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                            NOAH URREA

Aconteceu tanta coisa entre eu e a Sabina nesses últimos dias. Quando que eu poderia imaginar que a menina que eu gostei a vida inteira me beijasse e ainda fosse ao finalmente comigo?

Isso tudo parece um sonho, mas eu estou confuso e ela está confusa. Querendo ou não, nenhum dos dois quer perder o que construímos por anos. Eu sempre quero ter a Sabina na minha vida, mesmo que ela me veja como um irmão.

Só que eu a amo muito, sempre amei e sempre amarei. Acredito que ela tenha começado a se questionar sobre o que sente por mim, não foi por nada que ela dormiu comigo. A gente sempre teve algo, mas nunca foi o momento certo e sempre tinha alguém nas nossas vidas em forma romântica.

É o destino nós dois acabarmos no mesmo grupo. Viajamos ao mundo todo e nos divertimos, cada dia que passava eu me apaixonava mais por ela. Por aquele sorriso bobo, a forma como seu cabelo voava quando batia vento, sua risada chamativa, o jeito que ela sempre caia no chão e o jeito que ela me tratava.

Teve uma noite que dividimos o quarto em Paris em uma outra tour. Nesse dia enquanto ela dormia, eu a admirava. Naquela noite eu contei que era apaixonado por ela, mas infelizmente ela estava dormindo. Eu nunca tive coragem de falar cara a cara o que eu sinto.

Eu e Sabina sempre ficamos juntos no avião. Agora ela estava dormindo no meu ombro, enquanto eu bebi mais um copo de vinha. Eu parei de contar no sexto.

Essa pressão que tinha dentro de mim, por sempre guardar meus sentimentos, ter medo de assustá-la e mandá-la embora. Só que eu já estava no meu limite, eu sabia que ela sentia algo por mim, se não ela não teria dormindo comigo.

SABINA: Noah. –Ela me chama ainda meio sonolenta. – Queria ir no banheiro, me dá licença?

Eu apenas faço que sim com a minha cabeça e me levanto do meu lugar, dando espaço para ela passar e logo voltando para o meu lugar. Foi aí que o vinho fez mais efeito do que devia. Sem pensar duas vezes eu levantei do meu acento e fiquei esperando ela terminar de usar o banheiro.

Ela abriu um pouco a porta e eu logo a empurrei para dentro de volta, me trancando com ela naquela cabine.

SABINA: Noah! Que porra você 'tá fazendo? –Ela me pergunta com os olhos arregalados.

-Eu sei que parece estranho, mas se eu não te falar agora eu vou explodir e ninguém vai querer isso.

Ela parou um instante e me examinou, viu que eu não estava nas melhores condições e me abraçou. Logo se desprendendo do abraço, nos fazendo encostar as testas.

SABINA: Me fala o que aconteceu. –Ela me pede com a voz mais angelical.

Não me controlei, estávamos perto demais e meu desejo só aumentou. Colei minha boca com a dela na maior intensidade.

Ela não parou, ela continuou me beijando na mesma intensidade. Existia algo entre nós que era possível de explicar. Só que para nós dois, Noah e Sabina, fazia total sentindo o que nós tínhamos.

Depois que paramos de nos beijar por falta de ar, ela me olhou e fez carinho na minha bochecha. Logo se afastou, me olhando com um pequeno sorriso em seus lábios.

SABINA: O que aconteceu?

-A gente sempre foi amigo, né?

SABINA: Sim...

-Você sempre me tratou como um irmão e eu tentei te tratar assim também. Só que eu não consegui. Sabina, eu te amo!

SABINA: Noah, eu... – Ela começa a falar, porem eu a interrompo.

-Sempre te amei, desde pequeno. Aquele menino era apaixonado pela sua colega na aula de astronomia. Aquele menino que sofreu por ter que deixar a melhor amiga sozinha no México. Aquele menino que sempre amou seu sorriso bobo, sua risada alta, suas danças engraças, suas quedas no chão, todo abraço que você me dava, toda vez que olhávamos as estrelas ou quando passávamos a noite conversando. Eu sei que nossa situação é complicada por termos um contrato e uma amizade longa. Só queria que você soubesse que eu sempre te amei, você foi e é meu primeiro amor.

Ela tinha lágrimas em seus olhos e o sorriso mais bobo que eu já vi. Ela não disse nada só me beijou. Aquele beijo que dizia que existia algo entre nós dois e que não era invenção da minha cabeça. Ela me soltou e me abraçou muito forte, enfim me olhando.

SABINA: Noah, eu te amo tanto. Eu sempre lutei contra esse sentimento, sentia que não podia gostar de você. Até hoje eu não sei o motivo, talvez por conta dos meus pais te tratarem como filho e eu sempre assumir que você deveria ser meu irmão. Só que, droga, eu te amo e sempre amei. Você era e é meu primeiro amor também.

Eu conseguia respirar melhor depois disso. Parece que todas as nuvens escuras que se formaram por anos em cima de todo esse sentimento, iriam sumir de vez.

Nós nos beijamos, como se não houvesse amanhã. A final, era eu e ela. Sempre fomos nós dois.

SABINA: E o que faremos? Ninguém pode saber. Temos um contrato. –Ela fala bem preocupada.

-Amanhã a gente pensa nisso, vamos só aproveitar esse momento.

Quando eu ia tomar os lábios de Sabina para mim novamente, alguém bate na porta.

-Que saco! –Eu digo revirando os olhos e Sabina ri. –Vamos voltar para nossos acentos, quando chegarmos na Alemanha conversamos melhor.

Quando abrimos a porta, demos de cara com ninguém menos que Josh.

-O que vocês dois estão fazendo dentro do banheiro juntos?

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*Mais um capítulo hoje pra vcs!! Talvez eu poste um mais tarde.
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