VI

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— Gabriel, não teremos um neném com o seu nome — Eu e Gabriel estávamos levando algumas coisas minhas para o carro. — E se for menina?

— Gabriela. — disse ele em um tom de solução.

Me virei para o homem atrás de mim que carregando uma caixa com ursos de pelúcia.

Meus pais iriam chegar na manhã do dia seguinte e eu estava totalmente ansiosa com a chegada deles. Papai, sempre foi com certeza o pai do sonhos de qualquer garota. Ele sempre me mimou como o neném mais importante da vida dele e sempre me protegia das broncas da mamãe.

Estava super ansiosa, olhando pela janela do carro em movimento como se estivesse me mudando para o outro lado do mundo. Eu realmente não estava pronta para tudo isso, como irei receber meus pais?

Meu deus

Caminhava de um lado para o outro enquanto Gabriel colocava as caixas em meu quarto.

— Ei... calma. — Senti uma das mãos de Gabriel tocar em meu ombro e ele dizer com uma voz calma e carinhosa. — Você consegue.

— Como? Como falarei para meus pais que estou grávida. Me explica, Gabriel. — me deixei levar caindo algumas lágrimas de meu rosto. — O que eu faço, por favor, me ajuda. — encostei meu rosto em seu peitoral enquanto ele colocava uma de suas mãos em minha cabeça.

— Oliver, assim nenhum de nós dois conseguiremos falar com ninguém. — Diz ele com tentativa falha de me acalmar.

Sai dos braços de Gabriel em um certo desespero a espera de conseguir pensar, nada, era o que se passava em minha mente.

Não pensava em mais nada além do rosto de meu pai ao ver eu segurando um teste de gravidez.

— Ok. Papai me ama, ele não me largaria. — me convensi disso me sentando na cama.

— Ótimo! — Gabriel, terminou de colocar as caixas e logo saiu do quarto.

Não notei quando peguei no sono em meu quarto com as luzes ligadas e nem me lembro de ter pego alguma coberta.

Amanheci no dia seguinte com algumas vozes altas sendo faladas do andar de baixo. Logo as reconheci e desci o mais rápido possível.

— olha como a minha princesa era linda, e ainda é — escutei a voz de meu pai ecoar enquanto descia as escadas.

— Que fofa, amor — Escutei minha mãe responder meu pai

— A minha princesa era a coisa mais linda — Meu pai rapidamente mostra mais fotos

— olha que coisa linda.Minha pequena, Oliver.

— Não tão pequena, papai. — Falei ao terminar de descer as escadas.

Minha pequena. — Em um pulo já estava aos braços do meu pai. Pude sentir lágrimas escorrem em meus ombros. — Minha pequena. — Ele continuou a repetir.

— Filha, como estava com saudades. — Minha mãe tocou em meu rosto como se fosse ouro olhando no fundo de meus olhos. Não demorou muito para seus olhos encherem de lágrimas. — Você está tão mudada.

— Cortei o cabelo, mamãe. Bem... vejo que vocês já conhecerão o Gabriel. — Fui até o lado do Gabriel e eles ficaram nos encarando.

— Até que são um belo casal. — Escutei meu pai resmungar, meu rosto ferveu ao ouvir isso. Meu pai sempre foi um homem muito enciumado e era raro ver ele falar que me dava bem com alguém. — Fico feliz que se casou minha filha. Só estranho não me contar sobre seu belo marido.

— Papai! Deixe eu explicar a situação. — Me senti vermelha como um pimentão.

Todos nós sentamos no sofá minha boca simplesmente de calou eu não consegui falar eu não sabia o que fazer.

— Oliver. — Gabriel me chamou olhando profundo em meus olhos.

— Certo. — Respirei fundo então começei. — Papai mamãe, como já sabem eu estou grávida e Gabriel é o pai do bebê. — quando terminei a frase, pude notar a mudança no olhar de Gabriel perante a mim. — Mas eu e Gabriel não somos namorados e muito menos casados, isso aconteceu acidentalmente. Me desculpem. — falei abaixando um pouco minha cabeça.

Ficamos em um breve silêncio.

— Está me falando que... — meu pai quebrou o silêncio mas logo foi interrompido por minha mãe.

— Minha filha. Não peça desculpas por isso, tenho certeza que você consegue! — minha mãe levantou meu rosto e deu um sorriso. — Com o apoio meu e de seu pai você é invencível meu amor.

Escorreu uma lágrima de meu rosto.

— Você é tão chorona quanto seu pai. — minha mãe riu.

— Prometo a vocês que cuidarei muito bem dela e do neném que está por vim. — Gabriel disse se levantando e logo se curvando para meus pais.

— Espero. — Meu pai não aparentava estar feliz com isso, nem um pouco.

Meus pais iriam ficar por aqui até a chegada do bebê eu estava me sentindo muito feliz por saber que tinha o apoio deles. Agora estava em meu quarto sentada na cama contando tudo para Duda.

— Sim hahaha. — Falava no telefone quando Gabriel apareceu na porta que estava aberta. Ele se escorou no canto da porta e bateu nela.

— Vou desligar, tchau. — Desliguei o celular e olhei para Gabriel que entrou no quarto em seguida.

Se sentou em meu lado e fico por um tempo olhando para baixo em um silêncio.

— Hoje foi a primeira vez em que você chamou de bebê. — ele sorriu.

— pois é.

Não conseguia esconder o fato de que estava totalmente ansiosa e desesperada pelos próximos capítulos.

— Como sua mãe disse, você consegue.

Sorri ao ouvir isso de Gabriel

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our son | Gabriel Martinelli  (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora