Capitulo 41

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POR.. JOÃO MORENO .

Olho no relógio e esta na hora de atacar, falo para a Adriana pela decima vez :

- Você ja sabe o que tem que fazer, quando seu celular vibrar você entra no salão e procura o tal desgraçado e mostre para o uns dos capangas, eu acredito que será o Daniel que estará lá, leve o homem para uns dos quartos, eu te ligarei para lhes encontrar, depois que eu resolver tudo com a Cafetina .

- João você acha que eu sou burra, é a milésima vez que você me diz isso. Fique calmo, eu sei o que fazer, vai dar tudo certo .

- Não que eu ache que você seja burra Adriana, é que tem que sair tudo certo,temos tempo cronometrado a hora que o pessoal chegar não poderemos mas estar aqui .

- Eu sei disso, e estou com pena das meninas .

- Não tenha, a ONG ira cuidar delas, sei que você pensa que a Cafetina, as ajudam tirando as meninas da miséria, mas isto não é verdade e nem vida. Isto é exploração a única opção destas meninas que nem começaram a vida.

- João, acho que isso não é hora de discutirmos valores, não é mesmo ?

- Isso ai garota, ate que em fim deu uma dentro . Estou indo, tome cuido, você sabe o que fazer ? Estendo a mão apertando a sua, desejando sorte a nós.

Respiro fundo antes de entrar no maldito bordel, e me sinto estranhamente mal com o ambiente, não que eu não soubesse como é anto como este, mas este maldito bordel é diferente, aqui neste lugar Cali viveu seus piores dias e foi aqui que meu filho nasceu. Tudo aqui me da repulsa, o ambiente é como o de todos os bordeis a diferença que aqui a maioria são meninas, pode se dizer crianças, garotas que devem ter entre treze e dezessete anos .

As luzes vermelhas, as meninas se insinuando, muita gente influente, homens que deveriam amparar dar dignidade as estas meninas com o poder que exercem com cargos políticos ou com sua condição de empregar e estão aqui as abusando. Terei muito prazer em ler os jornais amanhã de manhã, e ver toda esta podridão atrás das grades .

Venâncio esta sentado na mesa ao lado da Cafetina e outras duas meninas, ele levanta acenando para mim, e a cafetina abre um sorriso de uma orelha a outra, me seguro para não deixar o ódio trincar meus olhos e sorrio. Venâncio e eu trocamos olhares e sei que esta tudo correndo dentro do planejado. Olho para as garotas que estão penduradas nele como se me interessasse . Venâncio bate as mãos em minhas costas e me apresenta, os olhos da Cafetina nojenta brilham como se ela visse um monte de dinheiro em sua frente .

-Cida, este é Justos Rache, meu filho. Ele é representante de vendas de nossa cachaçaria, e foi dele a ideia desta grande festa, para degustação e divulgação de nossa marca.

A asquerosa me estende a mão, e eu tenho vontade de esmagar seus dedos, me seguro e sorrio lhe mostrando a cadeira para sentar. Logo que sento uma das garotas vem ao meu lado com um copo de cachaça e se insinua com um sorriso safado e se esfregando em mim.

Toda faceira a Cafetina diz mostrando dentes branquinhos, que contrasta com sua cor encardida.

- Seu pai me falou muito de você Justos, disse que você tem planos grandiosos para o futuro e que poderemos ser grandes parceiros, será uma honra receber seus clientes em festas como estas.

Olho para Venâncio que sorri em deboche, a nojenta nem imagina os planos que temos .

- Tudo dependera de você Cida, eu gostaria de conhecer o ambiente as acomodações e claro as meninas. Meus clientes são exigentes e quero lhes agradar com o melhor . Se sua casa passar por minhas exigências, eu contrato seu bordel para as minhas festinhas particulares.

Califórnia a menina do sertãoOnde histórias criam vida. Descubra agora