23. Jaymes

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Seu.

Eu quero ser seu.

Soou menos dramático na minha cabeça.

Tudo o que eu falei soou menos dramático na minha cabeça.

Mas o beijo de James não é menos bom do que eu imaginei na minha cabeça. O beijo dele é muito melhor. Ele me beija, com as mãos nas minhas costas, me apertando, firme, ele tem uma barbinha rala e invisível no queixo, mas sempre sinto quando seu rosto encosta no meu e odeio admitir que gosto muito da sensação.

Nos beijamos muito esses dias, e cada dia os beijos se tornam mais urgentes do que eu esperava quando começamos.

James é mais urgente do que eu. Bem mais. Ele começa com as mãos nas minhas costelas, então ele desce, pro meu abdômen, pras minhas pernas, e apesar de eu não ter experiência no assunto, posso dizer que gosto do jeito que ele faz as coisas, e acho que ele sabe muito bem o que tá fazendo - mesmo sem experiência, também.

Ele beijou meu pescoço. Isso não tinha acontecido antes. É estranho no começo. Mas aí, é bom. E aí, é Santo Deus.

"Sinto que devo perguntar até onde podemos ir." James ditou, se afastando para me olhar.

"Não muito longe. Nem pense."

"Não estou pensando."

"Ótimo."

E nos beijamos de novo. E não fomos longe. Acho que James também não quer ir muito longe. Somos novos. E somos inexperientes. E estamos ficando só faz duas semanas. Somos namorados, mas ficamos a apenas duas semanas. Não queremos ir muito longe. Não devemos ir muito longe. Não hoje. Não nos próximos dias. Ou nas próximas semanas. Ou meses. Ainda esse ano, espero.

"Fique aqui." James sussurrou, o rosto bem próximo do meu.

"Não faz sentido me pedir isso." Ditei, casualmente. Ele riu, então beijou minha bochecha.

"Não, Jay. Não faz. Mas eu vou pedir até o dia de você ir embora."

"Que estupidez."

James riu de novo, e eu sorri. Ele laçou nossas mãos. "Vamos voltar para o jardim. Acha que os caras ainda estão lá?"

Eles estavam. De mãos dadas. Hope com a cabeça no ombro de Liam, que parecia triste. Não gosto de vê-lo triste. Ele está assim pela Júlia. Sei disso. Eu ainda me sinto mal com isso. Mas é menos. Acho que um dia eu vou realmente superar. Parecia impossível antes, agora não tanto. Nos sentamos em frente a eles, as mãos também juntas, James também com a cabeça em meu ombro. E ficamos em silêncio, por minutos.

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