Arte na Guerra

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Scorpius sentia uma dor profunda em seu peito enquanto via o corpo de seu avô, Lucius Malfoy, ser sepultado na grande cripta real, omde estavam todos os grandes reis e, logo o avô do futuro rei, seria o primeiro Slytherin a ser sepultado ali.

A antiga Slytherin tinha um ritual para o enterro de seus filhos; todos nascidos sob a bandeira de Slytherin deviam ser enrolados em couro de cobra e teriam seus itens de guerra e combate ao lado de seu corpo na sepultura e, por fim, se fosse um Slytherin de muita honra, seria enterrado submerso, jogado nas águas geladas e permaneceria ali por toda a eternidade até que a carne soltasse de seus ossos e o couro de cobra se desfizesse.
Mas, Lucius ia ser sepultado na cripta, nada de ritual no mar como na antiga Slytherin, Scorpius não sabia se Draco, seu pai, ia fazer diferente por serem da família real agora ou por ser sangue de seu sangue, poderia ser uma mistura das duas coisas mas, no fundo, Scorpius sabia que Draco era contra alguns ritos da antiga Slytherin.

Snape havia os revelado que a flecha laranja que havia atingido a cabeça de Lucius era normalmente utilizada pelos RedBirds, pois, nas terras da casa Weasley haviam muitos pássaros de penas avermelhadas e alaranjadas, eram uma especie rara que se encontrava pelo terreno para acasalar e descansar. E, por ser um pássaro raro, provavelmente aquela flecha foi disparada por um membro importante da casa, não eram todos os guerreiros que tinham a honra de portar as flechas de honra.
Certamente, Scorpius não conseguia desconfiar quem tinha atingido seu avô, até porque só havia conhecido Arthur Weasley, o lorde de RedBirds, mas não sabia se ele tinha mais filhos além do que era casado com a Lady de Raveclaw, e a mãe de Albus, a Lady de Gryffindor.

Na noite em que Lucius foi sepultado, Draco reuniu sua esposa e filho, sua mãe, agora uma viúva muito chorosa, e Snape, chamando também Minerva e Theo Nott, o aspirante a líder da guarda real. Eles se sentaram na mesa de carvalho e Draco limpu a garganta, muito transtornado ainda por tudo o que havia acontecido.

– temos que fazer alguma coisa– disse Draco– eu vou atacar de volta, acha que devo, Sir Theodore?–

– acho que será uma brilhante oportunidade de acabarmos com a rebeldia dos RedBirds– disse Theo e Minerva descordou com um estalar de língua.

– se me permite, majestade– começou porém Draco a cortou.

– você está aqui para servir chá, Minerva, nada além disso– o rei falou severamente e Minerva suspirou, recuando para o canto da sala em que estava parada antes.

– se for atacar os RedBirds, vai estar encerrando os laços entre eles e os Gryffindor, devo recordar que a árvore genealógica da noiva do príncipe é marcada pelos Weasleys, incluindo a própria Ginevra, antes Weasley– Snape falou sabiamente e parou para pensar por alguns segundos– quer sacrificar o casamento de Scorpius, majestade?–

– não!– Scorpius falou e todos o olharam, sua reação tinha sido muito brava, mas ele estava nervoso. Cancelando o casamento entre ele e Lily tornava mais difícil continuar vendo Albus e podia ser um convite para a guerra– depois de tudo o que me fizeram fazer, querem cancelar o casamento?–

– o casamento não pode ser anulado, os Potters juraram lealdade a Slytherin – Astória retrucou, preocupada com a reação do filho, o olhou de forma maternal e tocou sua mão sob a mesa– fique tranquilo, Scorpius –

– laços sanguíneos podem ser mais fortes do que uma lealdade a uma causa sem laços– falou Snape, o meistre não ia dizer com todas as palavras, mas achava uma ideia extremamente burra atacar naquele momento.

– por que não atacar? Eles mataram o pai do rei– Narcisa falou ainda com os olhos marejados– Slytherin tem que reagir e atacar os RedBirds!–

– ninguém vai atacar ninguém aqui!– a porta se abriu em um empurrão bruto e Aristóteles Greengrass passou pelas portas. Ele era um homem alto, forte e com bastante tronco, levemente mais gordo para preencher todo aquele espaço de músculos e altura, tinha ombros largos e mãos grandes e cheias de machucados.
Ele tinha uma barba grisalha baixa e um nariz saltado e cheinho, característica que Scorpius achava fofa mas havia deixado de herdar quando nascerá. Os olhos de Aristóteles era muito azuis, azuis claros como os de Astória, em um tom azul aberto como o céu iluminado das manhãs, diferente dos tempestuosos dos Malfoy.

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