Por Sinais, linhas e canções : Nosso amor aconteceu.

Maps

Nota da autore:

Se preparem que lá vem pedrada.

Narrador/ Xande/ Dara.

E os dias foram passando, cada vez os distanciando mais.

A dor que o loiro sentia pela tal distância, aos poucos virou ódio. Não consegui compreender o "porquê?" daquilo. Qual era o motivo para a pequena moça ignorar a sua existência tão simples assim... Será que o tal estrangeiro havia virado sua cabeça? Levado sua Dara para outra dimensão e deixado uma cópia quebrada?

Definitivamente, ela não era mas a sua Dara.

Ao mesmo tempo que no mais novo crescia um ódio devastador, na garota, a tristeza toma aos poucos mas uma parte de sua essência.

Era doído para ela, o olhar em seus olhos e sentir sua dor, doía está tão machucada que não permitia a aproximação de quem tanto amava.

E a cada olhar ignorado a culpa corria por dentro, envenenando sua alma.

Para ela, aquele sofrimento e tortura não teria data de validade, pois sua cabeça nem cogitava a possibilidade de melhorar, afundada na verdade.

"Saber de tudo, é perder tudo" alguém tinham dito um dia.

Essas palavras faziam tanto sentido para si.

E o peso delas era colossal.

Enquanto divaga mais um dia sobre seus pensamentos corrosivos, Xande chegava ao local.

Dessa vez ela nem pode notar sua presença, como um gato silencioso ele se sentou de frente a mesa daquela cozinha que não os pertencia. Dara se encontrava perdida em pensamentos, e Alexandre amargurado no presente.

Bateu na mesa com força tomando a atenção para si.

Encurralando a jovem.

Agora, olho no olho, se encaravam.

Ela se sentiu desconfortável.

E aquela reação serviu de combustível para o que estava por vir...

- Nós precisamos conversar - ele falou, meio embolado pois ainda estava passando pela fase de reabilitação.

A jovem tentou se desvencilhar, sair daquela situação a qual fora inserida.

- Agora não... Eu- foi cortada.

- Agora sim, hoje mesmo, você não pode fugir para sempre Dara Venturini!

As íris azuis tremiam pela adrenalina, observando cada novo gesto da outra. Os olhos chocolates titubearam, seu corpo se inclinou sob a cadeira.

Encurralada, ela não poderia mas fugir.

- O que você quer Alexandre? - tomou uma postura de indiferença, cruzando seus braços e fofocando no outro.

Mas uma vez ela mentiu para si mesma, tomando uma postura indiferente para fugir da consequências.

- Alexandre? Você nunca me chamou assim... - o jovem vacila - eu quero saber... O que raios aconteceu com você? Por que está me ignorando? O que foi que eu te fiz?

- O quê me aconteceu? Pessoas mudam, todos os dias, meses e anos, eu apenas mudei...

Inconformado, não seria uma resposta vazia que o convenceria.

- Mudança?! É essa a sua desculpa?

A tensão aumenta juntamente com o volume das vozes.

- Francamente, você já inventou desculpas melhores...