"Em determinados momentos, a raiva é totalmente indispensável.
Lucas Rigozzi.".
GUSTAVO
"O gemido que soltei ecoou por todo o quarto.
— Olhe para mim.
Não foi um pedido, foi uma ordem. Sem parar de mexer os lábios e a língua, obedeci.
— Isso, Gus, chupa bem gostoso a minha boceta — gemendo baixinho, Clara mordeu com força o lábio inferior e fincou os dedos em meu cabelo. — Você vai me fazer gozar na sua boca, vai?".
Em algum lugar do cérebro, eu ouvia as vozes animadas de Lucas e Alexandre. Incomodado com o barulho, virei para o lado oposto e abracei o travesseiro, onde esfreguei a ereção por alguns segundos. Por que eles falavam coisas ininteligíveis? E aonde teria ido a minha Clara?
"— Mete!
Perdi o fôlego. Eu não tinha dúvidas de que o meu coração sairia pela boca a qualquer momento.
— Mete logo, caralho! — duas pernas fortes e apressadas circundaram o meu quadril. — Tá com medo de me comer? Fode o meu cu, Gustavo!
— Lucas... — ofegante, senti a entrada dele tocar a cabeça do meu pau. — Você tem certeza?
— A única certeza que eu tenho... é que você vai me matar de tesão se não enfiar esse caralho em mim, Gustavo Pimentel — atrevido, Lucas deu um tapa na minha cara. — Vai, me come! Mostra que você é macho, caralho!".
Quase desmoronei da cama ao escutar o toque estridente do celular. Ofegante, suado e com o corpo pulsando, eu lutava para distinguir a linha tênue entre o sonho e a realidade enquanto a minha mente e o meu coração buscavam pelo autocontrole. Não, eu não estava transando loucamente com ninguém, mas o calor abrasador e o líquido viscoso na cueca deixaram claro que meu cérebro havia vivido cada segundo daquilo de forma vívida e intensa. A preocupação foi iminente, afinal de contas, eu não tinha idade para ter poluções noturnas.
Trêmulo e inseguro, deslizei a mão por baixo do travesseiro e atendi o celular sem ao menos observar o identificador. O grunhido áspero que soltei certamente denunciou a minha afobação, contudo não fiquei preocupado com o que poderiam pensar de mim. Era minha mãe do outro lado da ligação, e a julgar pela entonação alegre e divertida da voz de Dona Vera, as notícias que ela tinha deveriam ser maravilhosas. Não deu outra, porém preciso admitir que demorei a acreditar nas novidades que ela me contou.
— Eu liguei em um horário inapropriado, filho?
— Não, que nada — sentindo o pênis latejar, passei os dedos pelo couro cabeludo. — É que eu me assustei com o toque do celular, só isso.
— Desculpe tê-lo acordado, querido.
— Relaxa, mãe — engolindo em seco, desci a mão até o cós da cueca e inseri a ponta do indicador no tecido de algodão. Eu não queria acreditar que havia gozado durante o sono. — Por que você ligou às nove e tantas da madrugada? Aconteceu alguma coisa?
Dona Vera soltou uma pequena risadinha histérica.
— O que foi, Dona Vera? — a curiosidade começou a dar sinais de vida. — Vocês estão bem, mãe? É alguma coisa com o papai ou a minha irmã?
— Todos maravilhosamente bem, não precisa se preocupar — garantiu ela. — Eu tenho uma bomba para te contar, Gustavo!
— Eu sei, você nunca me liga antes do meio-dia.
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Marcas do Passado: Incertezas do Coração
RomanceIncertezas do Coração é a quinta obra da saga Marcas do Passado. O livro conta a história de Lucas Rigozzi, um jovem sonhador e determinado, mas que consegue ser mais teimoso do que uma mula empacada. Agora no início da fase adulta, Lucas se vê dia...