Natasha Romanoff é uma investigadora da Polícia de New York vive uma vida tranquila mesmo com os perigos que o trabalho lhe trás, sempre muito discreta em sua vida pessoal não imagina que a chegada de uma certa sokoviana fará sua vida mudar do dia p...
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NATASHA
Sorri vendo Wanda sair do banheiro desesperada, a verdade é que eu gostava do seu jeito, e parecia bem mais desesperada. Sai do banheiro voltando para sala de reuniões, esse era o tipo de trabalho que eu não era acostumada a fazer, gostava mesmo é de ação, estar em campo, mas depois de Kate passar as últimas semanas infernizando meu juízo pra pegar o caso que ela queria investigar e só não podia por que a empresa era da família dela e o primo comandava, e por isso ela não poderia se envolver. Ela me passou tudo que ela já tinha investigado por cima, parecia que a empresa estava metida com lavagem dinheiro, crimes de colarinho branco era um saco, odiava ficar lidando com empresários arrogantes, mas depois de analisar alguns papéis, vi nomes que me chamaram bastante atenção, uma empresa que fornecia serviços para a M&S que era diretamente ligada a lótus, então deixei Peter confirmar tudo pra mim antes de aceitar o caso.
(...)
Os dias seguintes foram iguais, passava cedo na cede do FBI e dava uma olhada nos casos de fora, fazia uma reunião básica com a equipe, antes de partir para a M&S, a empresa era bem grande, trabalhava com tecnologia avançada, Max era um filho da puta desgraçado, eu nunca fui com a cara dele, principalmente, por que sempre ficava com olhos compridos para Yelena, mesmo ela estando casa com Kate, ele nunca perdia uma oportunidade de dar em cima da minha irmã, eu não era ciumenta, longe disso, mas sempre fui muito protetora com a minha casula, depois de tudo que ela passou, minha atenção era redobrada nela, até se casar e eu relaxei mais.
Quando chegamos no prédio, encontramos Wanda na sala de reuniões e cerrei o maxilar, quando ouvi os assovios de Bucky e Sam quando viram a mulher, não dá para negar que Wanda é uma mulher belíssima, e sempre andava muito bem arrumada, mas últimas semanas me contive o máximo cada vez que via ela vestida em saias sociais e meia calça, porra, minha mente ia longe imaginando se a lingerie combinava. Ela ficou muito próxima dos rapazes, e Peter que adorava comentar sobre as roupas que ela vestia, até marcou de sair com Maria para o shopping e sempre ia com a turma beber pós expediente, Carol era a única que não ia com a cara de Wanda e eu não fazia ideia do por que, tive que dar uma dura nela, para que parasse de comentários desnecessário sobre o passado da garota.
Apesar de me ignorar constantemente, e sempre fugir de mim, nós nos dávamos bem no ambiente de trabalho, fiquei ainda mais curiosa sobre Wanda, ela era realmente muito esforçada, muito competente no que fazia, sempre chegava cedo e cumpria com tudo que era mandado, eu fica louca toda vez que me chamava se senhora de uma forma doce e me obedecia sem pestanejar.
- Aí meu Odin Wan, não é possível que você tenha uma coleção de roupas Chanel – Peter foi o primeiro a saltitar pra cima da garota.
- Nossa Wands, tá uma gata hoje hein – Bucky falou beijando a mão de Wanda que corou, eu revirei os olhos com a cena, patético.
- Hoje não Buck, a Wandinha tá linda todo dia – agora foi a vez do Sam soltar sua pérola.
- Obrigado rapazes, vocês são sempre tão gentis – a morena respondeu sorrindo e olhou pra mim rapidamente me comprimentando com a cabeça e se virou pra Peter – Você também tá maravilhoso amigo, e não tenho coleção, trabalho muito pra comprar essas roupas.
- A gente sabe bem como – Carol falou venosa, e vi a morena suspirar, Wanda não revidava aos ataques de Carol, apenas ignorava e fingia que aquilo não a afetava, mas eu sabia que sim.
Eu olhei feio pra ela, já estava de saco cheio também de suas insinuações idiotas, puxei uma cadeira e me sentei abrindo o notebook, era melhor trabalhar. Wanda voltou sua atenção para o pessoal, fizeram mais alguns comentários até ela vir e se sentar ao meu lado como sempre, não tinha como negar estava mesmo muito bonita essa manhã, um vestido preto até o cumprimento dos joelhos, meia calça saltos altos, os cabelos soltos e ondulados, sempre muito bem maquiada, mas nada exagerado, seu perfume era doce e chamava muita atenção.
- Eu estava olhando esses documentos ontem e achei estranho, aparece nome de várias empresas, mas Peter não achou nenhuma delas – sua voz doce me chamou a atenção, fiquei em seus olhos e vi Wanda se encolher um pouco.
- Ficou trabalhando até tarde ontem? – perguntei erguendo uma das sobrancelhas. – Seu namorado não deve está muito feliz.
- Ele está sim, Steve tem muito orgulho de mim, e apoia tudo que faço – ela falou seria, eu não deixei de sorrir, se ela soubesse o que o namoradinho anda fazendo com a melhor amiga dela, mas isso não é da minha conta.
- Senhorita Maxmoff, o senhor Max deseja encontrá-la em sua sala – de repente ouvimos a voz de Mônica, ela manha apenas a cabeça pra dentro da sala enquanto falava com Wanda – Ele disse que é urgente!.
Olhei para Wanda e vi seu semblante mudar, ela ficava assim quando Max pedia para vê-la e eu achava aquilo muito estranho, eu já conhece bem o cara e sabia como ele era babada, e pelo que observava de Wanda, ela era do tipo que abaixava a cabeça pra tudo, aquilo era bom não podia negar, mas só gostava quando fazia comigo. Ela suspirou e levantou da cadeira, passou a mão para arrumar o vestido, acompanhei com os olhos até sumir de minha vista. Quando voltei minha atenção para os demais, reparei de Carol me olhava fixamente, dei de ombros e ignorei e voltei para o notebook.
Se eu dissesse que estava concentrada no meu trabalho facilmente seria mentira, eu estava me corroendo por dentro querendo saber o que tanto Max falava com Wanda, já tinha um bom tempo que ela tinha saido e nada da morena voltar. Eu bati os dedos na mesa já impaciente, não sei o que acontecia comigo, mas quando se tratava de Wanda eu ficava sempre em alerta, suspirei e fingi cansaço, me levantei e avisei que iria ao banheiro. Sai da sala e caminhei pelo corredor, vi uma movimentação na sala de Max o que achei estranho, já que estava perto do horário de almoço, imaginei que a maioria já teria saído, me deixei levar pela curiosidade e pude ouvi vozes exaltadas, logo a porta do escritório abriu e uma Wanda furiosa passou por mim, eu tentei para-la, mas ela nem me deu ouvido quando chamei.
- Marie, me ajude aqui!! – Ouvi os berros de Max e vi sua secretária correr até a sala, eu não demorei a fazer o mesmo.
- Aí meu Deus o que aconteceu? – a mulher falou assim que se aproximou do chefe – Acho melhor chamar uma ambulância.
- Não quero ambulância, chame meu motorista, eu quero ir pra casa – ele rosnou com a mão no rosto tentando estancar os jatos de sangue que saiam do seu nariz – Eu quero Wanda Maximoff fora da minha empresa, aquela vadia vai me pagar caro.
Eu não disse nada, estava em choque com toda aquela situação, tentei prender o riso quando Max passou por mim amparado por Marie, com isso eu fiquei ainda mais curiosa, o que levou Wanda a quebrar o nariz do cara, ainda mais ela toda certinha, eu achei que eu mesma fosse fazer isso em algum momento de minha vida. Sai pra foro do escritório em busca de Mento, eu vi no momento que ela entrou no banheiro, o mesmo que já tinha encurralado ela várias vezes, mas a danada é escorregadia, sempre fugia de mim. Entrei no banheiro e pude ouvi o soluço de Wanda, ela lavava a mão desesperada, enquanto chorava e soluçava, quando me viu pelo reflexo do espelho, tomou um susto e chorou ainda mais.
- Você... você veio me prender? – perguntou em meio aos soluços.
- Primeiro eu preciso saber o que aconteceu, você meio que quebrou o nariz do Max – falei prendendo o riso, mas Wanda chorou ainda mais – Ei não chora, vem aqui, me conta o que aconteceu, não vou prender você.
- Eu só estava me defendendo eu juro – quando ela falou aquilo, mil coisas passaram pela minha cabeça, inclusive formas de matar o desgraçado – Ele estava me ameaçando, e isso já faz um tempo, desde que encontramos aqueles documentos.
Comecei a ouvir um burburinho, fui até a porta e vi alguns seguranças vasculhando o lugar, provavelmente atrás de Wanda, olhei mais uma vez pra ela que tinha os olhos arregalados e uma feição de medo, peguei meu celular e mandei uma mensagem para meu a gentes explicando o que tinha acontecido e pedindo ajuda para sair do prédio, depois que obtive minha resposta, fui até Wanda e puxei para fora do banheiro, com cuidado para não sermos pegas, quando viramos no primeiro corredor, pude vê Bucky e Sam falando com alguns seguranças perto do elevador, droga, tinha que achar outro jeito de sair.
- Vamos pelas escadas, pegamos o elevador no andar de baixo e saímos pela garagem – me virei e olhei pra Wanda que já me puxava até a saída de emergência, encadeia bem, por que eu não esperava isso – Depois daquele dia da boate fiquei obcecada por rotas de fuga, não me julgue.
Eu apenas rir e segui a loira, que ainda segurava minha mão firmemente, quase chegamos ao andar de baixo ela soltou minha mão e foi até uma mesa, de lá pegou uma bolsa que imaginei que fosse sua, o andar estava praticamente vazio, por causa do horário de almoço. Entramos no elevador e saimos na garagem, Peter parou a mini van em nossa frente, era a que nós usávamos para vir até a empresa, assim cabia todo mundo. Maria abriu a porta e nós entramos, lá dentro já estava Bucky e Sam junto a ela e Carol no banco da frente ao lado de Peter.
- Tá legal WanWan conta essa história direito gatinha, como quebrou o nariz do seu chefe – Bucky perguntou gargalhando sendo acompanhado pelos outros, menos Carol e eu.
- Isso foi irado Wandinha, nunca pensei que você fosse selvagem desse jeito – Peter falou estalando os dedos.
- Ele machucou você Wanda – Maria perguntou preocupada, e então todos nós demos atenção a ela, eu nem ao menos perguntei se ela estava bem, me senti um pouco mal por isso.
- Eu tô bem, obrigada – ela respondeu em um fio de voz – Max é asqueroso, ele queria que eu ficasse passando informações sobre a investigação, queria que eu fosse os olhos e ouvidos dele, e quando me neguei ele veio com ameaças.
- Qual tipo de ameaças Wanda? – perguntei impaciente.
- De alguma forma ele descobriu que eu era stripper, e ameaçou contar para todo mundo, quando viu que não me importei com isso, ele usou outra tática – ela suspirou e não só eu como os demais sabíamos bem quem espalhou isso por aí – Disse que se eu não colaborasse, ia me por na rua e ia garantir que nenhuma outra empresa me contratasse, é o que vai acontecer mesmo depois o que fiz hoje.
- Que filho da puta, vamos voltar lá e quebrar a cara dele – Bucky falou bravo.
- Mas Wan, o que aconteceu pra você ter quebrado o nariz dele, você é tão calma, achei que não fosse dessas coisas – Maria perguntou.
- Talvez ela não seja tão santinha como todos pensam –Carol falou, mas foi totalmente ignorada.
- Ele me chamou para perguntar sobre os relatórios de investigação dessa semana, eu não quis dizer nada e isso deixou ele ainda mais bravo – ela voltou a chorar novamente – Ele veio pra cima de mim, me deu um tapa na cara e começou a me xingar, eu...eu não tive outra saída, eu só queria me defender.
- Filho da puta – Rosnei – Você não fez nada de errado, não se preocupe, ninguém vai te prender, eu vou ligar para Kate, ela vai cuidar de tudo – falei e toquei o ombro dela, senti a morena estremecer, aquilo mexeu profundamente comigo. – Peter, me deixe no estacionamento da agência, vou pegar minha moto, depois deixe a senhorita Maximoff em casa, vocês estão dispensados pelo resto do dia.
