Cap 50

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Tyler narrando...

Assim que sua respiração se normalizou, deixei um beijo em sua testa, a cobri e desci as escadas até a sala. Esperei algum tempo até eles voltarem.

Eu: E então?

Perguntei.

Juan: Enviamos um comunicado para alguns mensageiros e clãs locais. Alguns aceitaram outros não.

Disse e eu suspirei.

Caterin: Os mensageiros ainda não nos deram respostas, mas disseram que podíamos esperar até amanhã.

Falou.

Eu: Não vai adiantar. Temos que reunir o conselho lunar.

Falei.

Caterin: Se reunirmos o conselho Lunar agora, não vai adiantar se não tivermos força. Se realmente tiver uma guerra, precisamos ter aliados do nosso lado que estejam dispostos a lutar.

Falou.

Juan: Tyler. Isso significa que você terá que revelar algo.

O olhei.

Juan: Terá que rever que Livy é uma humana.

Falou.

Eu: Sem chance. Se eles descobrirem, podemos diminuir a chance de ficarem do nosso lado.

Falei.

Caterin: Juan tem razão. Eles vão querer saber o motivo de guerrear. Precisamos voltar para a antiga cidade.

Disse.

Eu: Livy não vai querer voltar, não sem Winter. E nós já sabemos onde ele está.

Falei.

Juan: De qualquer jeito, temos que reunir todas as forças possíveis. Vocês se esqueceram dos Slayers. Eles estão com bastante força por agora.

Falou e eu respirei fundo. Quando o assunto envolvia os Slayers, tudo ficava mais denso. Não queria falar, mas sabia que estávamos em desvantagens. De um lado tinham os vampiros com os Slayers e do outro estávamos apenas nós. Respirei fundo. Depois de alguns anos em paz, parece que as coisas pioraram. Antes era apenas o fato de Livy ser uma humana, agora, Livy ser humana e Winter ser híbrido, já que não puxou minha parte lobo. Aquela conversa estava me dando nos nervos. No final, não sabíamos ao certo o que fazer.

Juan: Vai descansar.

O olhei despertando dos meus pensamentos.

Eu: Precisamos pensar em algo para fazer.

Falei.

Juan: Vá descansar. De qualquer jeito, não podemos fazer nada até amanhã.

Falou e eu respirei fundo assentindo. Subi as escadas e entrei no quarto vendo Livy sentada na cama olhando pela janela. Fechei a porta e suspirei. Tirei minha blusa e me sentei atrás dela a abraçando enquanto a puxava para mim.

Eu: Pensei que estava dormindo.

Falei.

Livy: Não consigo dormir.

Falou e eu a virei para mim. Vi seus olhos cheios de lágrimas.

Livy: É tão ruim ver uma coisa dessas acontecendo e não poder fazer nada. Eu me sinto...

Ela respirou fundo.

Livy: Inútil.

Beijei seus cabelos e limpei suas lágrimas.

Eu: Meu amor, você não é inútil. Vai chegar a hora certa de você ajudar, não se preocupe. Tudo vai ficar bem.

Falei tentando trazer algum conforto.

Livy: Eu não tenho certeza. Meu filho está por aí e eu não sei como ele está. As vezes eu me pergunto se eu realmente fui uma boa mãe. De qualquer forma, eu não sabia nem me cuidar, como eu poderia esperar cuidar de alguém?

Entrelacei nossas mãos e a abracei. Coloquei meu rosto em seu pescoço e respirei fundo sentindo seu cheiro. Já fazia um tempo que eu não fazia isso. Sentia saudade de sentir seu cheiro e só naquele momento percebi. Podia sentir sua tristeza. Era como um sexto sentido. Acariciei suas costas e senti sua tensão diminuir um pouco. A puxei lentamente nos deitando no colchão.

Eu: Meu amor, você lembra o que eu fazia pra você dormir?

Perguntei e ela negou com a cabeça se sentando novamente. Respirei fundo e me sentei também.

Eu: Eu fazia massagens em você...

Falei massageando suas costas.

Eu: mexia no seu cabelo.

Falei colocando minhas mãos em sua cabeça e adentrando meus dedos entre os fios de seu cabelo. Ela suspirou um pouco aliviada. Nos deitamos novamente e continuei acariciando sua cabeça até sua respiração se tranquilizou e percebi que ela finalmente havia dormido. Não conseguia dormir. Apenas a possibilidade da guerra me deixava de cabelo em pé. Os males que isso causaria seriam irreversíveis. Teria que convencer a lua a punir os vampiros por começarem com tudo isso. Comecei a imaginar como seria a vida sem tudo isso. Eu e Lucy poderíamos ter tido uma família feliz, ou talvez, nós nunca iríamos nos conhecer. A questão é que, independente do que acontecesse, eu não sabia qual seria minha reação depois de tudo isso. E Winter? A final, a guerra é por causa dele, mas eu não poderia mata-lo. Livy nunca me perdoaria. Mesmo depois de tudo que está acontecendo, ela ainda consegue ama-lo. Eu acho que nunca vou entender esse amor que ela sente por ele. As vezes, se esquece de si mesma para tentar ageada-lo, o que me irrita as vezes. Ela não faz isso por mim. Nunca fez, e talvez nunca fará. Não sei como ficará nossa relação, já enfraquecida, depois da guerra.













o lobo e a humanaOnde histórias criam vida. Descubra agora