cap 33

156 7 0
                                    

Livy narrando...

Acordo e olho em volta. Olho para mim e vejo que estou com outra roupa. Passo minha mão pela minha barriga plana.

Espera. Onde está meu filho?

Assim que termino de pensar a porta do quarto se abre e Tereza entra. Ela se aproxima.

Eu: Você sabe onde está meu filho?

Pergunto e Caterin entra no quarto com algo enrolado em um pano. Ela se aproxima e me entrega. Assim que o vejo sorrio.

É a cara do Tyler.

Penso e beijo sua testa sentindo algo que nunca senti antes.

Caterin: Ah... Livy. Tenho algo pra te falar.

Diz e Tereza a olha séria e um pouco triste. Ela sai do quarto e fecha a porta. Caterin se senta em minha frente.

Caterin: Descobrimos que você estava grávida de gêmeos. Um menino e uma menina.

Diz e meu sorriso se alarga.

Eu: Onde está ela? Eu quero vê-la.

Digo empolgada. Caterin segura minha mão e respira fundo.

Caterin: Livy... ela... Estava morta quando nasceu.

Sinto como se meu coração se partisse em vários pedaços.

Caterin: Eu sinto muito.

Sinto uma dor em meu peito e entrego meu bebê para ela. Ela sai do quarto e Tereza entra me entregando um lindo vestidinho  azul com flores.

Meu bebê. Eu sinto muito.

Penso e caio no chão segurando a roupinha.

Eu sinto muito. Eu devia ter feito algo. Me desculpe.

Sinto lágrimas grossas e quentes começarem a rolar. Tereza sai do local. Senti tamanha dor e fraqueza que meu corpo não se deteve e foi ao chão. Eu soluçava enquanto sentia meu corpo ser entregue a fraqueza e tristeza.

Minha filha. Por que você? Por que não eu? Eu nem pude te ver. Me desculpe. A mamãe sente muito. Eu faria qualquer coisa pra ter você aqui. Eu morreria no seu lugar. Volte pra mim. Prometo ser uma boa mãe. Prometo cuidar de você, te dar carinho, amor, tudo que você merece.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo abrir e fechar de portas. Passos pesados e lentos se aproximaram e pararam do meu lado. Logo senti que estava sendo tirada do chão e colocada sobre a cama. Olhei para o lado e vi Tyler que não tinha uma expressão de tristeza.

Talvez ele não saiba.

Eu: Tyler, a bebê...

Ele corta minha fala.

Tyler: Eu sei o que aconteceu.

Diz e eu apenas choro.

Eu: Por que você não está triste? Ela era sua filha também. Se você estava com medo de que eu fosse morrer, eu estou aqui agora e isso custou a vida da minha filha. Por favor, me diga que se importa.

Digo e o olho. Ele continuou em silêncio. Me sentei na cama com dificuldade e tentei o empurrar.

Eu: Sai daqui. Quem não ama meus filhos, também não me ama. Sai daqui.

Digo e ele me abraça.

Tyler: Eu te amo.

Diz.

o lobo e a humanaOnde histórias criam vida. Descubra agora