𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐒𝐄𝐈𝐒

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐒𝐄𝐈𝐒
"parque de diversões"

Ficamos cerca de quinze a vinte minutos na estrada até finalmente chegarmos ao parque.
Na minha cabeça ele era mais perto de casa, mas quando vimos a localização que Robby me mandou, descobrimos que era bem mais longe.

Assim que ela para o carro, sinto um frio exagerado na barriga. Uma mistura de ansiedade, nervosismo e vontade absurda de voltar atrás me consumia por inteira.

— Ainda dá tempo de voltar para casa? — Pergunto me sentindo muito nervosa.

— Você não me fez dirigir por quinze minutos até aqui pra nada! — Sam diz — Você vai entrar lá e se divertir, você não pode ser psicopata e perversa o suficiente pra estragar esse momento tão positivo!

Ela me encara por alguns segundos.

— Vamos, você vai se atrasar! — Ela diz sorrindo tentando me fazer sair logo.

— Me deseje boa sorte! — Digo tirando o cinto e abrindo a porta do carro.

— Se ele partir seu coração, eu acabo com as costelas dele — Ela diz na maior naturalidade sorrindo ao final da frase.

Saio do carro ficando de frente a entrada do parque, e confesso que a noite, as luzes juntas a todos os brinquedos brilhantes deixavam o parque sensacional.

— Ei! — Sam chama minha atenção — Dê uma jogadinha no cabelo quando o ver, é elegante — Ela dá uma piscadinha enquanto eu nego rindo.

Sam então dá a partida no carro me deixando sozinha na entrada do parque.

Haviam muitos grupos de jovens entrando e saindo do parque, muitos casais com seus palitinhos cobertos por algodão doce ou dividindo um cachorro quente. Não que eu ache brega, mas na minha opinião, ter de dividir comida assim, principalmente daquele tamaninho, era um crime.

Respiro fundo andando então em direção para dentro do parque, ainda estava meio desnorteada porque não combinamos um ponto de encontro para caso um chegasse mais cedo que o outro.

A alguns metros de onde eu estava, podia ver uma silhueta conhecida, vestida a uma calça jeans escura, uma blusa branca com uma jaqueta jeans no mesmo tom da calça por cima, completando o visual com um tênis preto, que, se eu não me engano, era um old school preto.

Era ele, Robby Keene.
Ele admirava uma barraca de jogos cheio de ursos coloridos e pessoas atirando bolas de tênis em garrafas sem parar. Uma música que eu conhecia bem ecoava pelo amplo espaço do parque, fazendo com que algumas pessoas até fizessem discretas danças. Era uma música calma e tranquila, que vez ou outra era abafada pelos gritos das crianças nos brinquedos altos do parque.

Robby parou de observar a barraca e começou a olhar em volta, até que finalmente olhou em minha direção e nossos olhares se encontraram.
Dei um pequeno sorriso ao vê-lo e acenei de longe.
O mesmo com as mãos no bolso, sorria feito criança, e vinha se aproximando lentamente enquanto eu fazia o mesmo.

Quando chegamos um a frente do outro, ele me olhou de cima a baixo e suspirou.

— Você está linda! — Ele diz.

— Você também não está nada mal — Digo e ele ri baixo.

A brisa me trazia um cheiro leve da colônia que ele usava, era cheirosa, não enjoativa, juntamente ao cheiro de pipoca e outros docinhos que haviam no parque.
Robby tinha um cheiro único, um cheiro que eu nunca havia sentido. Era um cheiro muito bom.

Ficamos alguns segundos admirando um ao outro, e por fim ele me estende o braço para que eu entrelace o meu ao dele.

— E então? Onde quer ir primeiro? — Ele pergunta assim que entrelaço nossos braços.

𝗖𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲 𝗪𝗶𝘁𝗵 𝗬𝗼𝘂 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora