Pov Emma
Eu cheguei em casa, e fui direto tomar um banho relaxante, era sempre bom relaxar um pouco, ainda mais depois de um dia cansativo, não tão cansativo, porém mesmo assim cansativo.
Quando eu saindo do banho, andei pelo meu quarto, e peguei o porta retrato de uma foto minha e do Ajax, eu sentia falta dele, ele foi algo muito além do que eu posso explicar, um conceito bom de amor verdadeiro.
Quando falamos de amor, todos têm o conceito de que só existe amor quando é um relacionamento como namoro, noivado, casamento, mas eu e o Ajax não éramos isso, éramos os melhores amigos do mundo, ele era o cara perfeito em todos os sentidos, ele estava comigo quando até eu mesma pensei em desistir de mim.
Estávamos muito felizes no último dia dele, estava eu, ele e o Georgie irmão gêmeo dele, eu não sei explicar muito bem o que aconteceu, pois foi muito rápido.
Georgie e eu saímos pra comprar sorvete, Ajax não quis ir, pois estava conversando com uma menina chamada Andy, eles estavam sentados em um banco, não muito longe da onde era o carrinho de sorvete, então um carro desgovernado invadiu a calçada e atropelou os dois.
Lembro até hoje a sensação, primeiro foi o barulho dos pneus rangendo, em seguida foi eu e o Geor travar, junto à isso foi ouvir os gritos de todos ao redor, então senti um aperto no meu coração e por fim viramos para ver, encontrando o carro batido poste, prensando Ajax e Andy jogada no chão, cheia de sangue.
Naquele momento eu senti uma parte de mim partir junto, eu não tive reação, eu só cai no chão, aonde eu mesma estava, Georgie foi mais corajoso que eu, e correu até onde Ajax estava, ele gritava o nome do garoto, mas não obteve resposta, ele socou o carro, gritou, e eu chorei.
Em poucos minutos a polícia chegou junto com a ambulância, tentaram reanimar, porém não conseguiram, naquele dia a gente não perdeu apenas três vidas, perdemos o motorista negligente, a Andy e o cara que tinha prometido o mundo pra mim, o meu melhor amigo, o meu único e verdadeiro amor, Ajax.
Deitei na cama exausta, e com o porta retrato no meu peito, meus olhos insistiam em fechar, mas eu impedia eles com as lágrimas correndo, o cansaço me venceu, e após muito tempo eu dormi chorando.
Pov Narradora
Era algo inevitável de se explicar a dor sentida por Emma e Georgie, algo que tão pouco conseguiriam digerir nesses últimos anos que passaram. Eles se sentiam culpados por não ter levado Ajax com eles, eles se sentiram culpados por Andy ter ido flertar com o garoto de gorró, eles sentiam ódio do motorista do carro Tyler, por que ele estava supostamente bêbado, e bateu o carro.
Por anos ambos se sentiram impotentes, a dor dominou eles fácilmente, a depressão afundou os dois, mas pelo menos eles tinham um ao outro, mesmo que não se viessem sempre eles tinham um ao outro independente de tudo.
Quando o dia amanheceu, e Emma se levantou, indo tomar seu banho como de costume, e fazendo todas as suas higienes pessoais, arrumou-se e tomou seu café da manhã, e partiu direto pro consultório, hoje sua primeira paciente seria uma garota, de pele branca, e olhos encantadores pretos.
Já em outra região de São Paulo, estava Jenna, extremamente sonolenta, por não ter conseguido dormir ontem a noite direito por causa de suas amigas. Porém sua vontade de ver novamente Emma era grande, maior do que seu sono, então ela fez tudo rapidamente, para ir até o consultório da psicóloga.
O coração de ambas batia mais rápido no caminho para o consultório, uma ansiedade dominava elas em todos os sentidos, algo dentro delas estava acontecendo, algo novo para ambas, que não entendiam ainda.
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psicológica
Genç KurguTratar de doenças mentais são como entender melhor a mente do outro, e a sua própria mente, é assim que Emma Myers prefere acreditar na psicologia. Jenna por sua vez é uma garota que está no seu último ano do ensino médio, e se vê em uma situação c...