365 days

XV - Truth.

Vou para o meu quarto apenas ignorando o fato de saber que Cauê estava chateado com oque eu disse. Uns minutos depois ouço alguém entrando sem bater e fecha a porta rápido enquanto fala atrás de mim.

— É sério isso? — ele diz fechando a porta

— O que?

— Que vai ficar mentindo falando que não rolou nada e que eu trouxe outra mulher?

— O que eu ia falar que eu — digo eu mais alto e diminuo o tom — trouxe alguém?

— Só admite ou nega, não inventa que eu trouxe alguém.

— Por que isso importa? eles nem ligam. — tiro minha blusa

— Eu ligo! mas, porque está fazendo isso? — ele se senta na cama

— Porque sim, essa blusa está suada uai

— Não, não isso Duda, porque está fingindo que não aconteceu nada?

Coloquei a camisa de botões dele que ele havia deixado no meu quarto na noite passada e me sento ao lado dele.

— Eu não posso fazer isso, ficar com o cara que me sequestrou como se fosse algo normal, eu simplesmente prometi pra mim que não faria isso, é errado e.. — eu paro de falar e deixo um suspense no ar

— E o que?

— Nada.

— E o que Maria?

— Nada não, eu acabei me empolgando e falei demais e sem querer.

— Mas já aconteceu, o que impede isso de acontecer de novo? por que seria errado?

— Eu posso impedir, não podemos continuar com isso, você pode se encher de esperança, mas como eu disse nossas intenções não são as mesmas.

— Eu sei que não Duda, eu sei que não está apaixonada por mim ainda, mas eu posso fazer isso mudar, temos tempo ainda.

— Eu não vou me apaixonar e não vamos transar de novo, me desculpa.

Cauê não diz nada, apenas coloca a mão na minha nuca e beija meus lábios delicadamente em um beijo demorado e sai do quarto.

[...]

Já era tarde quando decido ir na sala de jogos com os meninos, fiquei lá por um tempo conversando com eles para me distrair.
Cauê aparece e fica atrás de mim, uns minutos depois ele se curva e fica apoiado na poltrona que eu estava, e sinto suas mãos passando em minhas coxas enquanto apertava levemente enquanto subia a outra para o meu pescoço. Tentei disfarçar as minhas expressões de que estava gostando, começo a mexer no meu cabelo para disfarçar. Enquanto ele segurava as minhas coxas eles falavam em Russo, e eu como uma pessoa curiosa estava tentando entender oque estava acontecendo e acabo me estressando.

— Nossa! da para vocês pararem de falarem assim? eu não entendo nada.

— Calma princesa... esses assuntos são da máfia, você não precisa saber do que se trata. — Cauê passa a mão em minhas coxas mas eu me levanto bufando indo em direção ao quarto — Calma, não tem nada para você fazer no quarto essas horas — ele me segura — senta aí, vamos te fazer companhia. — ele diz em meu ouvido, mas alto o suficiente para todos escutarem

Cauê segurou minha cintura pra eu não sair dali e apertou mais forte me fazendo sentar na poltrona. Enquanto ele cheirava meu pescoço por cima do meu cabelo. Me sentei e fiquei com a expressão séria.
Uns 20 minutos depois eu me levanto e vou para o meu quarto. E novamente meus pensamentos me dominaram, e começo a pensar em tudo que aconteceu entre eu e o Cauê. Fiquei muito tempo pensando nele, no seu beijo, no seu calor, no toque, não aguentei e fui atrás dele para tentar falar a verdade e retirar tudo que eu havia dito mais cedo.
Passei pelos corredores, sala de jogos, cozinha e seu quarto indo até a sala de bebidas, assim que eu estava chegando perto ele me chamou.

— Está procurando alguma coisa? — ouço sua voz e apareço na sala

— Você, eu estava procurando você, como sabia? — me aproximo dele

— Ouvi você chegando — ele se inclina pra frente e sorri — O que devo a honra dessa visita?

— Eu estive pensando mais... sobre oque eu tinha falado hoje mais cedo.

— Continue.. — ele encostou suas costas no sofá e olhou para o espaço que tinha — Pode se sentar, eu não mordo.. quer dizer, se você quiser.

— Desculpa! eu estava ansiosa e nem pensei — dei um sorriso e me sentei do seu lado

— Ansiosa? com o que? — ele se vira um pouco e fica me olhando

— Para conversar com você.

— Sou todo ouvido, pode falar..

— Primeiro eu quero me desculpar por eu ter falado aquilo para os meninos, eu estava confusa e sem graça e ainda estava processando oque tinha acontecido entre nós. E mesmo sendo errado, eu preciso do seu toque outras vezes, eu nunca tinha me sentido tão realizada como na noite passada. — Cauê deu uma risada e pegou o meu rosto para vir me beijar e ele inicia um beijo delicado e rápido

— E também.. só não queria fazer as coisas na frente dos meninos ainda. Abraços, beijos.. essas coisas.

— Como você quiser princesa. — ele diz enquanto colocava sua mão em minha nuca

— E, não estou dizendo que estou apaixonada por você, porque não estou, não leve pro coração. Apenas isso, achei que nos demos bem na cama.

— Muito bem por sinal, mas transar com os meninos em casa a gente pode né?

— Se não fizer muito barulho.

— Acho difícil, afinal a noite passada você gemia como louca... e a cama então.

— Eu gemi normal. — comecei a rir e ele também — Pode parar já, eu exagerei né?

— Não... eu gostei, tava no ponto.. — ele coloca a mão no meu pescoço e se aproxima mas dessa vez eu o beijei e fui para o seu colo

No meio do beijo o Cauê coloca uma de suas mãos na minha parte interna das minhas coxas levando até a minha intimidade, mas eu segurei e parei o beijo.

— Hoje eu não aguento... ainda tô dolorida por causa de ontem.

— Dolorida é? — ele morde seus lábios internos e passa a mão no meu quadril — parece que fiz um bom trabalho então...

— Bom é pouco... pelo que fez comigo naquele quarto, foi extraordinário.

— Quando passar, eu faço melhor

— Veremos o que é capaz... — lhe dou um beijo calmo e lento mas com pegada

Cauê foi passando a mão em minha bunda e apertando até de repente dar um tapa forte nas duas partes. Soltei um gemido de dor mas abaixei meu rosto em seu ombro para não fazer barulho.

— Doeu? — ele deu uma risada debochada e convencida

— Nossa, muito.. eu não esperava por dois tapas assim.

— Pois espere, porque da próxima vez vai ser só tapa assim — apenas dou uma risada e saio do colo do mesmo e me levanto indo em direção a porta — Vai dormir?

— Sim, estou cansada e amanhã temos o baile né?

— Sim, descansa bastante..

Eu mando um beijo pra ele e digo boa noite, e ele da um sorriso com um boa noite sedutor e eu vou para o meu quarto.

continua...