[5] Para qual andar?

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– Caralho! Que casarão! – Jisoo berrou olhando aos arredores.

– Olha a boca! – Rosé repreendeu dando um tapa na nuca da mais velha. Deixando a caixa com sua guitarra próxima à entrada do apartamento.

Ri das duas enquanto trancava a porta de minha casa.

Eu estava excepcionalmente feliz hoje. Não me lembro a última vez que convidei alguém por livre e espontânea vontade para minha casa. Jisoo e Rosé têm sido minhas principais companhias desde que voltei para Seoul e eu genuinamente gosto dessas duas idiotas.

Em pouco tempo desenvolvemos uma intimidade tão grande que pareceu até que nos conhecemos há anos. Já não me lembro quanto tempo faz que não tive uma amizade que não tivesse nenhum interesse por trás, a maioria só quer a popularidade que ganham quando andam comigo, mas Jisoo e Rosé pareciam não se importarem com coisas do tipo. Ter amigas que gostam de mim independente de todos os requisitos hierárquicos do ensino médio me deixou mais feliz do que se pode imaginar.

– Obrigada, Soo! – Me joguei no sofá e acenei para que elas fizessem o mesmo. – Meu pai contratou uma das melhores arquitetas da cidade pra decorar a casa. – Falei orgulhosa pondo algumas mexas de cabelo atrás da orelha. – Demorou um bocado para decorarem. Se não já teríamos nos mudado antes.

– Nossa que humilde você. Sempre se importando em não humilhar as plebeias que vem lhe visitar. – Rosé brincou enquanto se aconchegava ao lado de Jisoo no sofá, esta que estava se esfregando como se quisesse se fundir com o estofado.

– Querem algo? Água? Suco? Comida? – Perguntei atenciosa.

Eu realmente estava amando recebê-las, apesar de já saber que assim que elas forem embora os funcionários vão ter muito trabalho para arrumar toda a bagunça.

– Eu aceito! Tô morrendo de fome. – Rosé quase saltou do sofá ao ouvir a palavra "comida".

– Ah, mas também... Voce tá com fome toda hora! – Jisoo esbravejou, fingindo estar irritada.

– Me respeite! Estou em fase de crescimento, preciso me alimentar bem. – A loira respondeu franzindo o cenho e acariciando seu estômago.

Ri das duas e chamei uma das funcionárias pedindo para que ela preparasse algo para nós.

– Venham, vou mostrar a casa para vocês enquanto o lanche não fica pronto. – Me levantei gesticulando para elas me seguirem.

– Pensei que não fosse mostrar nunca. – Jisoo resmungou se levantando rapidamente.

– Faz nem cinco minutos que vocês chegaram! Te aquieta, mulher. – Adverti, seguindo para os cômodos do andar inferior para depois ir para os de cima.

Eu as mostrei a sala de jogos, a qual fez os olhos de Jisoo brilharem. Ela deve ter passado mais de cinco minutos só olhando admirada para todos os lados da sala e me fez prometer que eu iria chamá-la para uma noite de jogos. Como eu podia recusar um pedido com direito a biquinho e mãos entrelaçadas? Ela ficou adorável!

Rosé maior parte do tempo repreendia Jisoo, a dizendo para não tocar nas coisas e parar de ser mal-educada. Essa dinâmica das duas me arrancavam boas risadas.

Apesar de Rosé não ser tão aberta comigo quanto Jisoo era, eu ainda gostava bastante dela. Ela parecia ter cautela quanto a mim, já que ela é a defensora número um de Lalisa. Já até perdi as contas de quantas vezes só nessa semana que ela já me deu bronca por insultar a tailandesa. Mas não posso lhe culpar por isso, de um jeito ou de outro ela é amiga de Lisa há muito mais tempo do que é minha.

Passamos mais cinco minutos na sala de cinema para que ambas fizessem proveito da sala e se sentassem nas cadeiras para sentir a sensação gostosa do estofado caro, além das milhares de perguntas sobre o cômodo.

I Will Rock Your Heart - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora