Capítulo 1

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Cruzei o bar lotado em direção ao balcão. A música estava alta, mas eu gostava. É animada e também faz com que eu queira dançar, coisa que não acontece com frequência a menos que eu estaja muito bêbada.

- Gin com tônica - Pedi assim que me encostei no balcão, apoiando os cotovelos e me incomodando levemente na direção do barman. O homem sorriu para mim e se afastou para preparar a bebida.

Me virei de costas para o balcão, me encostando novamente no mesmo e apoiando meus braços na superfície de madeira.

- Foda-se essa merda...

Virei a cabeça na direção da voz que estava xingando como um marinheiro bêbedo. Meus olhos caíram no homem de jaqueta de couro com barba salpicada de branco. Ele é mais velho, mas... porra, é o cara mais gostoso deste bar. Ou até de outros bares.

Eu o observei por alguns segundos, tentando entender a origem de seu xingamento, até ver o celular que ele guardou no bolso. Devia estar falando com algo.

- Sua bebida.
O barman anunciou atrás de mim.

Eu me virei e pisquei para ele.

- Obrigada - Agradeço, deslizando a nota para pagar pela bebida.

Pensei em voltar para meu grupo de amigos que não estavam em uma mesa assim tão longe do balcão, mas algo me dizia que eu deveria continuar no balcão, pelo menos mais um pouco.

Com a visão periférica, consegui ver que o tal cara da jaqueta de couro estava me observando agora. Dei um gole na bebida e a coloquei de volta no balcão.

- Não vai me dizer que uma boneca como você está sozinha?

Ouvi ele perguntando. Não tive nenhuma dúvida de que ele estava falando comigo. Primeiro porque não tinha mais nenhum outra garota envolta, e também porque seus olhos estavam encima de mim como um lobo cercando um cervo.

- Depende de o que você quer dizer com sozinha - Falei, olhando-o de cima a baixo e tomando um pouco mais da bebida.

Ele sorriu levemente e deslizou a ponta da lingua pelo lábio.

- Algum cara que me impeça de te pagar uma bebida?
Perguntou sendo mais direto.

Inclinei minha cabeça levemente, considerando por meio segundo se eu poderia entrar nessa e a resposta não foi muito difícil.

- Nenhum cara - Falei. - E você pode me pagar uma bebida. Na verdade essa já estava acabando mesmo.

Virei o copo e acabei com o que ainda tinha da dose de gin. O homem sorriu e chamou o barman, pedindo mais uma dose do que eu estava tomando.

- Como você se chama? - Ele perguntou me olhando.

- S/n - Respondi e me sentei no banco ao lado dele. - E você é?

- Negan - Ele respondeu. - Você tem um nome bonito.

- Só o nome?

- Você também tem peitos muito bonitos.

Eu revirei os olhos, mas acabei rindo. Acho que conheço o tipo dele. O falastrão, badboy que se veste com couro e cheira a whisky. Infelizmente, é exatamente o meu tipo.

- Isso sim é um elogio de verdade - Falei. Passei a lingua pelo meu lábio e o olhei.

- Sabe, eu estava de olho em você - Ele disse tomando um pouco do líquido âmbar de seu copo e estalando a lingua.

- Ah, você estava?

- Estava. Faz algum tempo, na verdade - Deu de ombros. - Vi todos os caras que você chutou desde que chegou. Então achei que tinha alguém no jogo.

THE NIGHT WE MET • NEGAN SMITHOnde histórias criam vida. Descubra agora