Uma paixão impossivel

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Depois de ouvir da boca de Jung, que ele estava me usando para ser livre, meu coração se apertou e meus olhos se encheram de lágrimas, nesse momento eu me questionava o porque de tudo isso, o porque eu sempre acabo só e metido em alguma enrascada. Me sentia como um bandido, que acabara de roubar um banco, coletado todo o dinheiro e minutos depois, fora pego pela policia, perderá tudo, até mesmo sua própria família ele perdeu, apenas sobrara a ele, uma cela e julgamentos. Ser contra Deus não me trouxe nada, não mudou nada em minha vida, ja que quando eu era servente dele, perdi mais que agora, mas nesse momento doeu mais, eu perdi o pai que acabará de encontrar e um amigo, o único que eu achará que eu tinha, mas nesse momento eu não tenho mais nada. Andava pelas ruas calmas e pouco iluminadas de Daegu, chorando e sem ideia de como eu traria meu pai de volta pra mim, enquanto isso na casa abandonada, dentro da caixa, o palhacinho que me abandonara, estava inquieto, o mesmo, sentia se corpo formigando e as mãos tremulas, talvez aquele boato de que demônios não tem sentimentos, mas creio eu que é mentira, ja que Hoseok, parecia magoado depois de ter me mandado embora, minutos depois de jogar na minha cara que eu era um objeto para ele.

—Aishiii, como eu odeio isso! Nunca que eu pensei, que um mero humano mexeria comigo, se bem que agora eu sei que ele é meio anjo... Ele tava tão lindo com aquelas asas! — O palhacinho dizia sem pestanejar, sozinho dentro de sua caixa de manivela, que ainda se mantinha no meio do quarto em cima do tapete vermelho.

Se eu ouvisse aquelas palavras que Jung dizia a si próprio, eu com certeza creditaria que ele havia mentido para mim antes, mas infelizmente, eu não estava ali, pela primeira vez em anos, eu não tinha a quem recorrer, ja que me afastei de Deus, matei meus amigos os levando até Jung, mesmo que não fosse proposital, eu me culpava, por ser o único sobrevivente, também não tinha a minha mãe, ja que a mãe do Hoseok a matou sangue frio, e meu pai, ao qual eu acabará de encontrar, foi tirado de mim, o que me restava agora, era uma casa que mamãe havia me deixado e um par de asas que herdei de meu pai.

— Porque o mundo é tão injusto? — Min suspirava cansado depois de acordar do banco da pracinha, o mesmo abriu suas asas e voo para céu e em meio as nuvens.

Me senti livre por alguns minutos, mas assim que lembrei da minha situação, deixei uma lagrima teimosa rolar pelo meu rosto.

— Deus, se realmente existe, abra as portas do céu para que eu entre e resolva frente a frente com você essa confusão.

Um clarão no céu, fez com que eu me arrepiasse por inteiro e quando eu reparo vejo um grande portão dourado sob nuvens branquinhas, que tomavam uma grande parte do céu, eu voei naquela direção e parei em frente ao grande portão ao qual se abriu diante de mim e eu entrei sem pensar duas vezes, admirava cada parte daquele lugar e suspirava quando não me encontrava, andando por meio do grande jardim que apareceu assim que adentrei o lugar, procurava por Deus e eu apenas encontrava anjos andando por ali.

— Agora apareça! - Yoongi bateu o pé nervoso.

— Tenha calma - Uma figura enorme apareceu atrás do mesmo.

— Calma? Você tirou tudo que eu tinha e agora até o cara que eu achava ser meu amigo você arrancou de mim e pede calma? Faça me rir! - o ex humano dizia inquieto

— Não tirei nada de ti meu filho, suas más escolhas tiraram! — A grande figura, já deduzida como Deus dizia.

— As escolhas? Essas tals escolhas só tiraram tudo de mim, porque foram contra suas vontades! Isso sim! Eu quero meu pai! Agora! Você não sabe como é viver perdendo tudo! Ter meu coração pulsando de tristeza! Vivendo procurando por amor! Já que você é idolatrado por todos! Então me devolva meu pai!

Deus suspirou e me olhou, podia ver em seus olhos que ele não estava satisfeito com a forma como eu agia.

— Infelizmente não poderei lhe devolver seu pai! Ele é um perigo para a humanidade e para ti meu filho! — Explicava Deus com calma.

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