Capítulo 7

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Alerta: conteúdo adulto, palavras de baixo calão, possíveis gatilhos, violência (física, psicológica, sexual), referência a tortura, sexo explícito... Conteúdo sensível não adequado a menores. Leiam com responsabilidade.


Apartamento de Kim e Porchay


-Não concordo com ele vir ficar aqui- Kim diz do grande sofá na sala, enquanto olhava para a televisão que passava música da sua playlist.

-Já disseste isso umas 100 vezes desde a chamada. Já percebi, já se ouviu. Mas o Macau é o meu melhor amigo, quer queiras quer não, e nunca o deixaria sozinho. Ainda pior quando agora sei que ele esteve doente!- Porchay diz enquanto passa no corredor com um cobertor quentinho e grosso em direção ao quarto de hóspedes.

Kim mexe-se desconfortável no sofá.

Sabia perfeitamente que ele não tinha estado doente. Aliás, sabia perfeitamente de tudo o que se passava na casa da segunda família. Ele e os irmãos conheciam bem o tio deles, sabiam como ele era um merdinha asqueroso.

Mas o pai sempre os proibiu de falar, de perguntar, de ver o que quer que fosse. Por isso nunca diziam nada quando viam os primos, principalmente Vegas.

Kim era inteligente, sabia que ele era quem mais sofria nas mãos do pai.

Mas por causa da tensão e da guerra estúpida entre a primeira e a segunda família, Kim não se aproximava e aprendeu que não deveria gostar dos primos.

Quando eram crianças, ele e Macau queriam ser os melhores amigos para sempre.

Kim lembra-se bem como a sua mãe embalava Macau no seu colo quentinho e depois o chamava para se juntar, era tão bom.

A sua mãe vivera mais tempo do que a de Macau, e embora Vegas nunca tenha querido aproximar-se da mãe de Kim, um Macau muito pequenino corria sempre para os braços dela.

Nas poucas memórias que Kim tinha da mãe, Macau estava quase sempre lá.

Quando a sua mãe faleceu, Kim tinha acabado de aprender a ler e a escrever quase perfeitamente. Sentia-se desamparado e sozinho.

Macau começara a aprender as letras nessa altura.

Kim ajudara-o a praticar quase tudo o que Vegas ia ensinando ao irmão em casa. Desta forma, Kim agradecia a existência de Macau para se distrair e lhe fazer companhia.

Kinn era obrigado e ficar com o pai o tempo inteiro, e nunca brincava.

P'Khun, e P'Pete que morava com eles desde que Kim tinha 3 anos, eram quem tomava conta deles, sempre atentos a todos os movimentos dos dois.

Mas eles eram fáceis de vigiar e Macau sempre fora um menino tão calminho e bonzinho.

Às vezes Vegas ficava também por perto para os observar.

Embora que Kim tenha percebido desde cedo que não eram só eles que Vegas queria observar.

Ele sabia que P'Vegas e P'Pete gostavam um do outro desde crianças.

Nunca disse nada, mas sabia. Era uma criança extraordinariamente inteligente.

Mas mais ou menos quando Kim tinha 10 anos, as coisas mudaram muito.

Macau já não vinha ter com ele quase todos os dias, aliás mal o via.

E quando o via, não podiam conversar.

Loosing Game *VEGASPETE*Onde histórias criam vida. Descubra agora