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Continuando...

Attena Hargreeves

Meu coração havia gelado, fazia muito tempo que não nos falavamos, eu sentia sua falta mais que tudo.

- Dolores estava certa- ele riu irônico.

Quem era Dolores? Onde ele estava depois de todo esse tempo ?.

- Mas agora a pergunta que não quer calar, o que aconteceu com ela?- Diego perguntou atraindo os olhares dos irmãos para mim.

O que eu poderia dizer ? Apenas senti um apagão e acordei semana passada, sem força nos pulmões, não consigo comer direito.

- Amo uma história, pode começar maninha- disse Klaus me pegando pela cintura e me colocando sentada.

- Eu...ah....- comecei a me sentir nervosa perto dos meus irmãos.

- fica calma, pode confiar em nós, somos sua família- Disse Vanya sorrindo pra mim.

- Éramos apenas eu e Luther em casa, papai me deu algo pra dormir e acabei apagando, só acordei semana passada, ele me trancou no quarto, eu só me lembro disso...- disse olhando para a mesa.

-Mas porque ele faria isso- Allison perguntava horrorizada com a história.

- É o papai o que você esperava ?- pergunto Diego com uma faca na mão.

- Acho melhor resolvermos os problemas depois, vamos começar a cerimônia no lugar favorito dele- disse Luther.

- E ele tinha um lugar favorito ?- disse Diego.

- Claro, embaixo do carvalho- todos se entre olharão.

- Ela não pode ir assim, está chovendo lá fora, ela vai ficar resfriada- disse Klaus segurando na minha mão.

Allison me levou até seu quarto e me deu um uniforme da academia, mamãe havia colocado o meu para lavar.

Fomos todos para o quintal, senti Cinco ficando ao meu lado.

Luther jogou as cinzas no chão.

Naquele momento eu só sentia raiva e alívio ao mesmo tempo, perdi muito tempo da minha vida, tudo por culpa dele.

- Alguém quer dizer algumas palavras ?- perguntou Pogo, e o silêncio se instalou no ambiente.

Ele começou agradecendo a vida que o papai tinha dado a ele, Diego disse em seguida que ele foi um pai horrível, e de novo ficou tudo em silêncio.

- Ele foi um monstro, ele merece isso, por tudo o que fez- sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, senti minha pele quente, como se a qualquer momento eu fosse pegar fogo.

Senti a mão do Cinco pegar na minha, sentia falta do seu toque.

- Da pra calar a boca- ele disse pra mim.

- Cala você a porra da sua boca número um.

- Attena!- disse mãe chamando minha atenção.

- Mas é a verdade todos sabem- senti uma chama forte acendendo em mim.

- Você é quem nos deveria apoiar, número um- Diego disse provocando o mais velho.

Os dois começaram a se provocar, eu fechei o guarda chuva e deixei a chuva cair sobre mim, quando meu poder ficava muito forte, eu precisava esfriar a cabeça.

E então eles começaram a lutar, todos pediam para eles pararem diziam que aquilo era perca de tempo, Klaus pediam para eles continuarem, ele queria um barraco.

- Não temos tempo pra isso- disse o garoto me puxando pela mão pra dentro.

Eu o segui quieta, não trocamos uma palavra desde a sua chegada.

𝕄𝕖𝕦 𝕟𝕦́𝕞𝕖𝕣𝕠 𝕕𝕒 𝕤𝕠𝕣𝕥𝕖- ᶜⁱⁿᶜᵒ ʰᵃʳᵍʳᵉᵉᵛᵉˢ Onde histórias criam vida. Descubra agora