The Cure - Yoonmin

Eleven

Antes de me dirigir para o avião procurei por Yoongi. Quando o avistei o puxei até um compartimento vazio e antes de ele reagir o beijei. Estata com um pressentimento muito errado sobre aquela viajem e seria bem possível que ele e eu não nos veríamos mais, então, não tinha tempo para cogitar como ele se sentia em ser beijado por alguêm que estava tentando se separar. Quando acabei, ele me olhava um pouco desnorteado como se não acreditando no que eu tinha acabado de fazer. Ainda estava sentindo o gosto da boca dele na minha.

_ Jimin..._ Murmurou mas eu o calei.

_ Não diga nada, eu só... Precisava disso. _ Depois disso me retirei sem olhar pra trás.

Encontrei com o Tae na zona de embarque, a gente não tinha muitos pertences, basicamente estávamos apenas com a roupa do corpo. Derrepente Tae me agarou pelo braço e me fez encará-lo. O seu rosto estava assustado e aflito como quando o encontrei riscando aquela parede do quarto.

_ Não! _ Ele rogou com os seus olhos arregalados de medo. _ Não entre nesse avião... Não... Perigoso demais... _ Estava respirando com dificuldade.

_ Tae pára, você está me assustando! _ E como se fosse um passe de mágica, a sua expressão voltou pro normal junto com o soriso quadrado. _ Como você faz isso? O que está acontecendo com você?

_ O que foi, Jimin? Eu só estava brincando. _ Ele riu descontraido. _ Esqueceu que sou um bom ator? 

_ Não faz mais isso. Eu até acreditei.

_ Você acredita em qualquer coisa mesmo. Olha pra mim agora. _ Fez uma careta deplorável._ Eu sou um zombie devorador de cérebros! Aaahhh fique longe de mim, Park Jimin! _ Depois caiu na gargalhada da sua piada.

_ Deixe de ser criança, Tae!

_ Isso nunca, ChimChim!

E assim entramos no avião com ele rindo e guiando caminho. Quando o avião levantou voo, reparei na Base que tinha sido meu abrigo naqueles dias negros e quase chorei, mesmo sabendo que estaria mais protegido lá onde estava indo eu ainda queria ficar naquele lugar, e sabia muito bem qual era o motivo, um ser mal-humorado que só sabia reclamar, esse era o meu motivo. Depois de passados cerca de uma hora com o avião em pleno ar decidi relaxar e dormir um pouco, roubei o ombro do Tae ao meu lado,  encostei minha cabeça alí e fechei os olhos. Aquela certamente foi uma péssima ideia.

Me vi com uma vontade absurda de ir ao baheiro, me levantei deixando Tae alí sentado e me dirigi para a cabine do avião. A luz do ambiente era fraca enquanto eu atravessava o corredor, reparei que as pessoas estavam descontraídas e felizes por finalmente estarem em segurança depois de tudo, elas soriam umas com as outras e eu me perguntava como diabos elas não estavam sentindo o cheiro nauseabundo de podridão que impregnava o ar. Decidi interrogar alguêm mas a pessoa não prestou nem um pouco atenção em mim, era como se não me visse e eu me senti morto. Continuei seguindo para a cabine, bati a porta quando cheguei lá e ela se destrancou permitindo a minha entrada, o meu coração pesava toneladas quando eu pegava na maçaneta e a puxava. Um medo frio se instalava em mim. E o que vi lá dentro poderia facilmente fazer a minha alma se separar do meu corpo.