Havia anos que ninguém se ouvia falar da notória Khun Sam, nem mesmo sua ex-funcionária mais leal, Kornkamon. Mas quando seu irmão, Pryat Armstrong, um médico de uma conceituada clínica de fertilização, falsifica a assinatura da sumida para que assi...
Elogiou Aom, elegantíssima num belo vestido de seda vermelha.
— Escolheu a cor certa, querida. Salmão combina com você.
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Mon passara a tarde toda se arrumando com cuidado para a recepção. O cabeleireiro a ajudara a escolher um penteado simples que deixava seus fios compridos e ondulados parcialmente soltos sobre os ombros enquanto algumas mechas foram presas e arrematadas por pequeninas pedras que cintilavam com a luz das lâmpadas, como estrelas.
Escolhera um vestido leve e com excelente caimento que lhe valorizava o colo exposto com o decote e encobria a barriga discretamente. Nada muito sofisticado, caro ou rebuscado, mas um traje simples que a fazia sentir-se muito bem. E, ao que tudo indicava, fizera a escolha certa.
— Não me sentiria bem usando branco. — E por que nos prender a tolas convenções?
Retrucou Aom, orgulhosa.
— Fez muito bem escolhendo uma cor alegre. Está linda, querida!
Mon riu e a acompanhou até a mesa reservada para a família.
— Sente-se um pouco.
Convidou Aom, ocupando o lugar a seu lado.
— Shuhua, temos água para Mon? Uma mulher grávida não deve beber nada alcoólico. — Acalme-se, Aom. Estamos com uma equipe de garçons apta a atender qualquer desejo da noiva. — Fico feliz...
Disse Mon sem graça.
— É a nossa convidada de honra.
Concluiu Aom.
— Agora, se me permite, gostaria de revelar-lhe o que Shuhua e eu planejamos para que tudo corra maravilhosamente bem e alertá-la sobre alguns dos convidados que receberemos esta noite.
A mulher, então, pegou as mãos de Mon com carinho e explicou-lhe, com detalhes, as regras da alta sociedade. Sam lembrou-se da reação de sua ex-esposa com as "orientações" de sua mãe. Pie as descrevia com raiva e sempre concluía que o que Aom queria era intrometer-se em sua vida. Entendia sua mãe, mas ficou tensa ao vê-la falar com Mon. Para sua surpresa, no entanto, as duas pareciam conversar com animação e, vez ou outra, uma delas ria alegremente.
A campainha tocou, desviando a atenção de todos, inclusive de Mon.
— Deve ser o senador Johnson. Irei recebê-lo pessoalmente.
Avisou Tee, caminhando em direção a porta.
— Está pronta? — Sim, senhora. Estou a postos.
Respondeu ela com ironia, oferecendo a mão para Sam.
