capítulo 8 - enquanto o sol brilhar

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Escuto choros do Álvaro então desço correndo e me deparo com Gavi com ele no braço tentando acalmar.

- Calma, mini Pedri, calma. - ele dizia desesperado mentalmente tentando manter a calma física.

- Me dá ele aqui Gavi. - segurei o riso e peguei.

- Jude, ele me odeia. - ele me entregou a criança.

- Não te odeia não, ele tá com fome. - disse levando Álvaro até a cozinha e fiz a mamadeira dele com ele no braço.

- Quer ajuda? - Gavi veio atrás de mim perguntando.

- Por enquanto não, pode ficar a vontade, Gavi. - sorri.

Layna entrou pela porta da cozinha com dois sacos de roupa de bebê.

- Layna? - Gavi perguntou.

- Precisei gastar dinheiro, nada mal do que gastar com meu sobrinho. - ela disse soltando as sacolas na mesa e depositando um selinho nos lábios de Gavi.

- Layna, eu te amo muitão. - disse enquanto terminava de fazer a mamadeira sentando no sofá para dar para o Álvaro.

- Também te amo, Judezinha. - ela se sentou num puff da sala e Gavi se jogou encima. - Ai porra quer me quebrar?

- Sem palavrão, coisa linda. - Ele deu um beijo na bochecha dela e se sentou com as pernas encima da dela, de lado com a cabeça no ombro dela.

Pareciam dois adolescentes bobinhos.

- O que é isso aqui? - Pedri desceu as escadas com o olho cheio de remela e todo marcado dos lençóis.

- Bom dia pra você também, Pedri. - Layna debochou.

- Bom dia Layno. - ele brincou.

- Deixe de palhaçada vá, Pedri. - Gavi revirou os olhos.

- Eu não, você deitado encima dela parece eu na minha vó fugindo dos cascudos da minha mãe. - ele usou de exemplo e veio até mim me dando um beijo na testa.

- Tá com bafo. - brinquei.

- Se foder, Jude. - ele resmungou.

- Mas quem faz isso não é você, Pedri? - Layna questionou rindo.

- Realmente, mas ela está sem regalias depois dessa jogada dela. - ele foi banheiro.

Eu estava vivendo com certeza um dos melhores momentos da minha vida, embora realmente desse trabalho cuidar de um bebê, com todo o apoio deles, as coisas ficavam mais fáceis.

Gavi e Layna estavam aos beijos, eu estava tentando colocar Álvaro para dormir, Pedri estava almoçando, afinal, acordou tarde, não tinha nem como ele tomar café. Quando ele terminou pegou Álvaro, deitou no sofá e colocou ele na barriga brincando com os dedinhos dele e fazendo besourinho.

- Pedrito tá muito delicado. - Gavi brincou.

- Eu sou delicado, o invocado é você. - ele retrucou.

- Invocado não, não tenho demônios.

- Imagina se tivesse. - Layna brincou.

- Tchau. - ele se levantou e ela puxou ele de novo. - Depois eu que te quebro.

- Que horror, Gavi. - Pedri fez cara de nojo.

- Você que só pensa merda. - revirou os olhos.

- Eu vou pro quarto, se precisarem de mim, me chamem. - disse indo em direção ao quarto.

- Layna, quer ficar com ele um pouco. - Pedri perguntou se levantando com o Álvaro no braço.

- Quero. - Layna respondeu desconfiada.

- Toma. - ele entregou o paninho dele e entregou-lo para Layna e subiu atrás de mim.

- Pedri? - me assustei com ele atrás.

Ele não disse nada apenas me beijou colocando suas duas mãos por dentro da minha camiseta.

- Desculpa pela rapidez, eu tava precisando. - ele disse sem se afastar muito do meu rosto me sentando na cama.

- Não tem que se desculpar. - passei minha mão por o cabelo dele.

Ele tirou minha camiseta, descendo leves beijos pelo meu pescoço.

- Eu te amo, Jude. - ele disse ofegante. - Você é a melhor coisa que me aconteceu em toda a minha vida. - ele parou mantendo um olhar fixo nos meus olhos. - Você é um ser impecável, como um anjo mas um anjo que não me levou para o céu, mas fez o meu inferno ser um paraíso. E de todas as vezes que eu me lembrar de ser grato a alguém, esse alguém vai ser você, Jude, você é o amor da minha vida, eu te amo enquanto o sol nascer, se pôr e iluminar a lua.

FIM!

sunrise - pedri gonzalezOnde histórias criam vida. Descubra agora