Duo perfeito

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- Aí Lola por favor cala a boca

Eu estava suando e sentia minhas bochechas quentes, minhas mãos estavam trêmulas e minhas pernas não paravam no lugar. Parece exagero né?

Eu juro, sempre fui assim, muito nervosa, muito medrosa. Quando eu tinha 13 anos eu gostava de um garoto, mas todas meninas gostavam dele também

Claro , a gente sempre é atraído pelo que não podemos ter.

E eu odiava o fato de que tinham outras garotas mais bonitas que eu que também gostavam dele e eu sempre pensava, Por que ele se interessaria por mim? Uma sem sal enquanto tinham outras meninas mais magras e de pele mais clara, sorriso mais bonito e cabelo mais comprido.

Eu me sentia ridícula perto delas, me sentia feia porém, um certo dia me deu a louca de querer chegar nele e falar meus sentimentos, falar que eu gostava dele e admirava seu foco, sua inteligência e positividade. 

Eu estava sentada em umas das cadeiras duras e desconfortáveis do refeitório e me levantei com determinação mas assim que fiz minhas pernas começaram a tremer e comecei a pensar inúmeras coisas negativas, desviei esses pensamentos e então respirei fundo.  Comecei a andar em direção a ele que no momento estava sozinho comendo uma maçã e olhando para o jardim da escola, enquanto me aproximava dele de repente parei, meu coração começou a doer e comecei a sentir como se o oxigênio estivesse acabando aos poucos na terra. O que fez com que a atenção do garoto fosse focada em mim.

Foi o fim do mundo, eu não sei oque me aconteceu só comecei a chorar e virei as costas para que ele não visse a situação ridícula que eu estava só que acabei tropeçando no pé de algum engraçadinho que se aproveitou da minha vulnerabilidade cai em cheio dando quase de cara com o chão, olhei para trás e o menino que tanto admirava dava gargalhadas altas enquanto apontava pra mim, assim metade do refeitório fez o mesmo e eu me levantei e fui correndo para o banheiro. Foi uma situação constrangedora e traumática, talvez parte disso fosse culpa minha.

E no banheiro fiquei até as aulas acabarem.

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- Sr. Fushiguro! Que chá lhe agrada?- gritei da cozinha para que pudesse ouvir.

Não obtive respostas.

- Sr?!

- Quais você tem?

Senti meu coração sair pela boca e voltar, um arrepio me veio da espinha oque me fez estremecer todinha.

Me virei que nem um raio a procurar o dono da voz grossa e calma vulgo ja sabia de quem e atrás de mim estava Toji com seu grande porte parado, atrás de mim.

Nunca me canso de falar o quão grande este homem e o quão muscolo.

Ele perigosamente perto, não chegava a encostar em mim mas de qualquer forma estava muito perto.

Respirei fundo e estava processando tudo para que nenhuma frase saía cagada.

- B-bem hmm... eu... amh

Por que eu sou assim?

Vi um sorriso de lado se abrir em sua boca enquanto me encarava e ria internamente da minha trouxisse, ele sabe o efeito que me causa, sabe que eu sou besta demais para ele. Me senti encurralada.

Olhei para os lados em busca de auxílio de Lo, porém ela não estava mais lá.

Olhei novamente nos olhos de Fushiguro.

Feroz como um predador.Onde histórias criam vida. Descubra agora