Meliante [8]

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Leia ouvindo : Tribo da Periferia “Resiliência”.

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— Pai, diga para a tia que eu serei a nova líder da Bonten! — Diz Juleika olhando para Manjiro seriamente.

Manjiro quase cai no chão chocado quando ouviu isso. O platinado encarou Su esperando uma explicação porém, Su estava com um olhar sombrio e cheio de neblina.

Mikey encarou Kaios que estava com um olhar sombrio também.

— O que esta acontecendo? — Kokonoi entrou no lugar olhando para todos eles.

Na verdade não tinha onde entrar, já que estavam na calçada, ele entrou na conversa.

Juleika olhou para Manjiro intensamente, Juleika tinha a mesma altura de Manjiro, o que deixava o clima tenso ao vê-los se olhando daquela maneira.

Juleika piscou os olhos, quebrando aquela maneira como pai e filho se encaravam, e sorriu de canto.

— Estou brincando, pai. — Ela sorrir e se afastar. — Porém eu serei a líder mesmo... Ela olha mortalmente para Kaios e matarei todos que se aproximarem do meu mano mais novo.

Kaios fez uma careta e ia se virar para ir embora, mas Juleika foi mais rápida e o abraçou forte por trás, erguendo seu irmão do chão no processo; Kaios era uns 5 centímetro mais baixo que a irmã e isso o deixava zangado.

Manjiro tremeu de alívio quando viu seus filhos se abraçarem e parecerem em paz um com o outro.

Manjiro segurou aquele contato visual sentindo uma dor insuportável na cabeça, ele teve que se segurar para não olhar para o pescoço da filha.

Sempre que eles brigavam, ou quando discutia com Juleika ele suspirava frustado e olhava a tatuagem que ela tinha no pescoço, com o símbolo da Bonten e logo abaixo o nome dele e o nome de Jessy.

Juleika e Kaios sumiram no meio da rua e Manjiro ergueu o olhar e olhou para Su que olhava para a esquina onde seus sobrinhas tinham sumido com o sorriso na cara.

— Acho que Kaios e mais indicado que Juleika para líder de gangue.

Manjiro teve que se controlar para não concordar com a cabeça. Ele odiava pensar naquilo.

Manjiro entrou dentro de sua habitação atual vendo Su entrar consigo, enquanto mexia os cabelos ruivos com delicadeza.

Ele foi para cozinhar pegar um copo de limonada gelada pra tentar acalmar os nervos daquela tarde.

Antes que ele pudesse suspirar em alivio ele viu a porta de sua casa quase ir abaixo tamanha força que PH usou ao entrar.

Manjiro olhou para ele espantado e Su estava o olhando nada contente, pois tinha quebrado a unha que estava usando para fazer um cacho no cabelo devido ao susto.

— Alguém problema, Henrique? — Ela perguntou o olhando com escárnio.

Porém sua expressão se tornou preocupada quando viu a expressão assustada do homem.

— Manjiro, tem um cara querendo falar com você.

Manjiro estreitou os olhos, mas antes que pudesse fazer alguma coisa ele pode ver o “cara” por cima do ombro de PH.

Os olhos negros de Manjiro encararam aquela pessoa sentindo uma eufória.

— Manjiro...— A pessoa passou por PH e foi até um Mikey chocado.

Antes que pudesse chegar até Manjiro, a cabeleira ruiva de Su se colocou no meio tirando uma arma do bolso e apontando para o meliante que encarou Su de forma intensa.

— Quem você pensa que é pra simplesmente correr em direção ao Rei? — Diz ela com intensidade tomando conta de cada palavra.

— Ele e meu irmão. — Diz Manjiro sentindo a voz quebrar e a garganta ardendo junto dos olhos.

Su tremeu o revolver na mão e quase o deixa cair de tão chocada, porém logo voltar a defensiva e olhou o meliante com um olhar mais neutro.

— O que veio fazer aqui? — Interroga ela sem mostrar nem um sinal de que ia deixar ele passar.

— Chegar, Su...

— Manjiro!? — Diz Su. — Esse cara pode ser um subordinado da Toman.

O garoto de pele pálida olhou para Su com incredulidade.

— Quem e essa escória? — Diz ele com sua voz rouca costumeira.

— Ela e.... Parte da família. — Diz Manjiro se escorando no balcão da cozinha.

Ele encarou Su com desdém. — Abaixe essa arma, garota, não vai querer acerta-me mesmo que ache que tem o direito por achar que faz parte da família.

Su riu, cheia de sarcasmo ainda apontando seu revolver que não estava mas com sua trava.

— Antes mesmo de ser família dele eu já tinha o direito, meliante. — Ela diz.

Manjiro abraçou Su por trás e esticou seu braço até alcançar a arma e com força fazê-la retroceder com a arma.

Fique Calma, Suellen. — Sussurrou Manjiro rezando para que sua voz alcança se Su.

Ela odiava que achassem que ela estava em um lugar por causa de outras pessoas; sua rainha era sua mestra, sua professora, sua mãe, sua irmã, sua amiga, seu tudo, e apenas para ela, apenas para ela, ela deixaria que fosse rebaixada a isso. Apenas ela.

Ela respirou forte ainda olhando com certo rancor para o irmão mais velho de Manjiro.

— Acredite em mim garoto eu não estou aqui por causa de favores e muito menos por causa de Manjiro. — Após dizer sua fala final ela saiu, esbarrando no ombro de Shinichiro e sumindo logo depois.

PH olhou uma últimas vez para Manjiro e com apenas um olhar o moreno entendeu que deveria sair, e assim o fez.

— Manjiro, eu sei que prometir mas...

Shinichiro foi calado quando sentiu o irmão mais novo o abraçar forte, e com o rosto cheio de lágrimas.

— Eu sentir tanta sua falta irmão.

Shinichiro não pode evitar sorrir, ele teve quase certeza que o mais novo surtaria após vê-lo alí.


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Juleika e Kaios tinham finalmente terminado sua “guerra de abraços” e agora estavam andando de mãos dadas aproveitando os últimos resquícios do sol.

Enquanto faziam sua pequena caminhada Juleika tem uma espécie de “vislumbre” que faz ela parar bruscamente, como se tivesse sentido uma tontura.

Kaios percebendo a expressão dolorida da irmã acaba fazendo uma careta enquanto a puxa forte pela mão fazendo ela chegar mais perto.

— Algum problema, Juleika? — Ele perguntou com o olhar preocupado.

— Sim, eu to bem. — Ela se afastou de Kaios em um movimento rápido enquanto aperta as pontas verde e laranjas do seu cabelo.

Kaios observou, parado na calçada, enquanto Juleika praticamente corria na sua frente e ía até qualquer lugar que não fosse alí.

Ela tinha visto dos olhos negros e profundos a olhando com uma fúria enorme.

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Palavras : 1066

𝐃𝐑𝐎𝐆𝐀𝐒|𝐆𝐑𝐀𝐍𝐀 [𝗢𝘀 𝗟𝗶́𝗱𝗲𝗿𝗲𝘀 𝗗𝗮𝘀 𝗚𝗮𝗻𝗴𝘂𝗲𝘀] Onde histórias criam vida. Descubra agora