𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐄𝐙𝐄

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐄𝐙𝐄
"Pedido de desculpas e o baile mais feliz de nossas vidas"

Faltavam menos de uma semana para o baile, animação nem era a palavra certa para descrever o quanto estávamos animados para isso, e sim ansiedade. Ansiedade para finalmente usarmos os lindos vestidos que compramos, entrar com nossos pares e ter uma noite maravilhosa e clichê como nos filmes adolescentes.

Desde que cheguei, aconteceram tantas coisas que sinceramente, o baile era uma das coisas boas que me distraía das coisas ruins.
Talvez eu tenha rotulado errado minha relação com Tory, tenho escutado isso centenas de vezes desde que cheguei que, sinceramente, tenho que concordar com isso.

Apesar de tudo, eu estava feliz, muito feliz.
Tudo corria bem e eu me sentia bem.

[...]

Meus pais haviam saído com Sam para resolver uma pendência dos sapatos não escolhidos por ela na última compra das vestes do baile na semana passada, Anthony mais uma vez tinha saído com seus amigos, então eu estava sozinha.

Não pensei duas vezes em tomar um banho, vestir um pijama, e ir ver um filme antes de dormir. Fiz uma pipoca com brigadeiro e fui para o sofá escolher o que eu iria ver hoje.

Escutei a campainha tocar mas ignorei, mais uma vez ela tocou e então, fui olhar no olho mágico da porta.

Quando vi quem estava lá me surpreendi, não esperava que Tory fosse aparecer tão cedo depois de tudo o que aconteceu.

Abri a porta e então ela levantou a cabeça me encarando silenciosamente.
Dei um passo para trás dando espaço para ela entrar, e ela assim o fez, entrou sem deixar escutar o barulho de seus suspiros.

Ela não se sentou, nem puxou uma cadeira, apenas ficou em pé olhando para o chão, talvez pensando em algo para dizer. Também fiquei calada, na esperança de que ela dissesse alguma coisa.

O silêncio era de matar, apesar da televisão estar ligada, estava baixa demais para ser ouvida, o que levava um silêncio mortal a nós duas.

Ela levantou a cabeça, me encarou e então começou a andar novamente até a porta, não entendi muito bem a ação mas fui até ela e a impedi de abri-la.

— Eu não devia ter vindo até aqui! — Ela diz com a cabeça baixa.

— Se veio tem algum motivo. — Digo ainda com a mão na porta — Não vá sem antes me dizer qual é…

Ela parou e então virou em minha direção.

— Eu queria te pedir desculpas… — Ela diz com um pouco de dificuldade.

— Tudo bem Tory, não foi culpa…

— Espera S/n! — Ela interrompe  — Me deixe te pedir desculpas do jeito certo! — Ela faz uma pausa — Eu gosto dele, sabe? Ele me amou por um tempo, mas eu não pude retribuir… Tudo porque eu não quis aceitar o fato de que eu teria que dividir minha alma gêmea com outra pessoa. Sabe qual é a sensação de ter problemas por todos os lados e ainda ter uma droga de falha onde uma coisa que era pra te fazer feliz te deixa com raiva simplesmente por ter dado um coração pra duas pessoas? — Abaixo a cabeça — Bom, eu acho que não… Você e sua irmã tem a vida perfeita, tem suas almas gêmeas, já eu, vejo um lado com cor e o outro em preto e branco, POR ALGUMA DROGA DE MOTIVO, minha alma gêmea não apareceu por completo pra mim.

Ela precisava de um abraço.
Eu conseguia sentir.
Ela tinha os problemas dela, a mãe dela estava doente, o dojo dela cobrava mais do que devia dela, os empregos não a ajudavam e ainda tinha o problema da alma gêmea, eu não podia imaginar o quanto sua visão com metade preto e branco e metade com cores poderia incomodá-la tanto.

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⏰ Última atualização: Feb 05, 2023 ⏰

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𝗖𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗪𝗶𝘁𝗵 𝗬𝗼𝘂 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora