Capítulo 3

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Christian

Já fazem quase doze anos desde a primeira vez que coloquei meus olhos sobre Anastasia Steele.

Ela era uma menina de dezesseis anos com sardas no nariz, sorriso infantil e alguma coisa a mais que chamou a minha atenção.

E ela era a irmã mais nova da namorada que a minha família me impôs.

Victoria Steele era insuportável em qualquer aspecto e cenário. Metódica demais, esnobe demais, perfeccionista demais.

E não demorou muito para eu me cansar dela.

Ficamos juntos por dois anos entre brigas e traições — da minha parte, confesso. Tentei terminar várias vezes, mas era só o assunto surgir que começavam as lágrimas, os gritos e as muitas ameaças.

Steele's e Grey's são famílias amigas a décadas, uma merda conservada como uma jóia preciosa única no mundo.

Quando completei vinte e dois e meu pai veio falando de casamento eu não achei que era sério, até eu voltar de Londres e ser arrastado para um dos bailes estúpidos que eles davam. Victoria foi jogada no meu colo como um pedaço de carne num açougue e eu fui obrigado a aturá-la depois disso.

Era um destino de merda, eu sei, mas aí aconteceu.

Anastasia Steele aconteceu.

A minha cunhada ninfeta e gostosa pra caralho me odiou desde a primeira vez que me viu e isso só serviu para deixar o meu pau ainda mais duro por ela.

Na noite que tudo aconteceu foi a primeira vez que tivemos uma conversa que foi além de meia dúzia de palavras e algumas ofensas no meio do caminho.

Anastasia era completamente diferente da irmã.

Onde era frio em Victoria, pegava fogo nela.

As coisas que Victoria achavam idiotas, Anastasia ria.

O assunto aleatório que surgiu e que Anastasia conseguiu arrastar por minutos, Victoria teria terminado com algum comentário sarcástico já que ela era culta demais para falar de bobagens.

Enfim, uma chata do caralho.

O que antes era só curiosidade evoluiu para uma atração incontrolável e eu trepei com a minha cunhada na cama que dividia com a irmã dela.

O sexo foi alucinante.

E eu queria fodê-la até o meu último suspiro depois da primeira vez, mas as coisas tiveram que acabar em merda.

Na manhã seguinte só me lembro do pai da Victoria chegar ao nosso apartamento às seis e meia da manhã achando que podia me dar ordens.

Chutei os dois para fora, atirei as roupas que Victoria tinha tanta apego pela janela e ri quando elas se misturaram na neve. Passei os próximos seis meses cuidando das empresas da família e desfrutando da minha vida de solteiro em Nova York, mas meu pai tinha que me impor a porra do casamento em troca da cadeira de CEO.

Claro que ele não perderia a oportunidade.

Mesmo a contragosto aceitei o trato, voltei com Victoria e anunciamos o noivado.

God Of DepravityOnde histórias criam vida. Descubra agora