Capítulo 23

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Anastasia

São seis e quinze da manhã e eu já estou pronta para o trabalho; vestido justo não deixando muito para a imaginação e algumas camadas generosas de corretivo e pó para esconder as minhas olheiras.

Foi impossível dormir essa noite.

Durante dez anos eu passei por muitas dificuldades mas nada foi tão exaustivo como está sendo agora.

Nem as noites em claro e as horas intermináveis trabalhando para criar o DailyWall me sugaram tanta energia como Christian Grey e todo o drama que tem me rondado ultimamente.

Talvez seja hora de tirar férias.

Sim, parece uma boa ideia.

Pelo menos um mês de férias nas Maldivas, sozinha.

Antes que a idealização cresça na minha mente ouço a campainha.

Eu gemo alto, suplicando por intervenção divina.

Talvez se eu simplesmente ignorar ele vá embora.

Tudo fica em silêncio por uns instante e eu quase suspiro de alívio, mas o som surge novamente e dessa vez através de batidas fortes e insistentes na minha porta.

Me arrasto até a entrada e giro a chave na fechadura, puxando a porta aberta com um solavanco.

Christian perde um pouco o equilíbrio e tropeça para dentro do meu apartamento, um riso involuntário escapando da minha garganta.

— Eu realmente não quero ter que lidar com as suas merdas às seis da manhã. — murmuro impaciente e ele suspira, passando as mãos pelos cabelos bagunçados.

— Como você está? — reviro os olhos e empurro a porta fechada, passando por ele em direção à minha cozinha.

— Até dois minutos atrás eu estava ótima. O que quer, Christian?

— Só queria te ver, baby. Depois do que aconteceu ontem... Das coisas que você me disse antes de ir embora... — levanto a mão num pedido silencioso para que ele cale a boca.

— Achei que tinha ficado claro que ir embora e te deixar falando sozinho significava que eu queria espaço.

Christian nega com a cabeça e se aproxima de mim. Dou um passo para trás numa tentativa de manter a distância mas ele ignora o movimento e agarra a minha cintura, me puxando para o peito dele.

— Não vou te dar espaço, Anastasia. Não posso fazer isso. Você pode escapar por entre os meu dedos e eu não sei mais viver sem você, baby. — ele esfrega o nariz no meu e fecha os olhos.

Meu coração acelera no peito e meu corpo relaxa contra o dele.

Ignoro o sinal vermelho piscando insistentemente na minha mente e pressiono meus lábios nos dele. Christian suspira e avança na minha boca, a língua exigindo espaço enquanto ele me empurra contra o balcão de mármore.

Mãos enormes passeiam pelo meu corpo até segurarem a minha coxa. Gemo e pressiono meu calcanhar na bunda dele, um pedido silencioso mas óbvio o suficiente.

— É isso que você quer, baby? — ele sussurra baixinho enquanto desce beijos pelo meu pescoço, a barba fazendo cócegas na minha pele.

— Não me deixe pensar demais, só faça. — enfio as mãos entre nós e consigo alcançar a calça dele, abrindo o zíper com os dedos trêmulos.

Christian morde o meu ombro enquanto envolvo o pau dele num punho firme. Ele geme e desliza a mão até a minha boceta, os dedos brincando com a renda da calcinha antes de colocá-la para o lado.

God Of DepravityOnde histórias criam vida. Descubra agora