Call It What You Want

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— Para brindarmos.
— Mas não posso beber...
— Eu sei disso. Mas o que vale é a intenção, Mon.

Afirmou Sam, apoiando a bandeja na mesa de canto do quarto.

Ela encheu as duas taças com o líquido borbulhante e ofereceu uma delas a
Mon.

— E quais são as suas intenções?
— Não consegue imaginar?
— Sim. Quer comemorar o sucesso da festa.
— Não. Brindaremos a nós e ao nosso futuro.

Mon sentiu um arrepio percorrer seu corpo. O que ela estava tentando lhe dizer? Que futuro poderiam ter juntas se estavam com o divórcio marcado para depois do nascimento do bebê?

Ela tocou a taça na de Sam e sorriu sem entender.

— Ao futuro do bebê.

Retrucou, caminhando até a mesa e servindo-se de chá quente. Podia sentir o olhar de Sam sobre ela e sentiu a nítida mudança em seu tom de voz.

— Kornkamon, quero que me ouça com atenção. Sei que não quer viver um novo relacionamento e que não pretendia que seu filho tivesse um pai. Mas não posso aceitar essa situação por mais tempo.

Ela se lembrou de todas as coisas que ouvira no corredor do lado de fora do escritório de Tee.

Sam queria conquistá-la, somente isso. Depois que seu desejo estivesse saciado, a abandonaria. Quando o bebê nascesse teria de conviver com a dor de uma nova separação, e não queria isso.

— Achei que esse assunto estivesse encerrado.
— Mas as coisas mudaram, Samara, você não pode negar! Não pode continuar longe de mim, não depois desta noite. Eu concordei com você quando disse que não vivíamos no mesmo mundo, mas esta noite eu a vi feliz junto aos meus familiares, meus amigos, e não pude deixar de alimentar esperanças. Podemos ficar juntas, e sabe que não estou mentindo quando digo isso.

A fragrância sensual do perfume de Sam ainda permanecia em seu rosto e Mon achou que não conseguiria resistir à presença provocante dela ao seu lado

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A fragrância sensual do perfume de Sam ainda permanecia em seu rosto e Mon achou que não conseguiria resistir à presença provocante dela ao seu lado. Tinha vontade de tocá-la, de beijá-la novamente, mas sabia que não podia se arriscar.

Levantou-se apressada e afastou-se da esposa, antes de voltar a falar.

— Temos outros problemas, Sam. Não podemos nos esquecer disso.
— Resolveremos todos os problemas que aparecerem. O que não faz sentido é vivermos separadas se nos gostamos e desejamos ficar juntas de verdade.
— Por que insiste em desfazer o nosso acordo?

Mon questionou, sem saber se queria ouvir a resposta.

— Estamos juntas, moramos na mesma casa, somos amigas. O que mais quer de mim?
— Eu quero você.

Falou Sam , alcançando-a com os braços.

— Não, não quer. Está convencida disso porque ainda não conseguiu me conquistar, só isso. Não quer um compromisso sério ou um relacionamento de verdade, assim como eu. De uma maneira ou de outra, já vivemos juntas. Mas não, você quer mais e por isso acha que está apaixonado. O que está querendo, Sam, é sexo, não amor. Infelizmente, não estou procurando esse tipo de diversão.
— De onde tirou essa ideia absurda?
— Ouvi quando falava com seu primo no escritório de Tee.
— Estava escutando atrás da porta?
— Não! Estava procurando você, e quando passei pelo corredor não pude deixar de ouvir o que diziam. Desculpe-me, não foi minha intenção.
— Está bem, Mon.

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