Bom dia! Um novo dia, uma nova rotina. Era manhã e Joui estava indo para o hospital municipal, visitar Cesar. Havia o deixado por si só já há dois dias por causa da curta discussão que lhe tomou e já não aguentava mais. Estava tremendo, nervoso, suava frio e não sabia o que dizer quando o encontrar. Estaria bem? Triste? Vivo? Morto?
Não sabia. E isso era o que mais lhe matava por dentro. Como facadas que lhe perfuraram mais e mais a cada dia que passava, a cada hora que passava, a cada minuto, a cada segundo…
E era essa angústia, tão profunda, que lhe tirou toda a vontade de dormir que ainda lhe restava. Já tiraram tudo de ti, o que mudaria?E foi andando por aqueles gélidos e melancólicos corredores daquele hospital, enquanto ia até o quarto de seu melhor amigo, que escutou um sussuro distante.
— Ei, ficou sabendo? - disse uma das vozes.
— Depende, do que exatamente? - disse a segunda.
— Do homem do quarto 104! Ouvi os médicos dizerem que ele é maluco! Quebrou um vaso, uma das máquinas… E sabe o que é pior? - Se abre um sorriso macabro na primeira voz.
— O que? - O mesmo com a segunda.
— Estão dizendo que ele vai morrer.
Bom dia! Um novo dia, uma nova rotina.
Amanheceu, mais uma vez, no hospital. No mesmo quarto, na mesma paisagem… Era repetitivo, sabia, mas não havia nada que pudesse fazer para mudar tal fator. Ultimamente seu organismo se apresentou complicado, difícil de lidar, uma vez ou outra Cesar sangrava pelo nariz ou cuspia sangue fresco e isso era desgastante para qualquer um. Até porque, seu corpo estava repleto de bandaids, indo de braço a braço e perna a perna. Todos escondiam os cortes que apareciam de repente, mesmo que o Cohen não sentisse tanto incômodo em cuidar deles todo dia. Já que, era entediante estar naquele hospital. Não estava com seu telefone, seu computador, nada. "Por que Joui não trouxe?" pensou, até se lembrar da carta de desculpas e a briga do dia passado. Não sabia se estava tudo bem entre eles, ou se aquilo era uma espécie de "adeus", mas Joui não é assim. Ele ao menos iria trazer seus pertences para que não se sentisse tão só. "Será que ele vêm?" o acompanhou, "Ou realmente acabou?". Pensamentos e pensamentos que se inflavam em sua mente. Sentia florescer mais e mais, sem nenhum controle para que pudesse os parar. Até que, no meio do silêncio ensurdecedor, uma batida na porta é escutadaTock! Tock!
— … Huh? - Se questionava mentalmente, Cesar: "Quem poderia ser?" - Quem… É?
— Cesar? - Escutou abafado, do outro lado da porta. Parecia trêmulo. - É… É o Joui.
— … Ah. - Se realizou de quem era. "Joui? O que ele quer?"
Olhava para a porta com certa incerteza e confusão, como se não se lembrasse. Lembranças e lembranças… Era como um quebra-cabeça incompleto. Cesar continuava a encarar. "Cesar?", escutava do outro lado da porta. Era seu nome, deveria abrir a porta. Deveria mesmo? Por que deveria? Não se lembrava, ele não se lembra.
E não vai lemb-
— Com licença! - Abriu a porta com antecedência, o Jouki. Se mostrava com um semblante nervoso, o suor descia por sua nuca e olhava para o Cohen com preocupação. Tal que se assustou com o ato tão de repente do outro e saiu de seu limbo.
— Uh- Joui? - Questionava com dúvida, mas tal não precisava ser exatamente respondida. Estava sentado na ponta da cama hospitalar e olhava Joui se aproximar de si lentamente, como se estivesse cansado. Ele estava cansado, definitivamente, o rosto típico de alguém preocupado.
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43 Mil Horas - AU Joesar (#JoesarWeek)
FanficNesse inverno, o predestinado está para acontecer. Onde, às vezes, o amor não é compreendido o suficiente pra ser recíproco. • ────── ✦ ────── • • Avisos Prévios: antes de você começar... ★ Pequenos Spoilers da segunda e terceira te...