Ao ouvir aquilo a soltei usando o resto das minhas forças para conter minha voz ao perguntar entre os dentes: -- Eva.
-- Eu não faço milagres, me der um minuto -- disse em resposta no mesmo tom.
-- Não tenho um minuto -- digo já não conseguindo mais me controlar ao ouvir o coração de Lena começar a diminuir os batimentos.
Ficando totalmente desesperada volto a abrir caminho entre a multidão desviando dos seguranças que tentaram me impedi sabendo que caso me segurassem não pensaria duas vezes antes de joga-los para longe com ou sem permissão, conseguindo entrar me encaminho até as escadas ciente que o elevador era muito perigoso subindo de dois em dois degraus ignorando a fumaça que obstruía minha visão me guiando por meus ouvidos finalmente chegando em frente ao que seria o laboratório de Lena rapidamente tirando os primeiro escombros que não eram muito pesados não precisando usar os meus poderes.
-- Eva -- exijo sentindo o meu medo crescer ao pensar que talvez tivesse acontecido um vazamento químico.
-- Conseguir!! -- comemora Eva quase gritando em empolgação.
Não espero ouvir mais nada e já começando a remover dos escombros tomando cuidado pois não sabia como estava a estrutura do lugar usando a minha visão de raio x conferindo se tinha mais alguma coisa obstruindo a passagem abrindo rapidamente ao ver que não.
-- Lena -- chamo sem conseguir disfarçar o desespero em minha voz.
-- Kara? -- A escuto questionar confusa por minha presença ali se levantando de trás de uma maquina que não saberia dizer sua função me limitando a agradecer por não ter explodido, não descartando a chance de ainda acontecer.
-- Vem precisamos sair daqui -- digo indo até ela a fazendo me usar como apoio com um dos seus braços sobre os meus ombros a vendo tossir um pouco devido a fumaça que deve ter inalado, com seus olhos lacrimejando pelo mesmo motivo notando também um pouco de sangue escorrendo por seu rosto.
Kal você me paga.
-- Como você...? -- começa Lena entre suas tosses enquanto saíamos da sala.
-- Explico quando saímos do prédio -- respondo rapidamente, a guiando para as escadas.
Quando de repente a faço se abaixar um pouco antes de meu primo atravessar a parede ao nosso lado sendo socado por um brutamonte que lembro te visto em algum noticiário, mas não liguei o suficiente para recordar seu nome e sendo sincera, não iria agora.
E por mais que estivesse gostando a achasse que meu primo merecesse cada soco que levava, eu tinha Lena ao meu lado e duvidava muito que o prédio aguentasse a briga daqueles dois imbecis, por tanto decidir por um fim a aquela infantilidade, movida grandemente por testosterona.
-- Não saía dai -- digo a soltando antes de me afastar não lhe dando a chance de dizer qualquer coisa.
Antes que qualquer um dos dois pudesse notar minha presença seguro o autointitulado vilão o arremessando para longe, longe o suficiente para que eu julgasse ser capaz de ter uma rápida conversa com o autointitulado herói abaixo de mim que ainda se encontrava atordoado tanto pelos socos quanto por minha ação repentina, quase não consigo conter a careta de desgosto que queria fazer.
Sem qualquer paciente o ergo pela gola de seu uniforme sentindo o tremor de meu corpo devido a raiva que tentava conter, pois estava muito próxima de meu limite, mas minha prioridade era outra e nem mesmo tinha tempo para extravasar nem metade do que queria fazer.
-- Eu sei que você é um imbecil, mas até mesmo a essas aulas você faltou? -- questiono entre os dentes deixando seu rosto a centímetros do meu -- qual parte de manter a luta longe de zonas populacionais você não entendeu?
-- Eu não... -- O puxo para mais perto ainda o fazendo se calar assim que nossos narizes se tocam enquanto eu sentia meus olhos começarem a arder, muito provavelmente estavam vermelhos deixando claro que seu silencio era devido mais ao seu medo por minha visão de calor do que pela proximidade em si.
-- Tem a droga de um oceano a menos de 15 minutos de voo daqui leva ele pra lá -- digo apontando em direção ao porto o soltando com ele ainda em choque me irritando ainda mais -- agora Kal!
Como se tivesse sido tirado de um transe meu primo rapidamente sair voando para onde apontava.
-- Imbecil -- esbravejo passando a mão pelo cabelo irritada me voltando para Lena que estava com os olhos arregalados meio ofegante parecendo querer me questionar, afinal eu acabei de arremessar um homem quase três vezes o meu tamanho muito facilmente, além de ter dado um baita sermão no herói da cidade, porém rapidamente a paro -- vamos.
Torcendo internamente para que meus olhos tivessem voltado ao azul normal a fazendo me usar como apoio mais uma vez.
Droga Kal não era assim que eu queria contar.
Demorara um pouco para chegamos ao saguão já podendo enxergar a saída, graça ao bom Rao essa desgraça ia acabar.
-- Só pode ser brincadeira -- resmungo ouvindo um traque em cima de mim.
Sem muita paciência, mas me recusando a soar grossa com Lena me viro para ela perguntando num tom de brincadeira, mesmo não me sentindo nem um pouco brincalhona.
-- O quanto você gosta desse prédio?
-- O quê? -- questiona parecendo confusa, eu também estaria se estivesse no lugar dela.
-- Suponho que muito, então... -- digo respirando fundo a soltando -- vá em direção a saída enquanto eu seguro o prédio.
-- Pera aí Kara -- disse Lena me segurando quando comecei a me afastar.
-- Preocupa não eu já volto -- digo tentando tranquiliza-la acrescentando em voz baixa -- com um braço quebrado, talvez a coluna, mas volto.
Sem lhe dar a chance de me impedi novamente ou processar a última parte do que falei me afastei indo até onde supus pelo som que havia uma instabilidade usando toda a força que tinha e não tinha para tentar impedir que colapsasse.
-- Quando eu disse que quebraria um braço era brinquis, será que ninguém entende piada aqui não? -- questiono sentindo o suor escorrer pelo meu rosto ouvindo novamente um traque -- por favor que seja o osso do meu braço, é mais fácil lidar com ele quebrado do que um prédio desabando.
-- Kara -- escuto Eva me chamar.
-- Péssima hora -- digo entre resmungos doloridos e sofridos.
-- Suponho que sim.
-- Supõe?
-- Eu vim com boas noticias -- disse Eva num tom calmo me deixando irritada.
-- Então conta desgraça.
-- A equipe de suporte da chegando -- conta ela cantarolando.
- Não tão aqui ainda, por quê? -- questiono ouvindo mais um traque, por favor meu osso, por favor meu osso, é só isso que tô pedindo.
-- Controle de dano e multidão.
Apesar de todas as pragas e xingamentos que passavam por minha cabeça me mantive calada trincando os dentes, os segundos que passaram naquela espera pareciam minutos e os minutos pareciam horas até que finalmente eles chegaram rapidamente tomando o controle da situação, apesar da minha grande vontade de simplesmente me jogar no chão e me deitar enquanto começava a sentir meus músculos doloridos devido a perda de adrenalina me arrasto para fora do lugar ouvindo alguns me chamarem por conta do relatório que deveria passar por ter sido a primeira pessoa a chegar.
-- Depois -- grito andando em passos duros para fora, afinal havia um batimento cardíaco me chamando para fora.
Assim que pus o pé para fora enxerguei aquela cabeleira negra em meio a multidão rapidamente indo até lá lhe deferindo um soco sem pensar.
-- Seu imbecil desgraçado, será que você nunca vai crescer?
Continua...
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Complicações de não ser normal - supercorp
FanfictionKara era uma garota que queria ser tornar um verdadeiro fantasma no seu colégio por desprezar qualquer tipo de atenção sobre si, por isso se mantinha longe de qualquer coisa que a colocasse nessa posição, tentando principalmente ficar longe dos popu...