O palácio estava em polvorosa. Pessoas corriam de um lado para o outro carregando ornamentos decorativos. Senhoras transportavam bandejas com frutas e algumas refeições que estavam sendo preparadas para o banquete que daria início ao torneio na manhã seguinte. O príncipe Park Jimin, filho mais velho da família Park e primeiro na linha de sucessão ao trono, desviou de uma senhora que carregava uma penca de bananas e quase trombou no rapaz. Seus cabelos castanho-claros, num tom suave de loiro, balançaram quando ele deu dois passos para trás para evitar o choque, já que a penca de bananas era quase do tamanho do braço da mulher e ela o segurava bem na frente do rosto. Como ela conseguia andar por aí segurando aquilo era um mistério para Jimin.
- Ei, ei, cuidado senhora Han! – Park Jimin disse, desviando-se da senhora, com um sorriso lhe alargando os lábios.
- Vossa alteza, perdão! Eu mereço morrer por isso, me perdoe! – Ela disse, eufórica, percebendo que quase havia dado um encontrão em seu senhor. A risada que o garoto de 20 anos lhe deu foi calorosa e divertida.
- Já disse que odeio quando você usa essa frase. "Merecer morrer" e essas coisas.
- O senhor tem um coração de ouro, príncipe! – Senhora Han disse, fazendo uma mesura profunda, apesar do cacho de bananas que segurava. Jimin fez uma mesura, não tão baixa quanto a dela, uma vez que ele era o príncipe.
- Gentileza sua – ele disse. – Seria mais gentileza ainda se me deixasse furtar uma dessas bananas sem ninguém perceber. – O Príncipe Jimin deu-lhe um olhar conspiratório seguido por um sorriso de canto enfeitando os lábios. A velha senhora sorriu, pegou uma das bananas, a mais bonita que conseguiu encontrar, e entregou ao garoto com um sorriso. – Tenha um bom dia! – disse, se afastando e voltando a correr estabanada segurando a enorme penca.
Jimin acenou em concordância pegando a banana, descascando-a e dando uma mordida generosa. Jimin continuou sua caminhada pelo palácio. Havia conseguido despistar seu servo fiel, Kim Taehung, então aproveitaria de bom grado o tempo que teria longe de seu vigilante, o que incluía fugir dele por todo o palácio até que ele finalmente conseguisse encontra-lo. Jimin podia jurar que Kim Taehung tinha alguma espécie de sentitividade bizarra que ajudava-o ao localizar o príncipe onde quer que este estivesse, fazendo que Jimin nunca conseguisse despistá-lo por mais de vinte minutos. Talvez fosse alguma espécie de xamã. Então, cada minuto que tinha era precioso para orquestrar a sua...
Jimin desviou de outra serva que quase trombou nele, esta carregando um vasilhame que continua cerca de dez litros de água. Esta, pensando que havia trombado em apenas outro servo que corria desesperado como uma galinha pelo corredor do palácio, não parou para se desculpar. Apenas seguiu em frente. Jimin aproveitou a distração e continuou andando no sentido contrário.
Park Jimin, primeiro filho na linha de sucessão ao trono. Ele seria rei algum dia. Quando seu pai morresse. Aquele era um fardo bem estranho de se carregar.
- Príncipe Jimin! – ouviu a inconfundível voz grave do seu servo e amigo chamar-lhe. Jimin virou-se na mesma hora, para ver se ainda tinha possibilidade de fuga. Viu a mesma senhora com o vasilhame de água trombando em Taehung e distraí-lo, e sem pensar duas vezes, Jimin correu o mais rápido que pode na direção contrária à que Taehung vinha.
Taehung era o melhor amigo do príncipe. Na verdade, o único amigo, já que não tinha mais ninguém no palácio com quem pudesse conversar. Mas como Taehung havia sido ordenado como companheiro real, ele era meio que... Obrigado a ouvir os desabafos reais do garoto, o que às vezes, Jimin não sabia se podia ser contado como uma amizade.
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O Canto do Cisne {Jikook}
FanficCONHEÇA O PRINCIPE. Park Jimin escondia sob a superfície de uma vida perfeita, um interior revolto e conturbado. Jimin não queria ser o próximo rei. Não queria se casar com uma princesa e ter filhos. Não queria ter um pai que o odiava e deixava isso...