𝐓hirty 𝐒even

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「 🍁 」

Não demorou para que aparecesse uma imagem minha no telão, junto à minha mãe, quando eu era criança. Eu encarava tudo aquilo sem saber que reação ter.

— Olha que lindo, o pequeno Jimin com sua mamãezinha, que no caso, era uma vadia igual o filho. Bom, todos sabem, quem puxa aos seus não degenera... — o olhar de todos estava sobre mim, que continuava sentado naquela cadeira, com a raiva fermentando dentro de mim. Minha mãe podia ser qualquer coisa, menos vadia, ela sempre foi guerreira.

— Mas o que é... — Jin tentou se pronunciar fazendo menção em se levantar, mas segurei seu braço, o puxando para que ele sentasse novamente.

— Ah, Jiminzinho... — Hannah mantia o sorriso cínico. — Então você quer mais? — perguntou, mesmo sem eu ter dito nada. — Vou dar isso à você, mas só porque você implorou.

Logo apareceu uma foto de meu pai no telão.

Jungkook não sabia se olhava para mim ou para a grande tela na parede transmitida por um projetor.

— Todos sabem que esse é o seu pai. Park Wooshik, grande amigo do meu papi, porém os dois são bem diferentes; meu pai não é corno e nem namora uma vadia. — eu prestava atenção em tudo, quieto no meu canto, apenas analisando. Às vezes até um sorriso sarcástico surgia no meu rosto. — Será que se sua mãe estivesse viva seria diferente, Ji? — Hannah perguntou. — Ah, claro que não, sua mãe era uma vadia também. — riu.

Havia, mais ou menos, cem alunos dentro daquele auditório, todos olhavam o show de Hannah, alguns até riam e debochavam da minha cara, mas a maioria sabia que Hannah estava extrapolando.

Sim, Hannah sabia da minha vida, assim como eu sabia muito bem da sua, pelo simples fato de nossas famílias serem grandes amigas, quero dizer: depois da morte da minha mãe só restou a amizade do meu pai com o pai da Hannah – que ultimamente não estava tão fortalecida, pois ambos trabalhavam muito –.

— E claro... — apareceu uma foto minha no telão. — O mais importante. — Hannah disse, enquanto aplaudia. — Park Vadio Jimin. Bom... são tantas coisas para falar sobre esse ridículo que eu até me perco. Mas vamos começar falando o quanto ele é sem sal. — algumas pessoas vaiaram Hannah. — Ele é ridículo, sem contar que ele anda com aquele nerd gordo e com aquele melhor amigo horrível. — Jin apertou o braço da cadeira com raiva e Yeon escorregou um pouco na cadeira, tentando se esconder.

Hannah estava cavando a próprio cova. Ela poderia falar o que quisesse de mim, mas sem meter meus amigos e família no meio.

Meu nível de raiva já estava transbordando.

As lágrimas escorriam em meu rosto, mas não era de tristeza, era de ódio. E mais ódio ainda por Jeon está vendo tudo aquilo e não fazer algo para impedir.

Aquilo acabava comigo; saber que ele não se importava.

— Vocês já viram mais vadio que ele? Sem contar que ele quer todos os garotos que eu pego. — Hannah estava chapada de maconha estragada. — Acontece queridinho, que você não é nada, nada mesmo. Não vejo diferença entre você e um pedaço de merda. Você não tem vida, você não tem uma boa família, você é RIDÍCULO, digno de pena apenas, você não merece nada do que tem, ou melhor, você não tem nada. Tenta me superar, mas sabe que isso é impossível. — não percebi o momento certo em que levantei e fui em passos pesados à sua direção.

— Repete, Hannah. — minha voz continha uma falsa calmaria. — Mas repete com carinho.

— Você não tem nada, é um ridículo! — quando ela terminou de falar, minha mão já havia acertado seu rosto.

Possessive • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora