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Pov Wednesday

E lá estava eu, deitada na minha cama encarando o teto incrivelmente branco, totalmente sozinha. Mais que sozinha fisicamente, de alguma forma realmente sufocante eu me sentia sozinha, mesmo que antes eu não estivesse realmente acompanhada de Enid. 

E por falar nela... onde deve estar? Em casa? É possível, ela é um tanto reservada. Ou será que está em alguma boate? Ela pode estar, talvez use algum tipo de documento clandestino e convença ao segurança de que tem 21 anos. Quem sabe, não é? Ardilosa como é, eu não duvidaria. 

Me viro na cama, deitando de lado e encarando o relógio empoeirado do criado mudo, são 22:03, bem eu sei que os clubes daqui fecham às 02:00 da manhã, se ela estiver por lá com certeza vai ter tempo suficiente para fazer alguém cair em sua lábia. 

Quem sabe talvez estivesse se atracando com alguma qualquer em uma das cabines do banheiro da Lótus, ou então esteja galanteando alguma mulher no bar. Ela só tem 18 anos, Wednesday. Manera na imaginação! Solto uma lamúria me virando de bruços e meus olhos doem. 

Minha cabeça parece ter sido apertada mil vezes pela mão de Bianca, e meu corpo está um pouco mole. Talvez eu esteja doente, Enid Vagabundute, conhecem essa doença crônica?!Talvez conheçam, do jeito que Enid é famosa eu não duvido. 

Mas, sabe qual o pior disso tudo? É que ela nunca me prometeu nada, absolutamente nada. Nunca prometeu colocar um anel de diamante no meu dedo, nunca me prometeu exclusividade, nunca prometeu me amar. 

Tudo isso eu projetei sozinha em minha mente e consequentemente acabei por criar e ter expectativas que nunca realmente foram sustentadas por ela. Eu só queria não ter expectativas. Queria não esperar demais, e no fim só me decepcionar com tudo. Queria não ser tão caída por ela, não, acho que é muito prepotente querer isso. 

Então, talvez eu só queira entrar na cabeça dela, sem confronto, sem os muros que me impedem de chegar a ela, e então ver, conhecer, saber sobre ela. Saber se, pormenor que seja, ela já tenha sentido algo por mim. 

Eu não poderia culpá-la por muita coisa, a única coisa que eu poderia jogar em sua cara é o fato de ter me feito chorar algumas vezes durante a noite. Depois que reconheci que gostava de Enid, chorei algumas vezes, decepcionada por já saber que Enid não retribuiria meus sentimentos. Talvez tenham sido tenha sido três ou nove vezes que me peguei deitada na casa, virada de lado em uma lamentável posição fetal, enquanto chorava copiosamente como uma atriz de novela mexicana; alguma dessas vezes eu sentia o cheiro do perfume dela na minha cama, culpa das nossas transas insanas. 

Todas as lágrimas que derramei, todo o sufoco que passei, toda a dor que tenho sentido, e a única coisa que eu queria era que Enid estivesse nessa mesma porra de cama

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Notas:

Capitulo cheio de sentimentos da parte da wed 

Baby oops, bad girl - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora