Capítulo 19

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Christian

Eu dei o espaço que Anastasia pediu, deixei ela passar a noite sozinha para colocando as ideias no lugar mas acordar de manhã e saber através do porteiro que ela saiu cedo não me agradou em nada.

A minha vida é uma merda, não existe outra definição.

Sempre que as coisas parecem caminhar para um final feliz alguma desgraça acontece a acaba com o pouco que eu consegui construir.

Quando encontrei a Ana tive que lidar com o noivado dela.

Quando consegui me recuperar desse baque tive que acabar com a animosidade que ela tinha contra mim.

E quando tudo parecia finalmente resolvido, Victoria Filha da Puta Steele reaparece e com uma criança à tiracolo.

Dou um soco no volante do meu carro, ódio correndo pelas minhas veias e acelero com um destino em mente.

Ela quer foder a minha vida, certo?

Vamos ver quem sai vitorioso nisso.

Sigo até a parte sul da cidade e consigo encontrar o endereço escrito no papel. Não é um hotel cinco estrelas mas também não é horrível como ela quis fazer parecer.

É algo comum, bem mais confortável do que os lugares que a Ana teve que ficar depois dessa vadia barata acabar com a vida da minha baby.

A bancada da recepção está vazia e eu aproveito para correr até o elevador e apertar o botão número quatro no painel. As portas se fecham e subo rapidamente.

Respiro fundo assim que vejo o corredor extenso, meu coração pesado no peito.

É pela Ana e pelo o que eu quero construir com ela.

Repito esse mantra até chegar na frente do quarto 413. Bato suavemente na porta e ouço a movimentação lá dentro durante alguns segundos até uma fresta ser aberta.

Victoria olha para mim com uma sobrancelha arqueada e a mão esquerda na cintura, exatamente a mesma pose que ela fazia antes de soltar alguma merda.

— Olha só, você veio rápido. — empurro ela para fora do caminho e entro no quarto.

É uma suíte espaçosa com sala de estar e uma porta adjacente, imagino que seja o quarto.

Essa filha da puta está reclamando de que?

— O meu advogado vai entrar em contato com você hoje e marcar o exame de DNA. — falo de uma vez e ela fica pálida, os olhos crescendo nas órbitas.

Por que será que isso me parece tão estranho?

— Não tem necessidade, eu já marquei. Vou levar a Phoebe no laboratório daqui a pouco. — Victoria passa por mim e pega um papel sobre a mesa. — Pode conferir se quiser. Eu não tenho porque te enganar, só estou exigindo o que é da minha filha por direito.

Reviro os olhos e leio o pedido de exame, jogando o papel na cara dela em seguida.

— Então por que não fez isso antes? A menina tem nove anos. — ela engole em seco e dá de ombros.

— Eu não sabia onde você estava. — agarro o braço dela e a viro para mim.

— Não mete essa, Victoria. Você melhor do que ninguém sabe que me encontrar não é difícil. Conseguiu agora, não foi? O que te impediu de fazer isso anos atrás? — ela puxa contra o meu aperto mas eu não a solto. — Anda, desgraçada, fala a verdade.

— Eu não te devo explicações, Christian. A única coisa que eu quero agora é fazer esse maldito exame e esfregar na sua cara que a Phoebe é sua.

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