A novata

1 - Linguinha afiada

Pov Day

(atenção a história se passa nos EUA)

Agora é 9:30 aqui estou eu na sala de interrogatório, novamente, oque é um saco, a cada ano eles pegam criminosas como eu, consideradas perigosas ou líderes de alguma parte da prisão, para refazer essa besteira, eles acham que vão tirar algo novo, algo daquele tipo que pode acrescentar alguns anos para pessoas como eu, oque seria particularmente adorável para eles, melhor aumentando dias na prisão por conta de coisas que está fazendo de errado dentro dela, do que fora, esse é o dilema do diretor da prisão Feminina Castro luz.

Eu estou olhando agora para a cara de bolacha do inspetor Fábio, eu já estou pronta para as caras de "vou tirar algo de você" que ele faz, todo ano , ele me analisa como se estivesse em um filme , onde ele se acha o Batman e eu sou o Koringa, mais eu acho ele um idiota , eu refaço todo mês em escrito tudo que falei em todos os outros anos, para não cometer falhas, eu não sei o que dizer das retardadas desse lugar que aumentam seus dias aqui, caguetando si propias nessas merdas de entrevistas interrogativas, mais com certeza eu não sou uma delas.

- Bom eu não pediria para você contar sua história até o momento de agora, se ela não tivesse haver com a sua realidade atual e seus comportamentos criminosos- Inspetor Fábio colocou seu olhar analítico e crítico sobre Day, enquanto arrumava mais uma vez seus óculos - Acho que você sabe do que estou falando, não e a nossa primeira vez aqui, afinal já são 3 anos que você está comigo, então por favor comece.

- Já fazem 3 anos que tenho que vir aqui e fingir que hoje você vai conseguir tirar algo que não sabe sobre mim -  Day gargalhou - Mais Ok vamos lá inspetor, Meu nome é Dayane de Lima Nunes  ,e diferente de você eu não culpo meus pais pelos meus comportamentos criminosos e a minha realidade atual - Day lançou um sorrisinho orgulhoso para Fábio -  Meus pais como você sabe, foram grandes ladrões de jóias, sem nem se quer ter que fugir as pressas dos Estados Unidos e sabemos que antes da minha existência eles não atuavam só neste país ,afinal eles eram ótimos fugitivos e tinham ótimos esconderijos, e se eu não me engano eles deram uma enorme grande dor de cabeça para seu pai O Investigador Fabiano.

- Bom contando com o final deles, se isso foi uma provocação eu não me sinto minimamente atingido por você Day, sabemos que durante 3 anos , você faz questão de colocar o meu pai em sua história - Fábio gargalhou diante de Day -  E bem sabemos aqui que também foi meu pai que levou a sua mãe e seu pai para uma prisão bem confortável, tão confortável que eles se mataram de desgosto - Day se levantou raivosa após a angustiante lembrança da qual se culpava uma vida toda, mais logo se sentou novamente forçada por um agente da penitenciária - Bom agora sem mais delongas vamos continuar da onde paramos .

Nesta hora eu queria quebrar a cara dele, mais eu não precisava dar o que ele queria afinal, o objetivo da entrevista era justamente aumentar meus dias aqui por coisas que aconteceram la fora, então engoli minha raiva e voltei a falar com mansidão.

- Bom depois de tantos anos se escondendo, meus pais foram pegos, pelo lazarento já citado na conversa - Inspetor Fábio lançou um sorrisinho orgulhoso novamente e começou a movimentar sua caneta entre os dedos -  Então eu fui morar com meus avós .

- Voltando a história dos seus pais, como você se esqueceu de citar as práticas totalmente criminosas que seus pais ensinavam a você mesmo sendo apenas uma criança - Day revirou os olhos e se acomodou melhor em sua cadeira - Vamos lá não era segredo tá aí uma coisa nova que sei sobre você , após conhecer um dos amiguinhos do seu pai na prisão, que me disse o quanto os olhos do seu pai brilhava contando as estripulias que ensinava a você .

Naquele momento minha mente foi invadida por muitas cenas nostálgicas, mais eu estava perplexa que aquele homem estava me interrogando como se tivesse interrogando mais meus pais do que a mim mesma, mais tudo bem, todo ano e isso, acho que ele sente que seu pai ficava orgulhoso seja lá aonde estiver aquele crápula, mais não vou negar, ter uma informação daquelas de algo do qual eu não sabia sobre meu pai, de alguma forma fez meu coração vibrar, e quando você se sente blindada a tudo por anos, aquilo era como um refrigério na alma, mais não poderia eu dar o privilégio humano de me emocionar diante de um homem que me via como um monstro.