PRESENTE — KIMMeu corpo todo está no automático, ele é meu cérebro não estão agindo juntos, até porque minha mente está turva e não consegue raciocinar direito, está seguindo apenas com a deixa que Chay está me esperando.
Seja lá para o que for.
Meu carro adentra a garagem subterrânea da casa e parado encostado em uma das palestras com os olhos vermelhos e inchados, os braços cruzados e um conjunto de moletom verde eu vejo como sua feição está cansada.
Paro o carro ao lado dele e abro a porta o vejo suspirar e entrar, sentando e passando o cinto de segurança.
Ele me encara, nossos olhares parecem querer fazer mil e uma perguntas, mas a coragem abandona ambos então olhamos para frente no momento em que eu acelerei a Ferrari em direção ao meu apartamento.
Os olhos de Chay correm para mim, às vezes, assim como para a chuva fina que cai. Me pergunto o que se passa na sua cabecinha, mas sei que ele vai falar na hora que se sentir confortável, não vou pressioná-lo a nada, porque se essa é a segunda chance que eu pedi, Buda me escute, eu prometo não desperdiçar.
Nós chegamos no meu prédio rapidamente passamos pela portaria e subimos até a cobertura no momento em que entramos Chay se joga em meus braços e sinto seu corpo tremendo.
— Chay — chamo com calma — Quer conversar?
— Ainda não, eu não estou pronto para isso ainda — Chay diz.
— Tudo bem, vou falar quando você estiver pronto para ouvir — falo acariciando seu cabelo — Posso te pegar no colo e levar para o quarto?
Ele parece pensar um pouco mas assente e então com cuidado eu o pego em meus braços e levo para o meu quarto, o colocando com cuidado sobre o colchão o ajudando a se cobrir. Então me viro para sair e ir dormir no outro quarto, mas a mão de Porchay agarra meu pulso me impedindo de sair.
— Aonde você vai? — Chay me questiona.
— Dormir no outro quarto — falo surpreso — Não quero que se sinta desconfortável.
— Não — ele nega — Fica aqui, quero que durma comigo.
Eu fiquei estático por um momento, não esperava aquele pedido, mas para ser sincero não esperava nada do que aconteceu nessa noite.
— Tudo bem — digo para ele e chay solta meu pulso, eu contorno a cama e tiro minha jaqueta a jogando em um canto qualquer, e faço o mesmo com a regata ficando com o tronco nu, me lembrando de vez que Chay disse o quanto era gostoso dormir sobre o meu peito.
Me viro para ele novamente e o vejo engolir em seco olhando para o meu corpo, sorrio de lado mas não digo nada me deitando ao seu lado.
Chay rapidamente pousa a cabeça sobre meu peito e se aninha em mim, o envolvo com meus braços.
— Boa noite, Chay.
— Boa noite, Kim — ele diz já consumido pelo sono, fechando seus olhos.
O observo por alguns minutos até sentir o sono chegando também, me dando a conta que as noites em claro estão cobrando seu preço.
●●●
PRESENTE — PORCHAY
Abro meus olhos com certa dificuldade, eles estão ainda se adaptando a luz do lugar, que estranho essas não parecem ser as paredes do meu quarto.
É então que minha mente dá um estalo e estalo e eu lembro que esse realmente não é meu quarto, Buda eu liguei para Kim e vim parar no quarto dele e dormir com ele.
Merda, droga de cérebro sabotador.
Me viro na cama e a encontro vazia, seu lugar ainda está quente, o que quer dizer que ele saiu a pouco tempo, não o encontraram aqui ao mesmo tempo que me confortam, me entristecem será que ele nunca vai ficar.
Meus pensamentos são interrompidos pelo som da porta abrindo e um Kim sem camisa entra segurando uma bandeja de café da manhã.
Um Kim sem camisa.
Porra isso não faz bem aos meus hormônios adolescentes.
Puxo a coberta até a cabeça me deitando de novo e então escuto a risada de Kim, merda ela é tão linda.
— Eu sei que você não está dormindo — Kim diz puxando a coberta — Por que você sempre finge dormir quando está comigo?
Kim está praticamente em cima de mim.
— Vai por uma camisa desgraça — digo o empurrando.
— Não é a primeira vez que você me vê sem camisa — Kim diz dando um sorriso de lado e colocando a bandeja de comida entre nós — Fiz o café da manhã.
— Não sabia que cozinhava — comentou olhando para a fartura ali.
— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe Chay — Kim responde.
— Acho que essa é uma das únicas verdades que vô e já me contou — comento pegando um dos morangos da bandeja.
— Chay — ele diz em sussurro — A gente…
— Não — eu imediatamente corto — Nós não temos nada para conversar, Kim.
— Como você pode dizer isso? E essa noite? — Kim pergunta afastando a bandeira de café da manhã.
— Foi um momento de fraqueza — eu digo olhando do em seus olhos.
— Momento de fraqueza — Kim diz vindo até mim e encarando os fundos dos meus olhos — Me diga Porchay quando se tornou um mentiroso.
Bastardo! Como se você tivesse alguma deixa para me cobrar a verdade.
— Talvez tenha sido com você — eu digo lhe encarando sério — Afinal tudo que você fez foi mentir para mim.
— Chay — sua voz chama grossa ele segura firme meu rosto com nossos olhos conectados — Eu sei que eu fui um filha da puta com você, mas eu juro pelos meus irmãos ou pelo que você quiser que nada do que se passou entre a gente e nenhum dos meus sentimentos por você foram mentira, então por favor me fala o que essa noite significou.
— O quê você quer ouvir Kim? — pergunto já cansado de tudo isso — Que eu tenho pesadelos todas as noites e nunca consigo dormir mais de uma hora e que todos eles acabam com você longe de mim, que eu sinto sua falta que mesmo quebrando meu coração, porra Kim eu ainda amo você.
E nesse momento ele une seus lábios nos meus em um beijo calmo e terno.
— Eu também amo você Porchay — Kim diz as palavras que eu tanto queria ouvir colando sua testa na minha.
Mas por que meu coração não parece feliz com isso.
Notas da autora
Espero que estejam gostando da obra então votem e comente o capítulo.Me desculpem os erros de português.
Tem alguma teoria ou fato para me falar?
Escutem as músicas, elas aumentam a experiência e dão ainda mais profundidade ao capítulo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Zahir (KimChay)
RomanceSe não fosse amor, não haveriam planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor, não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você. Se não fosse amor...