O renascer

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Abri meus olhos, uma luz iluminava o local, provavelmente a luz do sol. Dei um pulo e me deparei com um homem que parecia velar o meu sono, minha morte, afinal eu estava morta ou não?

- Você finalmente acordou alteza, como se sente?

Disse o rapaz com uma voz calma

- Eu não sei, deveria sentir algo? Pois até então eu acreditava que tinha morrido.

- Acalme-se, posso lhe explicar tudo. Primeiro acho que devo me apresentar, sou Kristian deus da morte.

- Ótimo, isso me indica que talvez eu esteja no inferno, o que não é muito difícil de acreditar.

- Eu disse Deus da Morte, não Diabo, bom compreendo que você está confusa, além do mais ninguém imagina o que acontece depois da morte. Porém lhe adianto, a madame não está morta!

Ele me estendeu a mão para que eu pudesse me levantar, era um homem de aparência impecável, admito que fiquei perplexa com sua beleza.

- Como assim não estou morta? Onde eu estou, afinal?

- Eu sei que é confuso, mas antes de te explicar tudo acho melhor você trocar de roupa, nos encontraremos com uma pessoa que pode sanar suas dúvidas. Suas roupas estão ali em cima.

Fui em direção ao local indicado, me deparei com um vestido preto com detalhes em vermelho vinho.

- Você não acha ele um pouco vulgar? Já que vamos nos encontrar com alguém tão importante. Não que eu seja uma freira ou uma santidade, mas, ele é bem decotado.

Ele me olhou e riu

- Não se preocupe, ele foi escolhido especialmente para você por alguém se tinha certeza de que gostaria, o que acha dele?

- Ele é de fato lindo.

- Ótimo, se troque depressa, estarei a esperando lá fora.

O vestido era maravilhoso, e serviu perfeitamente, parecia feito sob medida. Abri a porta do quarto em que estava, Kristian me esperava.

- Uau, você está fantástica.

-Muito obrigada.

Senti os olhos azuis dele me fitarem de cima a baixo.

- O senhor poderia me explicar o que está acontecendo, se não for incomodo é lógico.

Eu estava nervosa, afinal estava diante de um deus, mas sinto que se não perguntasse a curiosidade iria explodir dentro de minha pessoa, ele sorriu para mim.

- Por onde devo começar?....

Ele parecia pensar a melhor maneira para me explicar

- Acho que o senhor deveria começar pelo ponto principal, porque estou viva novamente?

- Por favor, a rainha não precisa me chamar de senhor, afinal eu e vossa majestade temos quase a mesma idade. Podemos deixar de lado essa formalidade.

Ele me parecia ser gentil, parte de mim se sentiu segura ao lado dele

- Ótimo, então o senhor, digo você, pode me chamar pelo nome também. Acho injusto que apenas você me trate com tanta reverência. Mas afinal, onde eu estou?

- Está na Calazais, o palácio dos 7 grandes espíritos.

- Minha mãe sempre me contava sobre esse lugar, parece idiotice de minha parte, mas sinto que conheço cada centímetro desse local.

- Então você já ouviu sobre esse lugar e tem noção de que criaturas místicas existem?

- Sim, cresci com minha mãe contando as mais diversas histórias. Os 7 grandes espíritos, os guardiões das florestas, as bruxas, as fadas, me lembro de alguns dos contos.

O Legado da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora