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Estava sentada em uma das mesas com a minha irmã, de longe sentia o olhar de Rodolffo sobre mim, mas evitava olhar em sua direção.

- Ju, tá dando dó já, ele tá te olhando com cara de cachorro abandonado. Fala com ele. – Sarah inclinou seu corpo até mim e cochichou no meu ouvido, olhei de relance para ele e realmente estava com a carinha mais adorável do mundo.

Olhei pra Sarah, suspirei e me levantei. À medida que eu me aproximava, vi o rosto dele se iluminar e abrir um sorriso. Eu passei por ele e segurei sua mão, o puxando pelas escadas e subindo em direção ao seu quarto. Assim que entramos, fechei e tranquei a porta.

- Eu juro que tô me segurando muito pra não agarrar ocê agora, te jogar nessa cama e te mostrar o tanto que senti sua falta. – ele disse com a voz rouca e sexy, me olhando de forma intensa, que fez meu corpo inteiro esquentar.

- Pois se segure, visse. A gente precisa conversar. – desviei meu olhar do dele, e caminhei até a cama e me sentei.

- Juli, eu sei que foi horrível o que eu fiz, não pelo beijo, porque não significou nada e nem posso chamar de beijo. Na mesma velocidade que nossos lábios se encontraram eu a afastei. – senti meu corpo inteiro tremer só de imaginar ela agarrando ele, e precisei engolir em seco para evitar as lágrimas. – Mas foi errado não ter te contado na hora que aconteceu.

- Sim, deveria, mas escondeu de mim. – respondi cruzando os braços e olhando brava pra ele.

- Eu tive medo, Ju. Medo de te perder por uma coisa que não significou nada pra mim. – ele disse se ajoelhando na minha frente e segurando minhas mãos. – Ocê é importante demais pra mim, eu sofri demais com nosso afastamento. Eu fui burro de não ter falado na hora, mas eu sou louco por você.

- Muito burro mesmo, visse. – falei tentando manter a pose de durona, mas já estava quase pulando nos braços dele.

- Acredita em mim, eu não quero nada com a Duda, eu só quero você. – ele disse com a voz baixa e olhos marejados. Pegou a minha mão e levou até o coração dele. – Você chegou e tomou tudo, meu coração é só seu.

Com a minha mão livre, eu acariciei seus cabelos, ele fechou os olhos, sentindo melhor minha carícia. Dos seus cabelos, desci minha mão pelo seu rosto bonito, acariciando sua barba. Eu o amava, isso era incontestável.

- Eu te amo também, bicho besta. - disse puxando seu rosto de encontro ao meu. - Mas promete pra mim uma coisa. - pedi enquanto ele olhava fixo em meus olhos. - Nunca mais esconda nada de mim.

- Eu prometo. - ele respondeu sorrindo fraco. - Será que eu posso te beijar agora? - ele perguntou e eu ri.

- Pode. - respondi e ele se levantou, me puxando pela cintura.

Nossos rostos estavam a centímetros de distância um do outro, eu acariciava seus cabelos, quando ele se aproximava cada vez mais. Entreabri os lábios e fechei os olhos, esperando o toque suave dos seus lábios nos meus. Senti a mesma corrente de energia passar pelo meu corpo, que senti na primeira vez que nos beijamos.

O beijo começou calmo, mas ele logo pediu passagem com a língua, tornando o beijo muito mais íntimo. Ele subiu uma das mãos que pousava em minha cintura até minha nuca, entrelaçando meus cabelos em seus dedos e me puxando pra mais perto dele.

Desci minhas mãos de seus cabelos, para a sua nuca, arranhando de leve a pele, sentindo ele se arrepiar com meu toque e gemer entre meus lábios.

Em um só movimento, ele me jogou na cama, deitando sobre meu corpo. Separamos para respirar, e ele me olhava tão intensamente, que senti meu corpo inteiro arrepiar.

Um noivo para Juliette, parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora