The End

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Narrador/Xande.

Vozes.
Tão distantes...

O que elas dizem?
Não consigo sentir...

As cores...
Cadê elas?

Tá tudo tão confuso...
Me sinto perdido.

Tentava abrir os olhos, mas, meu corpo não correspondia, tudo dói.
Me sinto patético.

Primeiro o estrangeiro, não tive forças nem para reagir, logo de cara me tornei imponente.
Falhando miseravelmente, nem sei como estou vivo...

E agora? Nem do meu corpo poderei vencer?
O quão inútil sou?

Só quero abrir os olhos.
Poxa, não deveria ser algo tão difícil.
Apenas, desejo ver se ela está bem...
Saber se eles estão vivos.

Três semanas, esse era o tempo exato do ocorrido. Alexandre, estava internado desde então.

Seus amigos não sabiam dizer exatamente o que estava acontecendo, muito menos como chegaram lá.

Os quatro (Lírio, Chico, Dara e Guizo) foram mandados para a enfermaria da ordem, sendo observados de perto, por Dante.

Ambos extremamente confusos, sem respostas, o que frustrou alguns agentes, incluindo quem os vigiava.

Mesmo mexendo a anos com o paranormal, não era todo o dia que algo do tipo acontecia.

Enquanto Alexandre, era guardado por Arthur no hospital, já que a ordem não tinha a estrutura necessária para o caso do jovem.

- Vamos lá garoto, você consegue...

Essa voz?
De quem é?

- Seus amigos estão preocupados, por favor, melhore logo para eles poderem te visitar.

Em seu leito, seu guardião, falava gentilmente com o menino desacordado, dizendo palavras de incentivo. Vai que o garoto as escutassem ?

O fato é, Arthur nem o conhecia mas, de alguma forma, tinha criado um certo apego por ele.

O mais velho se sentia aflito, como deixaram alguém tão jovem se envolver com algo do tipo?

Não fazia o menor sentido, ele era praticamente um adolescente.

Por que fizeram isso?
Como tiveram a coragem de mandar jovens sem chances reais, para algo tão mortal...

Agora eles se encontravam nessa situação.
Os cinco, perderam tudo o que tinham.
Sendo jogados num mundo totalmente desconhecido, diretamente no futuro.

Porra! Cadê o senso?!
A lógica ou a porra toda!?

Não era justo!

Ver o "pequeno" Alexandre naquele estado, a beira da morte.
Tão brutalmente ferido, era algo extremamente assustador, até mesmo para quem já tinha visto a morte tantas vezes.

Por Sinais, linhas e canções : Nosso amor aconteceu.Onde histórias criam vida. Descubra agora