Operação Ao Amor - Hiro Hamada.

Uma cabeça vingativa

A faculdade havia sido fechada temporariamente para reformas, aquele vilão não conseguiu fazer ela cair, mas deixou alguns destroços sobre ela.

O Natal de todos havia sido arruinado. Meu pai era chamado diversas vezes para entrevistas sobre o que estava acontecendo, chegou a ser acusado de estar causando tudo aquilo, nossa reputação estava indo por água abaixo. Ele tentava fazer o que ele podia para ajudar nas reformas necessárias.

Eu olhava pelas janelas do meu quarto e via a cidade toda em silêncio, não havia mais movimentação, e as pessoas que saiam de casa, saiam com medo de não voltarem mais.

Todos tiveram de passar o ano novo em suas casas, sem viagens, sem festas, sem fogos de artifício, nada.

Já estávamos em março, grandes partes do que estava destruído, já tinha sido restaurado por boa obra dos próprios moradores que não suportavam viver daquele jeito. As pessoas confiam demais no tempo, elas pensam que só porque passou um tempo de tal acontecimento, ele não tem chances de ocorrer de novo, isso é uma mentira. Eles mentem para si, e para os outros.

Eu sabia que um dia aquele maldito vilão ia voltar novamente, eu avisei ao grupo de Hiro, e eles prometeram ficar atentos.

Houve uma reinauguração da faculdade, todos estavam felizes por estarem conseguindo fazer San Fransokyo voltar ao normal. Deram o nome da festa de "A festa das luzes" onde todos teriam que ir com uma roupa branca.

— O que está achando da festa, querida? — meu pai pergunta, se aproximando com uma taça de champanhe e um olhar orgulhoso —

— Está incrível, pai! Nunca vi uma festa tão legal como essa! E os alunos ainda tem a chance de mostrarem seus projetos para os convidados.

— Ah, eu fico feliz que esteja dando tudo certo.. — ele diz — Sabe, eu sentia como se a nossa cidade não fosse mais ser como era. Eu tinha a impressão de que tinha alguma coisa controlando aquele cara.

— Como assim?

— Sei lá, ele sempre dizia as mesmas frases, como se ele tivesse sido programado para falar aquilo. — ele diz, dando um suspiro, por fim — Bem, eu vou ali conversar com o meu sócio, divirta-se querida. — ele deposita um beijo em minha testa e em seguida sai de perto de mim —

Fico com aquela frase grudada na mente. "Alguém controlando o vilão?"

— (Seu Nome)!! — ouço uma voz animada atrás de mim, ao me virar, vejo meus amigos, todos muito bem vestidos — Que surpresa ver você aqui!

— Ah! Oi gente! Eu não pensei que viriam.

— E perder uma das maiores festas que já teve aqui? Nunca! — Fred dizia totalmente fora de controle, num sentido bom — Muitos anos que eu não vejo uma festa tão doida como essa!