A novata

5 - Amiguinho ?

pov Carol

Mal dormi , era muito difícil pra mim estar naquele lugar , pior ainda , estar no chão daquele lugar, não muito longe do que elas chamavam de poltrona , uma privada sem tampa, aquilo era nojento , desumano , não sei quantas vezes senti baratas passando em mim, e eu agoniada quando as sentia jogava elas para longe , a noite tudo era mais barulhento principalmente com a insônia que me dominava, minha cabeça também era bastante barulhenta, eu conseguia ouvir os sussurros, conseguia ouvir os roncos , algumas mulheres que gemiam enquanto transavam, também ouvi durante a noite pessoas sendo abusadas dentro de suas próprias celas, era horrível , tudo aquilo aumentava a minha paranoia , o que eu poderia sofrer com essas mulheres das quais não conheço ? Como vou dormir nesse lugar do qual não sou acostumada ? Do qual só me provoca medo e agonia ? E porque nessa noite me sinto observada ? Será que tem mais alguém acordada junto comigo ? Ou essas mulheres já se acostumaram com todo esse terror ?.

No dia seguinte, levantei e percebi que apesar do incômodo , cochilei, porque e lógico o meu corpo não aguentaria tanta pressão e ainda uma insônia para lidar , a minha frente estava Day com sua companheira de muito tempo , conversando algo com o guarda de antes Luccas , mais Thay estava sendo repreendida por ele , qual a relação daquelas mulheres com ele ? Porque ele parecia tenso ao se aproximar delas ? E ao mesmo tempo tão íntimo ?

-Amiguinho quando vai resolver nosso problema , pois agora não é só a cabelo de fogo , essa velha roncou a noite toda , a gente não intimidou ela nem na hora de dormir - Thay disse fingindo grande carinho por Luccas .

Porque ela chamou ele de amigo ? Talvez eles realmente sejam íntimos como observei , mais concordo , durante a madrugada oque ficou mais assustador foram os roncos da senhora.Logo se ouviu o cassetete ferindo a perna de Thay e ela soltou um gemido ao mesmo tempo se divertiu com a atitude do homem , já eu me assustei, e ele percebeu , mandou um olhar para Day que parecia ser de " repreenda a Thay por isso " e se retirou .

Day virou - se para mim e me olhou sonolenta , Thay se calou quando percebeu o porque Lucas Carllos ficou mais tenso do que o normal

- Olha só se não é a bela adormecida, sabia que acordou 1h antes do café ? Estávamos ansiosas para você ser acordada pelas celas se abrindo ou por nós mesmas assustando você - Thay de forma maliciosa, intimidando novamente me encolhi.

- Sabia que as paredes tem ouvidos aqui Carol ? É bom esquecer qualquer coisa que esteja pensando agora , pare de nós observar não há nada para ver aqui, não crie formigas aonde não tem formigueiro - Day disse como se estivesse exausta da minha presença.

- Preocupada com o fato das paredes terem ouvidos Day ? A maior ameaça está aqui junto a nós nos olhando - Thay disse cruzando os braços e levantando uma das sobrancelhas.- Não será muito difícil acabar com os tímpanos dessa aí , numa noite qualquer - Day Disse confiante e sem piedade .

Eu senti um calafrio percorrer minha espinha ao ouvir as palavras ameaçadoras de Day. Eu percebi que não podia confiar em nenhuma das mulheres ali e que minha situação naquela prisão era cada vez mais perigosa. No entanto, decidi não demonstrar medo diante delas. Eu sabia que precisava encontrar uma maneira de sobreviver e, eventualmente, escapar dali.

Com uma expressão determinada no rosto, olhei diretamente nos olhos de Thay e Day e respondi com firmeza - vocês podem fazer o que quiserem, mas não vão me quebrar. Eu não vou me render ao medo e nem me deixar intimidar por vocês. Eu sou mais forte do que imaginam.

As minhas palavras pareceram surpreender Thay e Day por um momento. Elas trocaram olhares rápidos antes de soltarem risadas irônicas.

Ah, você acha mesmo? - Thay perguntou, com um sorriso de escárnio. - Veremos por quanto tempo você aguenta aqui antes de implorar por piedade.

Day se aproximou de Carol e sussurrou em seu ouvido - não se engane, garota. Nós mandamos neste lugar. E se você não quer acabar como as outras, é melhor ficar na sua e nos obedecer.Depois das palavras ameaçadoras de Day, uma onda de arrepio percorreu todo o meu corpo. Foi como se uma descarga elétrica tivesse passado por minha espinha, enviando sensações de frio e arrepios por todo o meu ser. Meu coração começou a bater descompassadamente, acelerado pela mistura de medo e excitação que tomou conta de mim.Aquelas palavras provocaram uma reação intensa em meu interior, fazendo com que uma onda de excitação percorresse meu corpo. Embora a ameaça de Day a assustasse, havia também uma sensação intrigante de empolgação misturada com o medo. A adrenalina pulsava em minhas veias, deixando-me alerta e com os sentidos aguçados.No entanto, havia também uma estranha excitação dentro de mim. Eu me se sentia desafiada por Day, atraída pela aura de poder que a mulher emitia. Aquela ameaça despertava algo , algo que eu Carol não conseguia compreender completamente. Era uma mistura de curiosidade, resistência e até mesmo uma chama ? Espera que chama ?