CAPÍTULO XI

2.5K 133 64
                                    

notas da autora:
após muita pressão psicológica, a atualização veio! 😂 dedicado a fofíssima da laila do @llmmsy que discutiu horrores o último capítulo comigo. me deixem saber o que vocês acharam desse capítulo, por aqui ou no twitter pelo @dinamogn. desejo uma boa leitura! 🤍








 

"Somos o que há de melhor. Somos o que dá pra fazer – o que não dá para evitar, e não se pode esconder."
3x4, Engenheiros do Hawaii.





Acabava de sair de uma chuveirada com os meus cabelos úmidos, na ponta dos meus pés e acompanhada pelo homem que era pleno tormento na minha vida, como se nós dois fossemos dois adolescentes na flor da idade, livres de qualquer preocupação.

Eu seguia contente, mesmo que por um momento (ou simbolicamente mais do que um momento), ao lado de Stenio.

A exaustidão física e o pleno relaxamento mental se confundiam em meio aos beijos, abraços, confissões e ao sexo gentil e intenso que eu e Stenio tinhamos e faziamos.

Meu semblante era grato, assim como o dele.

– Sabe, eu queria que todas as minhas tardes fossem desse jeito. Com você. - ele disse, se aninhando na cama comigo, por mais uma vez.

– Todas é? Que otimista. - dei uma risadinha.

– Vai, fala que você não quis isso por muito tempo... - ele dizia, com um sorriso infantil no rosto - que quer isso.

– Fase de teste. Você tá na fase de teste. - respondi, ainda que ríspida. - ainda tem muito caminho pra percorrer.

– Eu não sei o que você pode testar mais comigo, Helô. - ele respondia, afundado na minha clavícula, arrastando os lábios por todo meu percusso ósseo.

– Você não tem realmente noção do quanto essa brincadeirinha é perigosa pra nós dois. - falava, quase como um xiado. Ele não parecia se importar muito com minhas reclamações, afinal, tínhamos passado uma tarde inteira largados na cama, sem muita burocracia, sem muito rodeio.

Eu, ele, alguns lençóis bagunçados, e sentimentos muito loucos juntos.

– Vale a pena. Sei que vale. - ele tateava meu ombro, fazendo um carinho sob a minha pele nua. Meus dedos passeavam pelas suas costas, movimentando de forma preguiçosa sua pele morna, na melhor das minhas intenções.

Minha respiração ainda estava pesada da maratona de deitar e rolar com Stenio que tinha acabado a pouquíssimo tempo atrás.

Sina. - a única palavra da língua portuguesa que eu poderia sussurrar no momento seria aquela que era definida como destino que não se pode evitar; fatalidade, sorte.

Aquilo que todo mundo está sujeito; predestinação, fado.

Tudo que éramos, e nunca deixariamos de ser: uma espantosa predestinação.

– Antes você me chamava de Karma.

– E você é. - repousei meu queixo no topo de sua cabeça, me ajeitando melhor na cama, apoiada na cabeceira. - É que Sina soa menos como uma maldição, como um curso.

DínamoOnde histórias criam vida. Descubra agora