"Ofegante e com o coração saindo pela boca, senti os pulsos serem algemados nas barras da cama. Agora, além de não enxergar absolutamente nada, eu também não conseguia movimentar os braços. Não poderia existir sensação de vulnerabilidade maior do que aquela, porém, verdade seja dita, o tesão era superior a tudo, a minha única prioridade. Latejando de tão duro, meu pau não parava de subir e descer dentro da cueca.
Ao fundo, a playlist escolhida a dedo por nós dois deixava o clima ainda mais sensual. Eu não parava de falar, não parava de pedir para que ele me soltasse e desvendasse meus olhos , mas meus pedidos nunca eram atendidos. Demonstrando que estava no comando da situação, ele só me obedeceu quando achou necessário. E, meu amigo do céu... não sei como minha rola não furou o tecido branco de algodão quando tive a visão destampada. De queixo caído, eu simplesmente não podia acreditar que ele estava fantasiado de policial do Bope.
O uniforme era completo, com direito a coturnos e armas de brinquedo. O que mais me atraía, na realidade não era a calça apertada que ele usava, tampouco a camisa preta colada ao corpo. Eu não conseguia desviar os olhos de sua cara de mau, dos seus óculos espelhados, de sua barba milimetricamente aparada, de seu cabelo curto e arrepiado, da parte visível da tatuagem de sua clavícula... do brinco que ele usava na orelha esquerda... nada conseguia me desconcentrar, nem mesmo os relâmpagos que cortavam o céu do Rio de Janeiro. Que homem lindo, cara... e era todinho meu, o filho da puta... de
Babei, pela boca e pelo pau, quando ele começou a fazer strip-tease ao som de uma música sexy pra caralho. Assim que ele subiu na cama, deixando os pés ao lado dos meus quadris, perdi a vontade de bater as pálpebras. Eu não podia me dar ao luxo de perder o mínimo movimento que fosse daquele safado, que rapidamente me presenteou com a visão de seu tórax definido. Engoli em seco quando a camisa do Bope caiu propositalmente ao lado da minha cabeça, trazendo seu inconfundível perfume até minhas narinas.
Fazendo carão, ele não parava de rebolar e de passar os braços em todos os músculos. Era impossível saber qual era a parte do seu corpo que era mais definida, mas arrisco a dizer que nada conseguia superar a sua bunda enorme e arrebitada. Soltei um palavrão cabeludo, foi inevitável, quando ele virou de costas para mim, revelando que a calça estava enfiada naquele rabo gostoso. Definitivamente, ele sabia como mexer com a minha libido, como me deixar completamente maluco.
Sem interromper a coreografia, ele desceu até o chão e se livrou dos coturnos, do cinto e das meias. Com ar de luxúria, ele abriu a braguilha da calça e deixou parte da cueca vermelha à mostra, gesto que foi determinante para que eu implorasse por minha liberdade. Tive o pedido outra vez negado, evidentemente. Pelo visto, ele não brincou quando disse que eu seria o seu prisioneiro naquela noite, que eu teria que atender todas as suas vontades.
— Por favor... por favor, me deixa te tocar...
— Cala a boca!
O primeiro gemido de prazer apareceu quando ele bateu na minha cara, os demais vieram quando seu nariz tocou minhas axilas. Inspirando com força, ele me fez pirar ao puxar meus pelos com os dentes e arranhar minha pele com sua barba, entretanto o auge do tesão só surgiu, e surgiu pra valer, a partir do instante em que ele meteu a cara na minha cueca. Eu não aguentava mais. Se ele não parasse de me torturar, acho que eu seria capaz de enlouquecer.
— Por favor... tira a minha cueca... tira essa porra logo...
— Eu adoro o seu cheiro — fingindo não me escutar, ele separou as minhas pernas e deitou a cabeça no meio das minhas coxas, deixando o nariz na região do meu saco. — Você é tão... gostoso... ainda mais quando fica... pentelhudo...
— PELO AMOR DE DEUS, LUCAS... TIRA A MINHA CUECA... TIRA... EU PRECISO SENTIR A SUA BOCA NA MINHA ROLA, FILHO DA PUTA!".
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Marcas do Passado: Incertezas do Coração
RomanceIncertezas do Coração é a quinta obra da saga Marcas do Passado. O livro conta a história de Lucas Rigozzi, um jovem sonhador e determinado, mas que consegue ser mais teimoso do que uma mula empacada. Agora no início da fase adulta, Lucas se vê dia...