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Adentrei no quintal observando que não tinha ninguém no quintal como era de costume, estranhei um pouco

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Adentrei no quintal observando que não tinha ninguém no quintal como era de costume, estranhei um pouco. Assim que abri a porta vi a Clara sentada no sofá com uma mulher.

Me aproximei.

—Essa aqui é a — Clara se virou.

—Já conheço — Interrompo Clara e observo os olhos cor de mel bastante vistos três dias  atrás, sobre mim — Minha fã.

A mulher não pareceu gostar nem um pouco e revirou os olhos, era bom implicar e vê seu jeitinho marrento — Não sabia que se conheciam, melhor ainda. Já posso pular as apresentações. Nicole vai trabalhar com a gente pra um ensaio fotográfico com você, Teto e Wiu.

—Ela vai trabalhar com a gente então? — Pousei as mãos na cintura ainda encarando a mulher a minha frente.

—Ta surdo? — Ela disse baixinho fazendo a Clara rir.

—Sim, vai trabalhar. Agora já está tudo certinho e marcado — Sorriu simpática pra Nicole.

Eu me encontrava ainda espantado. Porra velho, terceira vez só essa semana que encontro ela.

—Então já vou indo — Ela se levantou e olhou por lado de fora, caia uma tempestade lá fora.

Cocei a cabeça — Tá meio perigoso pra dirigir um carro nessa chuva toda, se quiser esperar não tem problema.

—Verdade, agora você trabalha com a gente pode ficar a vontade — Clara se levantou — Vou ir procurar o Teto — A loira sumiu pela escada e eu ainda continuei parado ali.

—Porque me bloqueou? — Me sentei ao seu lado.

—Por que eu que quis — Deus de ombros e continuo mexendo em suas unhas pintadas de verde.

—Sabe que não pode deixar seu chefe bloqueado né? — Ela me olhou e deu um sorrisinho de deboche.

—Que eu saiba não bloqueei a Clara — Boa.

—Achei muita coincidência você vir trabalhar logo na 30, agora além de ser uma fã maconheira é uma perseguidora. Devo ter medo?.

—Você acha que o mundo gira em torno de você não é? — Passou a língua sobre os lábios vermelhinhos antes de voltar a falar — Mas foi apenas indicação de empresa. Eu trabalho pra uma empresa aonde eles disponibilizam vários trabalhos aleatoriamente — Eu dei um risada ao vê ela tentando se explicar e ficando nervosa — Eu nem sabia que o trabalho era pra trinta também. Não vou ficar aqui me explicando enquanto você debocha da minha cara — Levantou bruscamente e pegou sua bolsa.

Sem pensar muito levantei e puxei seu pulso trazendo seu corpo pra mim — Viu como é bom ficar de deboche? Você vive com essa cara de deboche pra mim — Ela abriu a boca ficando sem ter oque responder, isso era algo quase impossível pra quem tinha respostas na ponta da língua — Relaxa velho, não tô de deboche com você. Só achei engraçado a forma que ficou nervosa.

Pausei uma mão em sua cintura sentindo sua respiração tão próxima e desregulada, fiz um carinho na cintura que era bem desenha pelo vistido preto colado. Seus olhos se fecharam quando me aproximei meu rosto um pouco mais do dela.

Meu corpo foi empurrado pra longe assim que ouvimos passos na escada, ela se sentou no sofá tentando estabilizar sua respiração. Dei uma risadinha — Tu viu a mina que a Clara contratou? Muito gata — Ele desceu o último degrau paralisando ao vê que eu não estava sozinho.

—Porra Tetinho — Dei uma risada alta.

—Você é um filho da mãe, nem pra fazer um sinal disfarçadamente — Ele estendeu a mão pra Nicole — Prazer Teto.

—Prazer, Nicole — Sorriu simpática — Melhor eu ir indo, acho que já incomodei demais.

—Que nada, espera a chuva passar mais um pouco. Não quero ficar com a coecidência pesada, e vou ficar se você for embora nessa chuva sem saber se chegou bem já que me bloqueou — Teto me encarou dando aquele sorrisinho dele de criança atentada.

—Vocês se conhecem? — O mais novo perguntou.

—Não.

—Sim — Falei ao mesmo tempo que ela.

—A gente só se esbarrou algumas vezes — Disse simples.

—O suficiente pra dizer que nos conhecemos —Arquiei a sobrancelha em sua direção e me sentei no sofá.

—Então você podia colar no nosso show esse final de semana — Savinho sugeriu.

—Não sei se.

Ele interrompeu ela — Para de graça, você vai trabalhar com a gente seria legal você conviver — Ela se levantou novamente e antes de eu abrir a boca pra contestar mais uma vez que estava chovendo.

—A chuva chiou patrãozinho — Falou com todo seu sotaque carioca — E eu posso pensar Teto, te mando a resposta através da Clara — Foi até ele dando dois beijos em sua bochecha e me deu um tchau de longe.

Essa mulher me odeia, só pode.

Se virou e caminhou até a porta indo embora.

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Estou voltando aos poucos 🫶🏽❤️

𝐋𝐮𝐠𝐚𝐫 𝐃𝐢𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 - 𝐌𝐚𝐭𝐮𝐞̂Onde histórias criam vida. Descubra agora