IV

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Já estavamos na véspera do Natal e eu estava pensando em como contaria isso para meus pais que estavam extremamente longe.

Passei a semana toda preocupada com isso.

Duda estava dando uma pequena pressão para contá-los o mais rápido possível e ela sabia que eu estava evitando com tudo esse assunto.

Eu e Astrid estávamos nos falando bastante, ela não comentava muito da gravidez. Me fazia até esquecer que tinha um ser se desenvolvendo dentro de mim.

Meu corpo já estava começando com mudanças muito pequenas. Seios mais sensíveis, e doloridos. O que mais me assustava era pensar que isso era apenas o início.

A mãe de Duda estava na cozinha preparando suas deliciosas rabanadas, enquanto eu, Filippo e Benício arrumavamos a mesa do jantar, quando meu celular começou a vibrar. Alguém me ligava, fui ver quem era pensando que seria April com saudades.

Contudo, no segundo em que peguei no celular, fui tomada uma onda de sentimentos, raiva e tristeza fizeram meu coração disparar. Mesmo assim apertei no botão verde atendendo o eletrônico.

— Oi... — Deu tempo nem de falar que ele já havia desligado, logo veio uma notificação em meu celular.

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— Não acredito. — falei baixo com um tom de desanimo e fui até a porta em passos rápidos.

No segundo em que abri a porta, eu fiquei totalmente sem reação ao me deparar com Gabriel Martinelli em minha porta, na véspera de Natal. Ele estava péssimo. Seu cabelo estava sem cortar e desarrumado, estava com uma calça de moletom, e uma camisa de treino do Arsenal ele estava completamente suado e ofegante

— Gabriel?! — exclamei, confusa e em choque. - Por que você está aqui? Como você sabe que moro aqui? Você veio correndo?

— sim, estava correndo. Precisamos conversar. — Ele disse tão rápido que por pouco não entendi. — Por favor. — Ele disse cansado e olhando no fundo de meus olhos.

Eu não estava com vontade nenhuma de falar com ele. Ele simplesmente me deixou sozinha durante esse tempo depois de ir embora e me evitar em qualquer segundo, e espera que eu estivesse disposta a conversar com ele?

— Oliver, quem está aí? — Duda falou atrás de mim.

— Ninguém. — Respondi, encarando Gabriel. Estava totalmente estressada ao ver ele com a maior cara de pau na minha frente. — Eu não quero conversar.

our son | Gabriel Martinelli  (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora