal.

Meu Deus, do que esse homem estava falando.. e por que entre minhas pernas não param de pegar fogo.

ー Mas eu sou respeitoso, e vou deixar que você faça isso sozinha.

Eu queria realmente saber do que ele estava falando, foi então que o homem fechou a porta do banheiro e me olhou. Eu queria correr, mas não teria pra onde. Queria gritar mas ninguém me escutaria pois o som da igreja estava alto de mais.

ー Eu acho melhor você ir embora e me deixar em paz. - tento ir em direção a porta -

ー Você vai me trazer aqui mais uma vez - ele vai de encontro comigo - então faça.

ー Do que você está falando?

ー A querida Emma - ela abriu a porta do compartimento que tinha uma privada e entrou abaixando a tampa - você quer ser tocada.

ー O que? - levando as duas sombrancelhas em sincronia -

ー Mas eu não posso fazer isso, então vou te dá uma ajudinha.

ー Olha, eu quero que saia da minha frente.

O homem me deu passagem mas eu não tive forças ou entre minhas pernas não queria que eu saísse daquele banheiro.

Era como se aquele homem tivesse algum efeito sobre as minhas escolhas.

Me virei para ele e o sorriso estampado em seu rosto me fez questionar se eu tinha uma escolha, se eu queria ter uma escolha.

ー Ah, que se foda - avancei na direção do homem-

Meus olhos foram abertos e meu coração palpitou como o de um atleta que correu por várias horas, coloquei o pé para fora da cama e eu quase transei em sonho com um homem que só vi uma vez na minha vida.

Ouço barulhos vindo da cozinha e desço correndo para ver o que era, minha mãe estava fazendo a janta e meu pai estava vendo televisão.

ー Mãe - me aproximei dela - o que aconteceu?

ー Bom, nos diga você - ela sorriu- você chegou do colégio, comeu tanto que passou mal e foi dormir.

ー Então deixamos você descansar e fomos para a igreja - meu pai completou a fala da minha mãe como sempre fazia -

Meu Deus, eu acho que nunca mais fumo maconha. Passo pelo balcão da cozinha dando um beijo na minha mãe e pegando uma batata frita colocando na boca, ela me deu um leve tapa na mão e eu sorri para ela dando um beijo em sua bochecha.

Saio da cozinha e vou até a sala dando um beijo na careca do meu pai e subo para o meu quarto novamente, entro no banheiro do meu quarto escovo os dentes e acho que deveria descansar.

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Até o próximo capítulo diabinhos

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