Feridas do passado

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Pov : Hanna

Nossa paz e tranquilidade não durou muito tempo, pois um mensageiro veio correndo avisar a nós de más notícias.

Mensageiro : chefe, trago más notícias - ele chegou ofegante e mal conseguia respirar.

Chefe : calma homem, respira primeiro- o rapaz fez oque ele avia falado - agora nós explique o porque dessa preocupação toda

Peter e eu estávamos do lado do chefe quando o rapaz chegou e eu queria que eu não estivesse ali naquele momento

Mensageiro: Capitão Gancho esta chegando perto das margens da praia, e enviou uma mensagem dizendo que quer guerra com pan e com a terra do nunca - ele disse ao se recuperar da falta de ar voltando a antiga postura.

Asism que soube que meu pai estava chegando e que ele queria guerra , comecei a tombar pros lados desacreditada , Peter percebeu e me segurou antes que eu caísse, me sentando a onde estávamos antes.

Peter : Hanna, tudo bem com você - ele disse depois que me sentei de volta no tronco e ele ter se sentado ao meu lado segurando minha mão

Eu : não, não to nada bem! - falei ponhando minhas mãos na lateral do meu rosto e me inclinando pra frente - não acredito que meu "pai" esta aqui , e querendo guerrear com você e com os outros! Acabamos de sair de uma guerra e já fomos pra outra!

Peter : ei calma, vai ficar tudo bem! Talvez possamos convencê-lo a desistir dessa ideia e possamos fazer um tratado de paz - ele disse calmo como sempre e eu o olhei com meu olhar começando a lacrimejar

Eu : você não conhece meu pai Peter. Quando ele enfia uma ideia na cabeça nada o faz tirar! Ele tentou me fazer andar na prancha, acha mesmo que ele vai ouvir você, eu ou qualquer outra pessoa - digo começando a derramar algumas lágrimas e Peter me puxou pra perto dele e me abraçou começando a me fazer cafuné. Ele beijou meus cabelos e disse que estaria comigo e me daria apoio, seja ele físico ou emocional.

Eu confesso, mesmo sendo a ex-pirata mais durona e temida de todas as outras dentre o mundo da pirataria, eu estava com muito medo do meu pai, sim do meu pai, se ele foi capaz de me mandar a prancha por ter negado o ajudar em um de seus planos ridículos , imagina agora que comecei a namorar seu maior inimigo , oque ele não fará comigo!

Saber que ele esta de volta me trouxe várias memórias a cabeça, como a da vez que eu perdi em um duelo com o filho de seus sócios quando criança e ele gritou comigo e me deixou de castigo por segundo ele : ser uma imprestável que suja o nome de nossa família, não ser o filho homem que ele sempre quis, ser fraca, e incapaz de ser uma pirata de verdade. E depois dessas palavras, ele me levou até sua cabine no navio e me deu várias espadadas na mão, minha mão ficou vermelha e dolorida por 1 semana. Quando fui morar com Peter e os meninos, eu já não queria saber de ser pirata e sim ser uma garota normal, com uma vida normal e em paz, Mais pelo visto o universo tinha outros planos pra mim. Eu não queria ver meu pai na minha frente nem pintado de ouro, por tudo que ele fez comigo, não somente aquele dia que pulei no mar como em toda a minha vida. Sempre busquei migalhas de sua aprovação, mais pelo visto nem isso consegui. Sinceramente não estava nem um pouco preocupada com a "guerra" que ele queria, eu sei que o venceria fácil por ser mais jovem e experiente em lutas que ele, mais eu não queria chegar ao nível de lutar com alguém do mesmo sangue que eu! Não queria luta com meu próprio pai!

Assim que o chefe viu meu estado emocional , ele disse que podíamos ir embora se quiséssemos e assim fizemos.

Peter e os meninos me trouxeram pra casa, que por incrível que pareça eu preferia morar em uma árvore com 7 garotos que em um navio com meu pai.
Os meninos me viram em um Estado tão triste que antes de irem dormir vieram me abraçar e todos disseram que me amavam. Eu também amo muito vocês meus pequenos. Eu parti pro meu quarto e depois de uns minutos , Peter veio me ver

Peter : *bate na porta e entra * - posso entrar?

Eu limpo minhas lágrimas e respondo que sim e ele se dirige a minha frente e se agacha segurando minhas mãos.

Peter : a minha princesa guerreira ta melhor - ele diz com um sorriso leve e um olhar brilhante

Eu : princesa ? - eu ri fraco e ainda com a voz chorosa

Peter : sim, minha princesa! - ele beija minhas mãos ainda agachado

Mais uma lágrima cai do meu olho e antes que eu a limpasse ele fez isso ,com a mão tão suave que quase achei que era um pedaço de algodão.

Peter : porque a razão da minha vida esta tão tristinha - ele disse com voz de criança, oque me arranca um sorriso

Eu : nada importante - falei abaixando a cabeça

Peter : eu posso não te conhecer a muito tempo minha princesa, mais te conheço o suficiente pra saber que você não estaria triste se não fosse importante. E que você não se abala com qualquer coisinha - ele se levantar e senta ao meu lado - me conta oque aconteceu, confia no seu parceiro. Sabe que pode me conta tudo.

Eu suspiro antes de começa a falar

Eu : ok.... Quando aquele mensageiro falou que meu pai estava de volta... Eu senti como se as minhas cicatrizes emocionais tivessem voltado a ficar abertas e o remendo que passei em meu coração avia saído e ele voltou adoer...muito! - comecei a chorar de novo

Peter : isso, chora oque tiver que chorar princesa. Chorar faz bem, tira tudo que estiver entalado ai dentro. - ele fazia massagem nas minhas costas com uma mão, me fazendo carinho e conforto também - pode desabafar qualquer coisa comigo.

O olhei de lado e comecei a chorar ainda mais

Eu : a vida inteira Peter, eu fiz de tudo pra o agradar, deixei de ser quem eu queria ser, deixei de Amar e confiar nas pessoas. Quando percebi que estava começando a te amar eu tentei fugir desse sentimento, esconder, fingir que não me importava com você por.... Simplesmente eu nunca ter descoberto o que é amor de verdade, e muito menos oque é ser amada. Oque é se importar com alguém e a pessoa fazer o mesmo comigo. Todas as minhas lembranças vieram a toda com aquela notícia, por isso comecei a chorar é cair do nada no acampamento. Todas as minhas feridas começaram a sangrar novamente e o vazio que eu escondia ficou maior ainda e não pude mais esconder - a essa altura do Campeonato eu já não me controlava mais e o quarto faltou inundar com meu choro desgovernado.

Eu : porque Peter? Porque eu preciso mendigar qualquer afeto dele? Por que ele não se importa um tiquinho comigo - ele me abraça e eu abraço sua cintura quase que me deitando em seu colo.

Peter : o minha Linda...sinto muito, Mesmo. Mais Lembre-se, Sempre que precisa eu estarei aqui. sempre que estiver prestes a cair eu estarei lá pra te segurar. Sempre que começar a chorar eu estarei lá pra secar suas lágrimas - ele disse deslizando a mão onde uma lágrima avia caído - sempre que se sentir sozinha eu vou estar do seu lado pra te abraçar. Quando você vencer ou conquistar algo eu irei festejar junto a você. Quando não se senti amada e querida lembre que você é a única razão de eu querer existir nesse mundo e que eu daria minha vida pela sua! - ele beija cabeça ainda me abraçando - e que sem você eu não seria nada e nem vivo eu estaria.

Levanto a cabeça ainda sem o soltar : você é a única coisa boa que já me aconteceu na vida

Peter: e você na minha!

Passamos um bom tempo abraçamos e com o tempo eu fui me acalmando. Se não fosse Peter , provavelmente eu choraria até dormir, como sempre fiz as escondidas naquele barco que não se pode receber o nome de lar, e a dor da rejeição que eu estava sentido ainda estaria me corroendo por dentro, mais graças a ele ela sumiu. Bom pelo menos por enquanto, tomara que ela não retorne , e se retornar , eu sei que terei ombro amigo pra desabar e me levantar de novo, mais sem fingir recuperação dessa vez. Peter é minha salvação de mim mesma. Obrigada por ter entrado em minha vida Peter, você é o amor da minha vida , meu príncipe, meu auxílio, meu ombro amigo. Te amo eternamente.

Continua...

UMA GAROTA COM GARRAS - PETER PANOnde histórias criam vida. Descubra agora