Capítulo 8

29 2 0
                                    

Damon.




Eu teria que voltar para casa pois estava começando a ter problemas.

Ao chegar nos portões cinzas com prata flamejante vi o Sr. Jovil que me recebeu com um sorriso macabro no rosto.

ー Seja bem-vindo - ele abriu os portões e meu deu passagem - meu mestre.

ー Obrigado jovil. - adentro o meu reino a fora-

ー Achou o que o senhor procurava?

Eu falaria que sim, mas jovil era um mercenário e informante e eu tinha consciência disso. Depois de longas décadas governando seres, mitologia, tudo de ruim você acaba ficando esperto.

ー Conversamos depois jovil.

Deixei aquela coisinha estranha para trás e segui caminho para a minha fortaleza. Eu sabia que Miguel viria atrás de mim e gostaria que tentasse.

Passei pelos mercadores de órgãos onde me a reverência a mim foi exposta,e eu apenas balancei a cabeça.

Eu poderia mostrar as minhas asas e voar até a minha fortaleza, mas eu gostava de como era bem visto pelos meus.

Então depois de um tempo finalmente cheguei no forte onde eu poderia descansar.

Ao chegar no salão principal vi que tinha uma coisa sentada no meu trono.

As pernas para fora com uma fenda aberta até a virilha, um decote que pegava no meio do umbigo, cabelos negros como as chamas dos condenados por mim.

ー Nunca lhe dei essas liberdades - me aproximei do trono de pedras negras com um toque leve de prata-

ー Achei que gostava quando eu me sentava aqui e comandava tudo isso com você. - a mulher se levantou do trono e veio na minha direção-

ー Quantos milênios - me aproximei mais- foi exatamente isso?

ー Tive que ver com meus próprios olhos, não acreditei quando dizerem que lúcifer, senhor das trevas e do pecado - a interrompi -

ー Detesto quando me chamam assim - revirei os olhos - e você sabe disso.

ー Ah, claro - ela deslizou a mão pelo meu braço e apertou meus ombros - esqueci que você tem um novo nome. Damon.

ー Assim fica melhor. - sai de perto da mulher e comecei a subir os degraus para o meu trono. -

Olhei dos pés a cabeça da mulher a minha frente e ela não mudou nada, continua como uma vadia presunçosa.

ー Então, o que foi fazer no meio dos humanos?

Se por alguma vez na vida eu conheci alguém ciumento ou possessivo, ninguém nunca chegou aos pés de lilith. E se eu falasse que fui a terra por uma garota era capaz dela arrancar a garganta de Emma com os dentes.

ー Fui me divertir um pouco - me ajeitei no trono que ainda estava quente pelo corpo de lilith-

ー Poderia se divertir comigo, como sempre fizemos.

Não acho que seria um coisa boa a se fazer, voltei pro inferno para buscar um objeto que tirasse aquele brilho irritante em volta de Emma e eu finalmente pudesse enteder quem e como ela era, e por que a sua presença me fazia ficar mais forte e poderoso.

Mas lilith não me deixaria em paz, disso eu tinha certeza.

ー Voltarei para o meio dos humanos em breve. - arranho a garganta ao falar -

Ela me olha tombando a cabeça para o lado com os olhos negros que me causavam arrepios.

ー O que tem de tão interessante na terra, Lúcifer?

ー Já disse que não gosto desse nome - a corrijo-

Eu poderia usar todo o meu poder e glória para deixar lilith em seu devido lugar, colocaria ela como um demônio qualquer, uma serva. Mas em respeito ao nosso passado tento tratá-la o melhor possível.

ー Você vai mesmo me fazer sair do inferno e ir atrás de você?

ー Não dei ordens para que você saia daqui.

ー E me deixar cuidando da fortaleza dos condenados é uma boa opção já que o senhor das trevas não está aqui.

ー Ninguém além de mim é melhor em tormenta do que você . - me levanto do trono indo na direção da mulher - e você sabe disso.

ー Muito bem, eu vou descobrir as suas saidinhas, lord - a mulher some da minha frente como uma fumaça-

ー É claro que vai - respondo a mim mesmo-.

Respiro fundo e vou até às entranhas da fortaleza que meu pai fez para guardar todas as coisas onde os anjos do céu não teriam permissão e ele confiou a mim para cuidar.

Mas olha que coisa interessante.

ー Sério, - revirei os olhos para cima-

O objeto quadrado com marcas de dedos estava guardado no último quadro da parede, e uma barreira me impediu de colocar as mãos nele.

Passei a mão no nada e uma mensagem surgiu com uma faísca de fogo. Comecei a ler:

ー Somente um puro de coração com sentimentos genuínos poderá tocar o objeto dado ao senhor.

Me coloquei para trás pensando em como o meu pai era perspicaz, ele sabia da existência dela.. sabia de como eu e Miguel ficaríamos por conta dela.

O lado que ninguém ver de Deus é que ele adora joguinhos.

_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠___⁠_⁠_⁠_








Até o próximo capítulo diabinhos

Hellfire Onde histórias criam vida. Descubra agora