Havia anos que ninguém se ouvia falar da notória Khun Sam, nem mesmo sua ex-funcionária mais leal, Kornkamon. Mas quando seu irmão, Pryat Armstrong, um médico de uma conceituada clínica de fertilização, falsifica a assinatura da sumida para que assi...
No início da noite, ao abrir a porta para o professor, Mon quase caiu para trás.
Hope Mikaelson em nada se parecia com o médico de meia-idade, com um longo jaleco branco e ar sério que ela imaginara.
Era jovem, extrovertido e parecia adorar seu trabalho. Com uns dez quilos acima do peso, vestia-se de maneira informal e pouco discreta.
Os cabelos castanho-claros queimados do sol revelavam que o rapaz passava grande parte do seu tempo livre na praia, e as sandálias de couro demonstravam sua vocação para o surfe.
— Olá! Você deve ser a futura mamãe, acertei? — Sim.
Disse ela, convidando-o para entrar.
— E você deve ser... — Hope. Muito prazer!
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Exclamou o homem segurando as duas mãos de Mon e dando-lhe um beijo estalado na bochecha.
Sam aproximou-se e cruzou os braços sobre o tórax, incomodada com o beijo do professor em Mon.
— Khun Samanun?
Perguntou o rapaz, virando-se para ela.
— Sim, sou eu.
Respondeu Sam, estendendo a mão para cumprimentá-lo.
— Vamos nos sentar na sala. Por favor, me acompanhe.
Convidou ela, puxando Mon para o seu lado. Depois de acomodados, Hope começou a falar.
— Há alguns anos me dedico ao trabalho com gestantes que desejam ter um parto mais natural e sem dor.
Explicou o jovem.
— Preciso saber o quanto vocês já conhecem sobre gravidez, parto e bebês, antes de qualquer coisa. — Muito pouco. — Sua mãe estará por perto na hora do parto?
Mon sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. Para sua surpresa, Sam colocou o braço ao redor de seu ombro numa tentativa de confortá-la.
— Minha mãe morreu num acidente de carro há dois anos. — Eu lamento muito...
Murmurou o rapaz meio sem jeito.
— Mas posso dar-lhe todas as informações que precisa para entender tudo o que está acontecendo com seu corpo, com o bebê e, principalmente, o que acontecerá na hora do parto.
Durante vinte minutos, Hope falou sobre o mecanismo da dor e como o limiar da dor podia variar de uma pessoa para outra.
Sam ficou ao lado de Mon todo o tempo e parecia bastante interessada nas explicações do professor.
— Aprenderá alguns exercícios respiratórios que a ajudarão a dar à luz com muita tranquilidade. Quero que esta semana anote todas as suas dúvidas, por mais bobas que possam parecer. E não sinta vergonha de me perguntar nada. — Sinto-me uma idiota por não saber nada sobre bebês. — Para tudo existe uma primeira vez, e essa situação é comum entre as mães de primeira viagem. Afinal, bebês não vêm com manuais de instrução. — Tudo bem.
