𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐎𝐈𝐓𝐎

886 79 50
                                    

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐎𝐈𝐓𝐎
"Can I go where you go?"

Aquela semana parecia não ter mais fim.
Nunca treinei tanto no cobra kai como estamos treinando agora. Desde que Silver assumiu o dojo, as coisas ficaram muito complicadas.
Até pensei em sair do dojo, mas como ficariam Kenny e os outros nas mãos de Terry?

A única coisa que me trazia algum pingo de tranquilidade era minha relação com meu pai voltando aos poucos, e ter conhecido S/n este mês. Ela é uma garota incrível, e a cada dia que se passa eu começo a sentir mais carinho por ela.

Conversar com ela me traz uma alegria enorme, e estar com ela é sensacional. Falando assim, pareço até um idiota apaixonado, mas cada palavra dita sobre ela é sincera.

O que me incomodava era o fato de ela simplesmente não deixar que as coisas aconteçam por medo da reação da Tory, como se elas tivessem um pacto de que nada aconteceria.

De qualquer forma, eu estava disposto a tentar conquistar S/n.
Ela é minha alma gêmea, o que poderia dar errado?

Normalmente eu sou uma pessoa pessimista, mas com ela, eu podia sentir que as coisas dariam certo em algum momento. E foi aí que eu tive uma ideia.

Peguei meu celular e logo mandei uma mensagem de texto para ela, que demorou alguns minutos para visualizar e me responder.

"Topa assistir um filme ao ar livre hoje?"

Alguns minutos se passaram e eu aguardava cada vez mais ansioso.

"Claro, a que horas?"

Expliquei bem a localização e o horário, combinei que buscaria ela em sua casa, mesmo que ela insistisse em ir em seu próprio carro, mas queria que hoje fosse uma noite especial e inesquecível para ela.

Minha idéia era simples: A um tempo atrás ela me disse que nunca viu um filme ao ar livre, mas que sempre teve vontade, sendo qualquer filme que fosse, porque achava romântico e tinha uma vibe surreal de boa, o vento batendo no rosto enquanto assistimos o filme se empanturrando de pipoca e refrigerante.

E bom, coincidentemente um amigo que conhece outro amigo, tinha dois ingressos para uma sessão ao ar livre para "A dama e o vagabundo", não pensei duas vezes em aceitar e logo após, só pensei na oportunidade de realizar essa vontade de S/n.

A sessão era às sete, e ainda eram cinco da tarde, então não me preocupei em me arrumar tão cedo.

[...]

Depois do banho tomado, vestido e perfumado, peguei as chaves do carro que estavam penduradas em um chaveiro na sala, meu pai sentado no sofá tentando usar o computador, logo parou e começou a me encarar, abrindo em seguida, um sorriso orgulhoso.

— Vai sair com a S/n? — Ele pergunta já sabendo da resposta.

— Vou sim! — Digo colocando as mãos nos bolsos.

— Imagino que seja na sessão de cinema fora do cinema, não sei o nome dessa droga, certo? — Ele pergunta meio confuso e eu solto uma risada balançando a cabeça negativamente e dizendo um "Sim" em seguida — Está pelo menos levando um chicletinho? Uma balinha?

— Pra que isso pai? — Pergunto rindo ainda mais.

— Não tá' pensando em beijar a garota de qualquer jeito né'? — Ele pergunta indignado fechando o computador e o colocando ao seu lado.

— Não vai ter beijo pai! — Digo meio decepcionado.

— Nunca de sabe! — Ele diz tirando algo do bolso e colocando em minha mão — Seu pai sabe o que diz, agora vai antes que percam a sessão!

𝗖𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗪𝗶𝘁𝗵 𝗬𝗼𝘂 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora